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Todos os capítulos do Bandeira Branca : Capítulo 11 - Capítulo 20
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Capítulo 11
Passamos por um longo corredor com paredes repletas porta retratos pendurados, registrando inúmeros momentos em família. Eu e papai estávamos em todas elas.- Sua madrinha é muito gente boa! - Disse Júlio observando as fotos, enquanto eu concordava com a cabeça.Antes de subirmos a escada que dava para os quartos, fui atraída pelo cheiro que vinha da cozinha.- Vem.. Vou te apresentar a uma pessoa maravilhosa. - Disse para Júlio que me seguia cuidadosamente.Quando adentramos a cozinha, abracei Marie, cozinheira da minha madrinha há pelo menos dez anos que mexia algo na panela sem perceber minha chegada.  Uma m
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Capítulo 12
Depois de colocarmos as devidas vestimentas para explorar o campo, eu e Júlio descemos animadamente as escadas e nos deparamos com o escritório.- Vem.. Vou te mostrar uma coisa. - O puxei para dentro da dependência.Quando adentramos, ele parecia em estado de estase.- O que são esses quadros? - Indagou  observando de perto o realismo da pinturas.- Você já leu alguma coisa de José de Alencar?- Sim... O Guarani, eu acho.- Então olha esse aqui !Tio Gilberto era um aficionado pelo escritor clássico José de A
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Capítulo 13
Na mesa de angelim vinda diretamente do sul do país e fabricada artesanalmente, o que era de grande orgulho para tio Gilberto já que cabia pelo menos dez pessoas, nos sentamos para que o almoço fosse servido e quando o leitão a pururuca foi trazido, Júlio quase não conseguiu disfarçar a sua surpresa.O animal estava encolhido devidamente assado, com uma maçã vermelha brilhante na boca e galhos de alecrim que o enfeitavam. A sua volta, estavam tomates e pimentas colhidos diretamente da hortaTodos a mesa quando avistaram o prato principal, suspiraram em uníssono com a beleza da comida. Em seguida, o arroz e o feijão tropeiro também foram postos em uma bela panela de barro, acompanhados pela farofa de linguiça.

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Capítulo 14
Não era duas da manhã quando o aconchego nos braços de Júlio me fez querer ir para o quarto, embora o dia tivesse sido muito proveitoso e eu estivesse disposta a aproveitar o luau, meu corpo suplicava por descanso, afinal na manhã seguinte os planos estavam voltados para levar meu namorado até a nascente do rio que cercava toda a propriedade. - Vamos para o quarto? - perguntei sabendo que Júlio aceitaria sem hesitar, pois ele parecia mais cansado do que eu.  No entanto, nos despedimos do meu tio Gilberto, da minha madrinha e de meu pai, já que as crianças dormiam unidas dentro de uma barraca próxima. Eles conversavam animadamente sobre assuntos aleatórios, enquanto o cooler de cerveja er
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Capítulo 15
Com o tempo, nosso apelido de Amoreco se minimizou a Reko, sumindo definitivamente com nossos nomes, portanto, era Reko para cá, Reko para lá  e toda vez que alguém nos ouvia dizer essa palavra prontamente precisávamos explicar a origem.  Sendo assim, o apelido não foi a única coisa boba que se transformou em algo especial para nós dois.As flores ficaram constantes em minha vida, já que Júlio me presenteava com as gérberas mais lindas que encontrava e não era só isso, assim como os ramalhetes que viraram os meus favoritos, jantávamos em restaurantes românticos a luz de vela e logo, tudo na minha vida se transformou em belas cores e momentos inesquecíveis. As se
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Capítulo 16
O salão de festas escolhido pelo colégio, ficava a uma quadra de onde estudávamos. Quando os alunos foram chegando, se deparavam com um amplo salão, inteiramente decorado com balões de led, algo totalmente diferente e que arrancava suspiros entusiasmados de todos.  Havia um palanque enorme, com instrumentos musicais preparados para músicos que foram contratados para animar a farra, assim como a mesa do buffet que oferecia aos convidados, inúmeros tipos de comidas e a que mais chamava a atenção era uma cascata de camarões exposta, deixando em dúvida se realmente eles eram verdadeiros ou apenas ilustrativos.Apesar de não ter bebida alcoólica, garçons transitavam constantemente durante as seis horas de programadas oferecendo sucos,
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Capítulo 17
 - 3,2,1... FELIZ ANO NOVO!!!O show de fogos iluminou a noite no sítio. De um lado, convidados se abraçavam emocionados, do outro eu e Júlio éramos inundados por promessas e juras perpétuas de amor.Sem dúvidas para mim, o melhor réveillon da vida onde agradecia aos céus pelo amor que a vida tinha me trazido e pela felicidade vivida durante todo o ano. Além disso, pedia a uma força suprema desconhecida que os trezentos e sessenta e cinco dias que chegavam fossem tão incríveis quanto os de dois mil e três que se despedia de mim de maneira inesquecível, afinal novas chances, novas oportunidades e mais amor se escancaravam a minha frente deixando-me convicta de que o mundo inteiro
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Capítulo 18
Deitada nesse chão sujo, rodeada de pessoas e sendo praticamente o centro das atenção em pleno sábado ensolarado, percebo o quão infantil, imatura e desequilibrada fui em relação a todas as mudanças que o ano de dois mil e quatro trouxe a minha vida.Quando eu poderia imaginar reencontrar Júlio nessas condições? Tocá-lo novamente ou tê-lo tão perto como agora?Sinto tanta culpa guardada se esvaindo com as lembranças dos anos que me atormentaram, que mal consigo respirar.E eu só queria que ele soubesse que essa dor imensurável que carreguei só fez mal a mim, assim como todas as atitudes egoístas que também lhe causaram dor.  

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Capítulo 19
Finalmente tudo pronto para que o ano letivo começasse e com ele os monstros internos me perseguissem fantasiados de aulas que me bombardeavam de informações, estudantes empenhados por todos os lados e calendário de provas.O primeiro período, assim como todos os outros era composto por seis meses e durante esses meses, doze matérias me sobrecarregavam.Além disso, tentar fazer novos amigos era uma missão árdua, assim como ir bem nas provas ou lutar para não ser reprovada.Os seminários obrigatórios, as paletras, os cursos extras e a leitura de três livros ao mesmo tempo me desgastavam imensamente, deixando as conversas com Júlio sempre no final do dia onde o principal assunto era como que cada vez menos conseguíamos ir para o sítio ou estarmos juntos.Além disso, não tinha notícias de Renata e passei a dormir tão pouc
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Capítulo 20
A praia era uma refúgio afastado que durante a semana mantinha-se pouco frequentada por por banhistas e turistas. O quiosque de telhado feito por folhas imensas de bananeira tinha mesas acopladas ao chão construídas inteiramente por bambu que dava um charme especial ao restaurante que era frequentado por quem verdadeiramente conhecia, até porque o acesso até o quiosque se dava exclusivamente à visitantes militares ou parentes de militar.  No caso de Júlio como filho de major, ele carregava dentro de sua carteira uma identificação para ter acesso a lugares como esse possibilitando assim que me surpreendesse com um almoço à beira-mar.  Adentramos no quiosque pisando na areia fofa e branca da praia que combinava perfeitamente com o cenário ao fundo de um céu azul e o infinito do oceano. Nos acomodamos perfeitamente em uma das mesas, das quais somente nós dois éramos clientes, desfrutando da brisa resfrecante do ambiente totalmente aberto, mudan
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