Cap.36— Anjo, pode escolher a roupa de banho. — Disse Vittorio assim que entraram no quarto que também não deixava a desejar, ele seguiu até o guarda roupa e tirou algumas peças de roupa de banho.— Você comprou? — Perguntou Dalila surpresa.— Sim, óbvio Dalila, acha que vivo de doação? Porém as vendedoras que escolheram e me entregaram, eu vou me trocar, você pode escolher um deles e vestir.— Obrigada! — Disse olhando cada peça, mas a visão de Vittorio tirando a camisa foi mais interessante, assim também disfarçando.— Não vai se trocar? — Perguntou a avistando ainda sentada inquieta. — Ah! Eu vou... — Vou sair e te esperar lá em cima. — Avisou e ela concordou.Assim que subiu se sentou ao lado de Dimitri em uma espreguiçadeira, o mesmo lhe encarou confuso.— Trouxe ela aqui para quê?— Só um dia como outro qualquer. — Respondeu indiferente.— Como assim? Estamos em um barco... Um barco luxuoso, nem nos meus sonhos consigo arrancar dinheiro suficiente do meu velho que dê para com
— Dalila! Saia desse quarto, eu mudei de ideia! — Gritou Dimitri aos pontapés na porta.— Alguém quer morrer hoje! — Bradou Vittorio irritado, enquanto Dalila se levantava rapidamente correndo para o banheiro.— Não está certo! — Bradou em alvoroço do lado de fora.— Do que está falando? — Perguntou aborrecido ao sair.— Dalila só tem 17 anos, entendeu? Isso é assustador, nós somos homens, caramba!— Não, ela tem 18 e alguns... Ah sim, confundi a idade dela, realmente você está certo, ela é muito nova.— Falou tentando disfarçar, afinal Dimitri também não sabia, Vittorio pensava que talvez ele evitasse Dalila por causa de sua idade e se soubesse que ela era maior de idade talvez isso mudasse.— Falta menos de 2 meses para ela completar mais um ano de vida, é melhor esperar! — Aconselhou preocupado até ouvir alguém lhe gritar no cais, então correu para a atender enquanto Vittorio voltou a entrar ficando com a cara na porta de tanta frustração.— Você está bem? — Perguntou Dalila vindo d
Cap.37 plano dos infernos — Pai! É... Nada, eu só...— Bom dia, senhor Deméter, é que eu não queria descer, então ele estava insistindo porque o senhor é muito severo. — Contou Dalila de cabeça baixa demonstrando reverência, Dimitri a encarou boquiaberto em seguida disfarçando quando o olhar do pai desconfiado foi em sua direção.— Bom, vejo que vocês se tornaram próximos, isso é muito bom. — Confessou sorrindo. — Dimitri, me deixe falar uns segundos com ela. — Pediu quase ordenando com o olhar acusador para Dimitri que o fez tremer, rapidamente saiu respirando aliviado enquanto Dalila pragueja sua má sorte. — Bom, — Começou a falar em pé próximo a porta aberta. — Como já sabe, Dimitri é seu futuro noivo e faltam duas semanas para você se mudar desse lugar imundo, o casamento será logo depois que você completar 18 anos.— Não posso me opor a isso? — Perguntou sem hesitar.— Não, já é algo que foi decidido a anos.— Mas... Quando eu fizer 18 anos ao menos quero ter o direito de escolh
37.2— Eu quero falar com você agora! — Disse discretamente demonstrando está desconfiada de estarem sendo vigiados.— Ok, me espere no seu quarto, chego logo em seguida. — Sussurrou para ela que confirmou entrou novamente seguindo para o quarto e sim, Monalisa a estava observando em todos os seus passos já que o dia do casamento estava cada vez mais próximo e Esmeralda prévia que talvez houvesse uma fuga, afinal Vittorio não deixaria a garota que ama nas mãos de outro.Monalisa estava à espreita quando viu Dalila falar algo com Vittorio, mas a mesma não ouviu, então esperou Vittorio entrar e assim que terminou de subir as escadas ela o seguiu, sabia que iria para o quarto de Dalila.Andou silenciosamente até a porta e colou os ouvidos a fim de ouvir a conversa dos dois.— Eu já decidi! — Começou Dalila a falar com ansiedade.— O que você decidiu?— Eu quero ir com você, pode ser ainda hoje, eu não me importo, só me leve! — Pediu quase suplicando o abraçando, Vittorio a apertou em seu
