No fim, tudo não passava de um negrume infinito e vazio. Era como se meu corpo navegasse num eterno vai-e-vem, consumida por uma inércia vazia e constante. Não havia dor, até que de repente, um sopro frio varreu meu corpo. Como se algo intenso e remoto preenchesse o estômago, distante demais da minha consciência para distinguir o que poderia ser.Então, fui surpreendida pela sensação de algo agarrasse a minha alma e jogasse-a com vontade o suficiente para não a deixar fugir. Em um momento, estava partindo, mas no outro, estava sendo arrastada, sugada. Minha alma foi empurrada de volta para o corpo. A água irrompeu queimando a garganta e as vias respiratórias. Tossi freneticamente, quando ela irrompeu a boca e encharcou meu rosto. Resfoleguei ruidosamente, de súbito, colocando o resto da água, que havia dentro de mim para fora. O meu peito subia e descia arqueja
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