Na manhã de sexta-feira, eu observava, através de meus olhos inchados e ardentes, minha mãe tomar seu chá, como se não houvesse nenhuma outra presença ali. Seu olhar vadio e seu silêncio me fizeram perceber que estava tal e qual no dia anterior. Passei a noite toda aos prantos. Algumas vezes me arrependi por não ter tirado, outras desejei estrangular Weben, mas tudo terminava com meus dedos secando meu rosto e um conformismo que me acalmava. Assim foi durante a noite toda. Não dormi um minuto que fosse, a fome me levou para a cozinha, onde ela me encontrou logo depois, bem no início da manhã. De si recebi apenas um "Bom dia" num sopro frio e seco.Foi então que tive certeza que algo tinha mudado entre nós duas, sabia que a imagem que ela tinha de sua filha tinha sido borrada pelo meu delito e aquilo só me matava mais por dentro. Me preocupava também a dúvida de não saber se ela contaria para meu pai ou não, porque eu não queria que ele
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