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Todos os capítulos do O Paradoxo Katherine: Capítulo 1 - Capítulo 10
71 chapters
Capítulo Um
Eu gostava de um cara! Repetia isso para mim mesma várias vezes como um mantra, para me lembrar de que eu também tinha sentimentos... por alguém.O seguia em todas as redes sociais e ficava sempre atenta as suas atualizações. Talvez, fosse minha nova religião. Eu gostava muito dele e obviamente, sentia-me na obrigação de saber sobre sua vida pessoal. Era como se eu fizesse parte dela. Não era isso que faziam quando sentiam algo por alguém?Não me sentia envergonhada por causa disso.Mas também não queria que ele soubesse, afinal, com toda certeza, seria rotulada como uma perseguidora e louca.Era meu segredinho.Eu vivia em um mundo em que namorar era um privilégio para os padrões e eu não fazia parte. Afinal, eu era uma pessoa introvertida e insegura. Tinha cabelo desordenado e olhos sem vida, ambos da cor preta. Meu corpo era m
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Capítulo Dois
Seria tão bom que meus olhos não vissem as coisas más e tristes, assim, meu coração nada sentiria. Talvez, fosse melhor que meus ouvidos não escutassem e fossem coniventes com as mentiras e difamações que usavam para colorir a vida. Queria que meu nariz não sentisse o odor do erro e das falhas que se impregnaram nesse chão, ou que minha boca jamais degustasse do gosto amargo de uma decepção...Talvez, se eu continuasse de olhos fechados, eu não tornaria realidade o que aconteceu, mas meu corpo mostrava totalmente o contrário. Eu sentia minha cabeça doer, meu braço e minha perna direita, como se estivesse sido esmagada por um carro.Lentamente, abri meus olhos, soltando baixos gemidos de dor. Eu sentia o chão gelado tocando em minha pele despida e algo mais gelado ainda e apertado, segurando meus pulsos.Eu só via o teto sobre mim e tinha
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Capítulo Três
1 semana depoisMinhas pernas doíam muito. Eu as sentia latejar e queimar de tão roxas que estavam. Gustavo, como forma de amenizar meu sofrimento e minha dor, as enrolou em ataduras e me deu remédios.Dormir era quase impossível devido ao chão frio e meus machucados, mas quando eu conseguia, algo sempre me acordava. Eu dessa vez, ouvi alguns gemidos e lentamente abri meus olhos. Quando o vi, minha única reação foi arregalar meus olhos e continuar o fitando perplexa.Gustavo subia e descia lentamente pingando suor. Sua expressão era indecifrável, mas a minha era de pura dor. Senti todo meu corpo arrepiar e me encolhi.– Isso dói... – Sussurrei enquanto ele continuava seus movimentos.Tornei a o encarar e o vi que ele suspirava e me fitava, mas em vez de parar, ele simplesmente pegou um frasco de remédio e jogou em minha direção.Ler mais
Capítulo Quatro
Ali estava eu, mais uma semana presa na casa do homem que eu achei que era meu príncipe encantado, mas que na verdade era o vilão sequestrador e torturador. O problema era que eu jamais seria uma princesa, então isso o motivou a me torturar lentamente em vez de acabar logo com a história me matando.Eu pensei, por minutos, que tudo seria diferente, mas ele continuou me deixando trancada no porão escuro e frio. Porém, quando eu ouvia a música Young And Beautiful da Lana Del Rey, eu sabia que ele estava em casa e que a qualquer momento eu sairia do porão.Os passos do Gustavo sempre eram pesados, assim eu sabia que ele estava em casa. Ele abria a porta do porão, deixando uma forte luz entrar. Descia as escadas, pegava em meus braços me ajudando a ficar de pé e sem falar absolutamente nada, me levava para cima.Ele me obrigava a limpar tudo para ele e me rastejando como serpente pelo ch&at
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Capítulo Cinco
Tudo que aconteceu noite passada, ficava invadindo a minha mente constantemente. Estava difícil se concentrar em outras coisas e por isso, acabei derrubando uma panela quente de sopa no chão.– Que merda! – Retruquei empurrando a cadeira para trás para não me queimar.Minha preocupação não era o estrago que fiz e sim a consequência dele. Quando o Gustavo visse, com certeza iria me espancar como castigo. Meu coração estava acelerado e meu corpo tremulo, como se estivesse anunciando a chegada de uma punição.Eu estava ouvindo os passos do Gustavo atrás de mim e tudo parecia ficar em câmera lenta. O monstro estava prestes a voltar.– O que aconteceu? – Ele perguntou parando atrás de mim. Eu abaixei a cabeça e olhei para o meu erro.Joguei-me no chão e comecei a tentar limpar o que sujei.– Me perde,