Cap.38— Ela armou... — Murmurou Dalila chorando. — Não aconteceu nada, foi tudo armado.— Eu sei, eu vou te tirar daqui agora. — Dimitri a avisou apreensivo. — Vou te levar até ele... — Aurélio entrou no quarto bruscamente, Dalila ainda estava procurando uma roupa para vestir, mas mal teve tempo de trocar. — Senhor Aurélio, se me permitir, eu preciso conversar com Dalila, vou levá-la para tomar um ar e a trago em alguns minutos. — Pediu enquanto Dalila segura as roupas sobre o corpo.— Olha, dessa vez, eu não posso te liberar, na verdade depois disso que aconteceu eu preciso levá-la ao médico, afinal é minha filha, tenho que saber se algo aconteceu, se não está grávida.— Mas ela também é minha esposa, eu tenho esse direito.— Nada oficial Dimitri, ela ainda é menor de idade, algo muito sério está acontecendo aqui, é claro que eu vou levá-la e sou eu que permito se você deve levá-la a qualquer lugar ou não. — Asseverou grosseiramente, Dalila já estava pálida, sabia que nada de bom vi
38.2— Está de brincadeira? Nem me diga que você deixou ela lá.— Não tive escolha, amanhã meu pai estará aqui. Então pedirei que a leve, eu não tenho poder nenhum naquele lugar.— Merda!! Ela não passa dessa noite! — Bradou preocupado seguindo até seu carro pegando uma pistola.— Não faça isso, não por causa de Aurélio, mas meu pai, isso seria uma luta perdida, você perderia Dalila.— Eu preciso tirar ela de lá, você não sabe as atrocidades, eu já vi... A forma como ela ficava marcada, eu não quero vê-la assim de novo.— Ele disse que não vai machucá-la! — Avisou Dimitri — E você acreditou? Afinal quem é esse homem que eu não posso ir lá agora e matar? — Meu pai vai te caçar por causa disso...— Mas pelo menos eu posso salvá-la, ele não teria mais como a fazer mal, estando morto.— Ainda assim há meu pai, poucos sabem o que ele é, você não se safaria se fizesse algo contra Aurélio ainda mais com a dívida que ele tem.— Como assim?— Meu pai aumentou o valor para que Aurélio liberas
Cap.39Apesar do que havia feito Monalisa está inquieta, estranhou quando foi à cozinha e encontrou a senhora supostamente cozinhando.— Ah, Oi Monalisa, hoje eu decidi comemorar fazendo bolinhos para meus filhos. — Disse Esmeralda alegre.— Estranhei, mas não quer que eu faça os bolinhos para eles? Nunca tinha visto a senhora cozinhar.— Não! — Asseverou como se Monalisa estivesse dizendo algo errado. — Eu quero eu mesmo fazer algo especial para meus filhos. — Disse mexendo a massa com uma expressão sombria como se planejasse algo.— E Dalila? Eu não levei café nem almoço, nenhuma refeição para ela desde ontem, não posso levar nada?— Aurélio deu ordem? — Perguntou indiferente.— Não.— Então não é pra levar, deixe aquela imunda lá, por mim que morra! — Batia a massa com agressividade só de pensar.Monalisa às vezes a observava furtivamente, desconfiada enquanto a mesma fazia os bolinhos, ela não havia esquecido o dia que ela acusou Dalila falsamente de envenenar os bolinhos. Depois
Cap. 40Vittorio conseguiu a levar a tempo para o hospital e rapidamente ela foi tratada, ainda assim ele mal conseguia encarar a situação que ela estava, seu mal dessa vez havia passado dos limites, mesmo que ele quisesse ter a levado para casa, não poderia já que a situação era mais delicada então correu o risco e a levou.Aurélio assim que chegou na sala percebeu algo estranho, afinal havia um líquido mal cheiroso pelo sofá, pelo chão, por todo o canto, assim que encostou o dedo e levou ao nariz para sentir o odor, ficou ainda mais confuso ao perceber do que se tratava, mas não entendia o porquê, nem desconfiava.— Monalisa! O que diabos aconteceu aqui? — Perguntou enquanto Monalisa olhava ao redor, até as paredes estavam marcadas de óleo.— Eu não sei, quando saímos daqui não estava assim.— Que esquisito.— Falava enquanto os meninos traziam os cachorros. — Eu vou levar os cachorros... Na verdade eu não acredito que tenha mais jeito, eu sinto muito crianças. — Falou quando viu que