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Todos os capítulos do Os Demônios de Truskaw: Capítulo 31 - Capítulo 40
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CAPÍTULO VINTE E NOVE
MAGNUS.Pequenos beijos de neve pairavam sobre suas bochechas e deixavam seu corpo tão trêmulo de frio. Durante todo o inverno que seguia lentamente em direção a primavera enfim, as cores alaranjadas se tornavam mais crescentes junto ao branco que cobria todo o condado. Eram cores bonitas, marrons e laranjas, branco e o negro escuro das águas doce.Magnus encontrou a velha peça de madeira escura que um dia fora um tronco, achatada e tão frágil ao toque, parcialmente branca de neve e negra de putrefação. Mesmo assim ele a ultrapassou com cuidado e sentiu os pés afundando em direção às rochas pontiagudas.— Você precisa vir um pouco mais rápido — a doce voz lhe dizia.E ele tentou. Percorreu os pinheiros dançantes de vento e subiu a grande colina irregular, quando chegou ao topo encontrou a usina. Era uma grande c
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CAPÍTULO TRINTA
Rita .Era como um pequeno floco de neve caindo sobre uma folha ainda verde da estação passada, tão tênue e pequena, frágil e importante para uma transição. Ela sentia o poder crescer dentro de si como uma erva daninha, percorrendo cada entranha até transparecer pelo cérebro.A pequena sala onde estava parecia uma antiga cabana onde o tempo não havia passado nem um ano sequer. As madeiras cheiravam a liquefAção e cada folha rabiscada que transparecia sobre as paredes de pedra mantinham o tom amarelado que o tempo havia deixado. Lá fora todo o perímetro e a cabana estavam em uma ruína melancólica.— Quando você disse que a viu pela última vez? — indagou sentindo-se levemente enjoada pelo cheiro. Aquela cabana parecia ter uns cem anos sem qualquer tipo de limpeza ou habitaçã
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CAPÍTULO TRINTA E UM
PAISANA.— Dave Dobrowolski — anunciou à ninguém e como um estranho no ninho, puxou o lençol para verificar tudo o que um dia fora uma face comum.— Você não tem autorização para estar aqui — rompeu o silêncio e por estar abaixada, levantou — Além do mais: Daniel Kubisz.Hanna fechou a gaveta e o mandou sentar próximo à uma das macas de metal. Se prestasse atenção, poderia imaginar todos os corpos que ali haviam passado, todo o sangue que escorreu e toda a putrefação. O cheiro esguio de morte e podridão.  — Apesar da face desconfigurada e as digitais totalmente retiradas — então ela retirou um arquivo de fotos e os espalhou sobre a maca de metal — Conseguimos a identidade graças às arca dentária. Esse é na verdade, Daniel Kubisz residente em u
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CAPÍTULO TRINTA E DOIS
O VIAJANTE.Não era o fim do mundo, mas toda a extensão do céu mantinha um tom sólido de ardósia misturado à escuridão que as nuvens carregadas traziam. O mundo estava se transformando para chegada de uma nova frente fria de fevereiro e os habitantes estavam ocupados com festivais.A grande praça principal havia se tornado um ponto conhecido por cada turista durante os decênios que seguiam e a cada nova Lua os festivais se tornavam maiores. Era um grande amontoado de barracas bem separadas por cores onde talvez um milhar de pessoas comiam sopas e espetos de carneiro, onde o cheiro constante de Erva Vermelha flutuava por cada narina desatenta.Não houveram  canções ou apresentações, apenas uma música distante demais para ser de verdade e o murmúrios de tantas almas à falar sobre tudo. Naquela ocasião vestia um pes
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CAPÍTULO TRINTA E TRÊS
HENRY.Não era um bom começo de manhã, mas o tom de vermelho misturado ao laranja era uma lembrança comum. Naquela parte do mundo, o Sol brilhava e o céu era aberto deixando todos os tons de azul claro aparecendo tão bem. Não era verão.As ruas eram iluminadas por placas decorativas brilhantes, o asfalto era sempre renovado e a neve ia se espalhando gradualmente, sumindo em outras ocasiões. Enquanto olhava para cima, sempre para cima, conseguia vislumbrar parte do futuro.— Porque depois que as pessoas morrem, elas viram estrelas — havia lhe dito certa vez.“Quando as pessoas morrem, elas morrem”, quis dizer, mas nunca o diria. Não naquela ocasião.Então estava acima do mundo em um dos castelos mais altos e conservados de todo o país. Observavam as aves voando acima de todos, as sequoias mantinha seu tom de marrom escu
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CAPÍTULO TRINTA E QUATRO