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Capítulo Seis
– Gustavo... – Minha voz falhou. Entrei em puro desespero. Dessa vez não era fruto da minha imaginação, era ele de verdade e estava a esse momento inteiro, me esperando sair. – Eu te amo Gustavo e faço qualquer coisa. Eu gosto de você e...Gustavo abriu os braços e espreguiçou-se, bocejando bem alto, para não me ouvir mais.  Ele se levantou, fez um rápido alongamento e tirou os fones.– O golpe está aí, cai quem quer! – Ele deu uma risadinha sem graça. – Eu quase acreditei em sua atuação, Katherine. – Ele se virou e me encarou.– Isso não é verdade... eu... Gustavo... – Tentei falar, mas meu medo estava me travando. Eu estava tremendo como uma cadela indefesa e com medo do dono.Eu precisava lutar por minha vida, mesmo que fosse trancada dentro de sua casa. Depois que fui beijada pelo Gus
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Capítulo Sete
Uma vez, me perguntaram se eu tinha algum objetivo de vida e eu apenas abaixei a cabeça em resposta e não disse nada. Eu ouvi todos falarem de seus sonhos, suas metas e eu não fazia ideia do que realmente queria... ou acreditava que não fazia ideia. Até que eu conheci o Gustavo.Por um momento, pensei que era coisa apenas da minha cabeça, o amar sem o conhecer e sem ele saber, mas tive a brilhante ideia de stalkear toda a sua vida, constantemente. Tive a certeza de que ele era um homem perfeito e ao me olhar no espelho, vi que eu era uma mulher sem chance alguma de tê-lo para mim.Então me perguntei qual era meu objetivo de vida e descobri, no fundo de minha mente confusa, que meu maior desejo era simplesmente ser amada, desejada e tocada de forma genuína. Imaginar essa realização com o Gustavo, era o que me motivava a continuar caminhando, e então eu o conheci de verdade, por detr&aacut
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Capítulo Oito
Se passaram meses desde o dia em que pisei na casa do Gustavo e nunca mais sair. Eu era uma pessoa completamente sozinha, então jamais teriam pessoas me procurando ou sentindo a minha falta. Após a visita do policial, e todos aqueles acontecimentos, Gustavo ficou receoso em me deixar livre pela casa, então teve a brilhante ideia em me acorrentar mais uma vez toda vez que ficasse ausente.Não estava no porão, mas a corrente sim, ela era enorme e estava presa lá embaixo, o que me possibilitava explorar um pouco da casa, mas nunca ultrapassar a linha que quase me matou. O máximo que eu conseguia era ficar no quarto e no corredor, apenas.Eu estava deitada no chão do quarto tirando um cochilo e um barulho me despertou. Ergui a cabeça para escutar melhor. Talvez o Gustavo já estivesse de volta. Ouvi a porta se abrindo, sons de passos e o Gustavo apareceu na entrada do quarto.– O que est&aacu
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Capítulo Nove
Eu quis tanto amar e ser amada, eu desejei tanto ter esses sentimentos e quando finalmente chegaram, se apresentaram da pior forma possível, me deixando tão confusa. Não queria que fosse assim.Fui para o banheiro e me tranquei em um reservado. Deixei as muletas encostada na parede e sentei no vaso. Eu queria parar de chorar, mas não conseguia.Ouvi passos entrando no banheiro e vi o sapato do Gustavo. Ele estava de olho em mim. Respirei fundo e tentei mais uma vez me controlar. Não era pra ele estar no banheiro feminino.– Abra! – Ele ordenou parando próximo a minha porta. – Eu estou tão feliz que quero e abraçar agora mesmo. – Ele falou, mas não senti felicidade em sua voz, apenas frieza.Me encolhi e estremeci.– Eu quero ver seu rosto... – Ele insistia.Ergui minha mão, abri a porta e o deixei entrar. Ele se aproximou e nos trancou n
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Capítulo Dez
Tentar escapar no Festival Cultural da Academia de Artes não foi uma boa ideia e com certeza, ao chamar atenção de algumas pessoas, acabei chamando também a do Gustavo. Ele não comentou nada justamente para me castigar em casa, sem eu desconfiar de que uma surpresa me esperava.Eu peguei no sono dentro do guarda-roupa e despertei com alguns sons estranhos. Não eram vozes falando e sim gemendo. Eu conhecia a do Gustavo, mas a outra era desconhecida..., não, eu sabia quem era, só não tinha certeza.Abri meus olhos e sentei-me para tentar entender melhor.– Me toca mais... – A garota falou e eu tive certeza de quem era. – Mais... – Seus gemidos eram altos.– Onde você acha que estou tocando? – Gustavo perguntou e a garota gemeu mais ainda.Deslizei um pouco a porta do guarda-roupa, criando uma fresta para tentar enxergar o que estava acontecendo.Ler mais