Havia aquilo que Calebe descobrira antes, bem como aquilo sobre o que soubera depois. Por ouvir tantas histórias do irmão, por vezes acreditava que sabia mais a respeito dele do que de si mesmo. Sua primeira lembrança era da paróquia, naquela cidade tão pequena enfestada de devotos. Seu pai o segurava no colo, ainda tão pequeno, enquanto um círculo de fiéis se prostrava ao redor, todos pedindo que ele repetisse seu nome. “Alebe”, ele dizia, e não entendia o porquê de todos rirem tanto. “Alê será como o pai”, afirmava alguém, “um homem das palavras”. “O tempo dirá”, seu pai respondia, mas não disfarçava o orgulho. Seus filhos seriam, sim, como ele. Guiariam rebanhos, inspirariam, mostrariam aos demais o caminho do bem. Afinal de contas, eram bem educados. Sua missão, como pai, era criar homens decentes. Estefen nunca pedia que ele repetisse seu nome do jeito errado, tampouco o chamava pelo apelido. “Seu nome é Calebe”, o irmão dizia, “e ninguém mais va
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