Já era meio da tarde quando acordei de um pesadelo. Não, não havia sido um pesadelo. Eu havia visto outra vez a casa em chamas, mas, dessa vez, Dário não saía dela vivo. Era uma lembrança de outra ramificação. A mesma dor martelava minha cabeça.“Um paradoxo”, concluí, “provoquei mais um paradoxo”.Isso não importava agora. Em breve, estaria acabado. Precisava agir rapidamente.Servi canja para Dário mais uma vez e dei continuidade ao meu plano. Sobre a cama, o notebook mostrava o comprovante de passagem de ônibus. A viagem começaria às 21:00; quando eu chegasse à capital, partiria para o aeroporto e compraria passagem para qualquer lugar: Uruguai, Canadá, Suécia ou sei lá.Glinda me seguia pela casa, sentia minha agitação. Juntei uma quantidade significativa de sucos de caixinha,
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