No dia seguinte, Charlotte acordou tardiamente, já passava das três da tarde, pegou o celular e tinha três chamadas perdidas de Alan, ignorou. Buscou comida na cozinha e sentou em sua varanda, perto de suas flores e cactos. Sempre havia mariposas voando, amava esses animais, aquele era um delicioso fim de tarde, ela tomava chá de cidreira, que servia tanto para aquecer as suas tardes frias quanto para trazer acalanto a sua alma inquieta e solitária. Desde o último inverno, as tardes dela eram assim, ora sua mente vagava além dos altos prédios, ora ficava simplesmente observando as mariposas que pousavam tão tranquilas próximas de sua poltrona, é que, apesar de muito frio, ela estava lá sentava em sua varanda, trajando um leve vestido azul-claro, como sempre descalça, pois gostava de sentir o frio nos pés, sentia-se mais viva, ou talvez apenas tivesse se acostumado com a dor, porque era a dor que sentia em seu coração. Naquela tarde em especial, sentia-se nostálgica d
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