NADIA.Estava deitada acima do carpete duplamente forrado, os olhos eram fixos e o coração batia devagar, como se estivesse pronto para entregar as pontas.— Você tem que ter um bom motivo para estar largada no meio da sala.— Eles negaram — ainda com o olhar tão fixo no vazio, Nadia sentiu os passos se aproximando — “Não há ligação forte o suficiente com Pássaro à dois Corações, lamento”, foi o que Rybarski me disse. Acho que estão mais preocupados com a menina assassina.— Você realmente acha que ele poderia boicotar como antes? — seus cabelos foram presos em um coque apressado.Sentou sentindo a coluna estalar pelo esforço. Nadia suspirou.— Aconteceu antes, não foi? Muito antes dele ser o dono da divisão especial. Agora são nos termos que el
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CAPÍTULO TRINTA E CINCO
DAMA DAS FLORES.— Você poderia me contar como o dia está lá fora? Se está chovendo? Como o posicionamento das nuvens influenciaram na claridade do Sol?O homem limitou-se a encará-la em seus grandes olhos negros e parcialmente cegos pela diabetes. Recolheu sua bolsa azulada e entregou a grande capa de inverno para ela vestir em silêncio.— Não temos tempo para conversas hoje, você entende? Temos que agir e agora.Mas agir era uma palavra estranha para Liara. Passara metade da vida dentro daquele quarto, correndo em cinco metros quadrados, pulando da cama para o chão, tentando nadar em uma banheira pequena o bastante para mal aguenta-lá em um banho. Ele havia combinado os detalhes consigo há sete dias, quando entregou um livro onde escondeu instruções de como agir, de como arrumar suas coisas sem ninguém saber. Liara te
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CAPÍTULO TRINTA E SEIS
PERDIDA NA FLORESTA.Esteve ali em sua fragilidade com o corpo tão transparente como uma grande pedra de gelo. Ela havia sido encontrada na floresta, despida e observada por olhos grandes e negros como uma noite de terror. Havia sido carregada pelos corredores largos e vazios, arrastada contra a vontade para um mundo novo e miserável. Ali todas as pessoas eram doentes e brancas, exceto uma. Todas as pessoas fingiam que nada acontecia durante as noites de terror, que tudo era bom enquanto estivessem debaixo de um manto quente.Sentiu a dor crescendo para o pulso esquerdo onde todo seu peso fora apoiado durante muito tempo. Cat sentia um buraco onde estivera o coração, um ermo tão maior agora do que jamais fora um dia. Nem o sentia bater tão bem, nem mesmo nos dias de desespero. Seu corpo estava mole como geleia e toda sua força para pensar estava esvaindo, era como se aquela sala tão escura e esque
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CAPÍTULO TRINTA E SETE
MAGNUS. A noite era escura e preenchida por terror noturno. Se encarasse ao redor, poderia sentir todo o mundo se tornando cada vez menos branco, ganhando um tom levemente esverdeado e marrom. A troca de estação estava se tornando real.Magnus sentia os pés tremerem pelo frio constante, os dentes rangendo de vez em quando, mas não o impediu. Continuou caminhando e em seu sonho de lobo, ele era rápido. Percorreu o vale das colinas e a floresta de inverno, observou a lua e chamou por seus irmãos, mas não havia ninguém para responder. Nunca houve.Poderia se lembrar perfeitamente de todas as ocasiões em que brincou junto a alguém da sua idade, de todas as vezes que subiu na casa da árvore e acabou brincando de boneca com Teresa. Magdalena o batia em todas as ocasiões, dizia que era coisa de garota. Ele não se importava. Gostava de ter alguém para brin
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CAPÍTULO TRINTA E OITO
DEXTRA.Em algumas ocasiões sentia como se pudesse voar para longe de seu corpo e observa-lo de cima, onde tudo parecia tão mais simples. Em algumas outras, sentia como se tivesse morrido e fosse seu espírito a vagar pelo mundo, agindo como se ainda estivesse vivo, enganando cada ser humano ao redor. Era um pensamento terrível.Seus olhos estavam perdidos sobre o teto levemente manchado de uma tinta mal passada, tão antiga quanto a própria casa que residia. Os braços estavam esticados e a cabeça reta, como o corpo em um caixão de molas e almofadas confortáveis. Seu manto poderia ser a condenação.Dextra sentia como se pudesse voltar no tempo e impedir seu nascimento, mas o que seria de suas doces meninas? O corpo parecia enjoado.Sempre que fechava os olhos, conseguia ver onde um dia estivera, acima de tudo e ao mesmo tempo tão abaixo. Cansada e per
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