Não consigo mover um músculo de tão chocado que estou. Mildred, à minha direita, também permanece imóvel. Ela é o único ser além de mim a ocupar o aposento comprido e muito bem ornamentado onde nos encontramos. Pelo menos deste lado do espelho. – Olá, amor? Sentiu minha falta? – indaga-me um reflexo conhecido. Sim, é ela! A jovem que encontrei encarcerada ao longo de meus delírios na caverna murgon. A bela mulher do retrato cujos trajes são idênticos àqueles que usou numa cela, dias atrás, quando nem fazia parte da realidade. Faz agora? – Obrigada, feiticeira. – Ela mantém seus olhos castanhos em Mildred enquanto fala. – Sou incapaz de achar palavras para qualificar o qu
Ler mais