Pensar que aquele grosso mora bem aqui do lado é estranho.
Ele é um homem bem bonito e acabou de se mudar, espero não o ver muito.
É tentação de mais para uma jovem como eu.
Assim que chego em meu quarto vou para o chuveiro tomar um banho para relaxar o corpo.
Visto um robe e vou para a cozinha fazer uma caneca de chocolate quente para mim.
Assim que acabo, pego a caneca e vou para o meu quarto em direção a minha pequena varanda.
Me encosto a beira do parapeito e observo o parque e as luzes que o ilumina.
- Oi.- ao ouvir a voz me cumprimentando da sacada ao lado levo um susto.
- Ai meu deus, você quase me matou de susto.- digo com uma mão no peito.
- Desculpe.- ele diz com um sorriso.- ai é seu quarto?- ele pergunta apontando para a porta.
- É o que parece.- respondo.
-As nossas sacadas são bem próximas.- ele afirma.
- Sim?- pergunto ironicamente tentando entender onde ele quer chegar.
- Só quero dizer que é bem fácil pular de uma sacada para a outra.- ele fala sua observação como se eu já não tivesse percebido isso.
- Como o senhor se chama?- pergunto me virando totalmente de frente para ele e me aproximando do parapeito.
Estávamos agora poucos centímetros um do outro.
- Dylan e já disse para não me chamar de senhor.- ele diz.
- Ótimo sr. Dylan, não sei oque o "senhor" quer fazendo essa observação.- digo para ele frisando bem a palavra senhor.
- Não desejo nada de mais, apenas foi uma observação, além do mais, da para ver muito do seu quarto daqui.- ele fala sorrindo.
- Espero que esteja gostando da vista.
- Preferia estar aproveitando.- ele diz baixo mas eu entendo.
- Eu ouvi isso.- digo para ele.
Esse homem pode ser mais velho que eu, mas o sorriso que o maldito abre agora me arrepia dos pés a cabeça.
- Vou me deitar, boa noite vizinha.- ele fala se afastando do parapeito.
O vejo entrando em seu quarto e fechando a porta de vidro.
Da para ver parte do quarto dele de onde eu estou, e quando eu digo parte, isso inclui a enorme cama.
Saio da varanda e vou me deitar.
Pronto, meus hormônios adolescentes estão borbulhando por causa de um velho babão.
Depois de meia hora eu consigo dormir.
Acordo com o telefone da casa tocando.
Me levanto com dificuldade da cama e vou atender o maldito telefone.
- Alô? - atendo.
- Srta. Sofia? - um homem pergunta do outro lado da linha.
- Sim, sou eu.- digo.
- Olá, bom dia srta. Sofia, aqui é Celso, sou o porteiro, o senhor Jorge avisou que viajaria e se chegasse qualquer coisa era para entregar a senhorita. Poderia vir pegar?
- Claro, me de 10 minutos e já chego.- digo e encerro a chamada.
Merda, podia ter dormindo ate tarde.
Como eu estava só de robe, pego um short e uma blusa larga e coloco.
Como a blusa é grande acaba tampando o short e faz parecer que só estou usando ela.
Nem LIGO.
Faço um coque meio bagunçado em meus cabelos que deixa alguns fios soltos e saio do apartamento.
Ao mesmo tempo em que saio a porta do vizinho abre e ele sai todo trabalhado num homem gostoso vestido um terno em que ele fica lindo, mas que me faz pensar que ficaria melhor sem ele.
Se controla garota.
Hormônios do inferno.
- Bom dia.- digo.
- Bom dia.- ele diz sem nem me olhar por que esta trancando a porta do apartamento.
Vou em direção ao elevador e entro, mantenho a porta aberta para que ele entre e não precise chamar outro.
Vejo ele vindo em direção ao elevador mas assim que entra ele para e me observa.
- Acho que se esqueceu de colocar uma roupa.- ele diz muito serio.
Olho para ele e levanto uma sobrancelha.
- Não entendi.- digo.
- Você esqueceu de colocar a parte de baixo, tipo um short.- ele fala me fazendo rir.
Saio da parede onde eu estava encostada e me a próximo um pouco dele levantando a blusa e mostrando o short.
- Ah.
Ah?
- É, ah. - respondo.
Ficamos um segundos em silencio enquanto o elevador desce.
- Você parece diferente de ontem.- ele fala pensativo.
- Diferente como?- pergunto curiosa.
- Ontem você tinha um ar de adulta e madura, agora parece muito jovem.- ele diz me observando.
- É o poder das mulheres.- digo para ele saindo do elevador.
Poder das mulheres?
Habilidade de falar merda adquirida.
Encontro celso e pego o pacote com ele antes de subir novamente.
Ao entrar no elevador encontro uma carteira no chão.
Pego a carteira com um pouco de dificuldade por causa da caixa em minhas mãos.
