Vida Fácil(?)
Dizer que uma prostituta tem uma vida fácil é a coisa mais absurda
que já ouvi. Grande parte das mulheres deixa suas famílias, muitas
vezes filhos pequenos, para tentar encontrar soluções aos seus
problemas financeiros. Quase todas que conheci são brasileiras.
Vivem uma vida de mentira e desilusão à procura de dinheiro que
todos falam que é “fácil” e rápido. Mas muitas vezes o que
encontram é discriminação por serem estrangeiras e quererem
“roubar” os maridos das que tem uma vida “normal”.
Muitos querem que a polícia casse e prenda todas as “destruidoras
de lares”.
Quase todas ilegais, viajando clandestinas de norte a sul do país, de
Portugal a Espanha e vice-versa, fugindo da polícia.
Concordo a justiça em mandar de volta aos seus países de origem
as pessoas ilegais, mas acho que há muita discriminação com os
brasileiros, não só mulheres, também homens que saíram do Brasil
à procura de uma vida com melhores condições para as suas
famílias. E encontram uma realidade totalmente diferente do que
estava a espera.
Encontram muitas dificuldades para conseguir um trabalho
“normal” e principalmente se legalizar.
As mulheres são discriminadas, embora nem todas sejam
prostitutas, basta ser brasileiras para ser chamada como tal.
Graças à Deus encontrei bons amigos em Portugal, mas muitas
pessoas que cruzaram o meu caminho me olharam como se fosse
um objeto sexual.
Sofri muito com a ignorância de algumas pessoas que pensam que
uma brasileira só presta para sexo.
Mas como não sou de baixar a cabeça, aqui estou relatando o que
passei e um pouco do que se passa com as brasileiras que vivem
legais ou ilegais em Portugal e Espanha e em outras partes da velha
e linda Europa
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