Vou para o apartamento e deixo a caixa na bancada da cozinha.
Começo a reparar bem na carteira, é de couro preto e parece cara, abro a carteira para ver se tem alguma identificação.
Há cartões de credito e uma quantia enorme em dinheiro, tirando isso à um cartão de identificação de uma empresa.
Dylan Cross...
Meu vizinho? Deve ser.
Mas se ele perdeu seu cartão de identificação como vai trabalhar?
Eu poderia levar para ele...
Não, péssima ideia.
Mas e se ele não conseguir entrar na empresa?
Merda, quando vejo já estou com um vestido roxo e procurando no g****e maps onde fica o endereço que esta no cartão.
Bem longe daqui, peço um Uber e passo o endereço.
Longos minutos mais tarde o Uber para em frente a um grande prédio.
Saio do carro pagando o motorista e vou para o hall onde tem as recepcionista.
- Com licença, queria ver o sr. Cross...- digo para ela que me olha curiosa.
- Tem hora marcada?- ela pergunta.
Hora marcada?
- Preciso ter?- pergunto.
- Não vai ver o sr. Cross a não ser que tenha.- ela diz com um sorriso estupido no rosto.
- Palhaçada.- digo me afastando do balcão.
Vim aqui atoa.
Pego o cartão na mão o olhando e vejo que há um numero de telefone nele.
Interessante.
Pego meu celular digitando o numero.
- Alo?- a voz dele preenche a linha e fico feliz por ser seu numero.
- Oi, aqui é a sua vizinha.- digo.- sabe eu estou aqui no hall de onde trabalha, pode descer?
A linha fica muda uns instantes.
- Oque faz aqui e como conseguiu meu numero?
Dylan:Pensam em como minha noite foi difícil por causa de pensamentos pecaminosos com uma certa garota.Agora pensa em como fiquei quando atendi uma ligação desconhecida distraído, por que eu não faço isso, e ouço sua voz do outro lado da minha dizendo que esta no hall.- Oque faz aqui e como conseguiu meu numero?- pergunto, pode ter soado meio grosseiro, mas não, eu estava muito curioso.- Você consegue ser bem escroto as vezes né.- ela diz do outro lado da linha.Acho que ficou brava.- Desculpe, pode dizer oque faz aqui?- pergunto tentando soar educado.Ouço um suspiro de indignação do outro lado.- Vem aqui em baixo e descubra.- ela diz antes de desligar na minha cara.Ela desligou mesmo na minha cara?-Algum problema Dylan?- Henrique me pergunta.Tivemos uma reunião mais cedo e agora ele estava aqui querendo jogar conversa fora.- Nada que eu não possa resolver, só preciso descer lá pra baixo.- digo
Estávamos tendo uma conversa agradável no carro enquanto Dylan dirigia pela enorme cidade de São Paulo.Conversa vai e conversa vem, ele começa a se aproximar do prédio, mas antes que possamos virar a nossa rua, alguém atravessa a rua correndo e faz com que Dylan freie com tudo.O sinto de segurança me segurou em meu lugar, mas não posso dizer o mesmo da minha mão.Quando o carro parou com tudo segurei no primeiro lugar em que minha mão tocou.- Você esta bem?- ele pergunta preocupado.Eu respiro fundo tentando me acalmar depois do surto, acabo apertando minhas mãos que ainda estão no mesmo lugar.- Estou, eu só me assustei.- digo e olho para ele que olha para minha mão.Assim que me toco que minha mão esta em sua perna muito próximo a sua virilha eu a retiro rapidamente.- Me desculpe.- digo envergonhada.Ele apenas limpa a garganta e se remexe no banco.- Acho que já podemos ir.- ele diz olhando para os lado antes de come
A conversa era agradável no carro enquanto eu dirigia.Enquanto conversamos vejo o prédio se aproximar, mas antes que eu possa virar a rua, alguém atravessa a rua correndo e faz com que eu precise frear com tudo.A minha primeira preocupação foi Sofi.- Você esta bem?- pergunto para ter certeza de que ela no se machucou, mesmo eu não vendo arranhão nenhum.Acho que ela se assusta, pois respira fundo.Mas enquanto ela se acalma percebo que sua mão aperta minhas coxas, isso não é bom.- Estou, eu só me assustei.- ela diz retirando sua mão de mim.De algum jeito queria que sua mão pequena continuasse em mim.- Me desculpe.- ela se desculpa envergonhada ficando vermelha.Apenas limpo a garganta e me remexo no banco.- Acho que já podemos ir.- digo olhando para os lado antes de começar a dirigir novamente.Assim que entramos na garagem do prédio eu estaciono e nos saímos.- Obrigada pela carona.- ela agradeço.
Depois daquele quase beijo passo a tarde toda pensando nesse homem maravilhoso que é meu vizinho.Senhor, ele é velho.Digo para mim mesma tentando achar algum resquícios de repugnância. Não, ele é gostoso de mais.Se precisar ate compro uma cadeira de rodas.Rio com meu próprio pensamento.Meu celular vibra em cima da bancada e eu o pego.Uma mensagem no WhatsApp de um número desconhecido me chama atenção.Abro a conversa.Numero salvo. Abro a foto de perfil e sorrio ao ver a foto do meu vizinho com uma garotinha.Será que é filha dele?Salvo também sr. Cross.Espero mais alguns segundos antes da resposta vir.Já disse para não me chamar de senhor, Sofia.Sorrio antes de o responder.É sinal de respeitojá que o SENHO
Ao deitarmos em minha cama, posso dizer que beijar ele em cima de mim e com seus dedos apertando minha coxa é a experiência mais prazerosa da minha vida.Seus beijos que saem da minha boca e morde minha orelha me causa arrepios.Ele faz um caminho de beijos pelo meu pescoço enquanto eu puxo seus cabelo.No meio de seus beijos pelo meu pescoço ele descobre uma parte erógena que meu faz gemer.Ele captura minha boca e me beija com muita vontade. Seus beijos são cuidadosos mas brutos.No escuro de meu quarto meu corpo pertence a ele nesse momento, mesmo estando de roupa me sinto entregue a ele.Depois de um longo tempo se pegando nós nos desgrudamos.- Acho melhor dormimos.- ele diz para mim.Concordo com ele.Fico o observando tirar a camisa e se deitar ao meu lado oferecendo seu braço para mim de travesseiro.Me deito em seu braço e coloco uma mão em seu peito.- Você é irresistível sabia? - ele pergunta acariciando mi
Assim que toda minha família entra no meu apartamento, minha mãe logo trata de começar a mandar em todos.Logo estamos os 5 na cozinha preparando o café da manha.- Você viu que menina linda amor.- minha mãe diz para meu pai.- Vi querida, ela parece ser bem jovem.- meu pai diz.- percebi quê vocês dois se conhecem filho, estávamos quase desistindo achando que você não estava em casa, ai ela afirmou que você estava e acabamos esperando mais um pouco.Merda, continuo com minha cara de paisagem para não entregar nada a eles.- Nos conhecemos quando me mudei, ela deve ter visto eu chegando do trabalho ontem.- digo na esperança de essa ter sido sua desculpa.- Uhum.- minha mãe resmunga.O assunto é deixado de lado enquanto preparamos o café da manhã.Mas é só sentarmos a mesa que eles começam.- Quantos anos será que ela tem? - Mel pergunta.- você sabe Dylan?Boa pergunta.Eu não sei.- Deve ter uns 20, não perguntei
Assim que chegamos na cafeteria, Sofia se senta ao lado de Roberta.Ah Roberta, ela sabe oque eu mais desejo, mas me impede de fazer a todo momento.Eu a amo e ela é importante na minha vida. Mas sua importância no momento não se compara a de Sofia.Eu as observo comer e sorrir.Sofia esta cada dia mais mulher, linda e inteligente.A todo momento as palavras tentam sair de minha boca querendo gritar para Sofia a verdade.Mas todo momento Roberta me olha me alertando, não gosto disso.Ela sabe que tenho que fazer isso e não pode me impedir.Agora que tenho as duas nada vai tirar elas de mim.-Alo?- Roberta minha noiva atende o celular.- claro que posso, certo.Ela desliga o celular e digita mais alguma coisa.- Aconteceu algo?- pergunto.- Acho que nada demais.- ela fala.- a organizadora do nosso casamento quer falar comigo pessoalmente, eu vou encontra-la agora e vocês vão na frente para casa certo?Vejo q
- Oque? - suas palavras me paralisa no lugar.- Eu sinto muito por você ter entendido de forma errada Sofia.- ele diz dando um passo em minha direção.- Não, e tudo oque você insinuou? Estava sempre me elogiando, me olhando estranho. Vai dizer que estou louca?- pergunto ficando irritada.- Eu estava insinuando sim, mas não da maneira em que esta pensando.- Ele diz se sentando no sofá e passando as mãos pelos cabelos.- Quando eu conheci sua mãe ela já era casada com Paulo, eu estava na cidade por negócios e conheci ela por acaso, posso dizer que em poucos minutos de conversa eu estava encantado. Naquela época sua mãe estava tendo problema com ele, o casamento não era mais o mesmo e ele estava bebendo muito. Sei que foi errado, mas nos envolvemos. No dia seguinte ela disse que foi um erro e me disse para não a procurar mais e foi exatamente o que eu fiz, voltei para São Paulo e continuei minha vida. Há alguns meses eu tive que voltar, mas tudo me lembrava sua m