Dylan:
Pensam em como minha noite foi difícil por causa de pensamentos pecaminosos com uma certa garota.
Agora pensa em como fiquei quando atendi uma ligação desconhecida distraído, por que eu não faço isso, e ouço sua voz do outro lado da minha dizendo que esta no hall.
- Oque faz aqui e como conseguiu meu numero?- pergunto, pode ter soado meio grosseiro, mas não, eu estava muito curioso.
- Você consegue ser bem escroto as vezes né.- ela diz do outro lado da linha.
Acho que ficou brava.
- Desculpe, pode dizer oque faz aqui?- pergunto tentando soar educado.
Ouço um suspiro de indignação do outro lado.
- Vem aqui em baixo e descubra.- ela diz antes de desligar na minha cara.
Ela desligou mesmo na minha cara?
-Algum problema Dylan?- Henrique me pergunta.
Tivemos uma reunião mais cedo e agora ele estava aqui querendo jogar conversa fora.
- Nada que eu não possa resolver, só preciso descer lá pra baixo.- digo para ele.
- Ótimo, assim nos já aproveitamos para almoçar.- ele se levanta dando sinal que vai descer comigo.
No adianta retrucar, negar bebida e comida para esse cara é como pedir para ver uma cena de teatro bem dramática.
- Ótimo.- falo.
- E leva a carteira, você paga.- ele diz.
Reviro os olhos e tento me lembrar onde coloquei mas não consigo pensar onde possa estar.
- Acho que esqueci em casa.- digo para ele que me olha como se sentisse pena de mim.
- Não tem problema amigo, hoje eu faço essa caridade.- ele fala e começa a andar.
Como se eu precisasse de caridade.
Saímos da minha sala e pegamos o elevador.
Enquanto descemos Henrique começa com suas conversas bobas sobre mulheres que faz com que eu fique surdo momentaneamente.
Já no hall de entrada olho por tanto canto procurando uma mulher que aparenta estar esperando por mim e o que eu encontro?
Uma garota apoiada no balcão da recepcionista.
- Com licença? - digo para ela.
- Ah oi.- ela diz.
- Eieiei, você não é a garota de ontem?- Henrique pergunta para ela.
- sou eu mesmo, e você é o idiota que tentou me agarrar.- ela diz sem olhar muito para ele.- aqui sua carteira, achei que iria precisar dela.
Ela me entrega a carteira e fica me olhando.
- Por que esta me olhando assim? - pergunto achando que ela espera algo.
Ela quer dinheiro?
- Não vai conferir para ver se esta tudo ai?- ela indaga com uma sobrancelha arqueada.
- Não acho necessário, ate por que se eu der falta de algo, sei onde você mora.- digo para ela que sorri.
- Certo, então eu vou indo.- ela diz virando em direção a saída do prédio.
- Ai!- digo assim que sinto o tapa que Henrique me da na cabeça.
- " Ela é muito nova para vocês", " vocês são uns idosos perto dela". Depois de todo aquele discurso, você transou com a menina que deve ser uns 10 anos mais nova que você.- ele diz.
- Não transei com ela.- digo para ele.
- E o que diabos ela esta fazendo com a sua carteira, vai dizer que esqueceu na casa dela depois de uma noite em que "não" transou com ela?- ele fala como se tivesse indignado.- Serio cara?
- Ela é minha vizinha idiota, deve ter encontrado. Agora cala logo a boca e vamos almoçar.- digo dando um soco no braço dele e indo em direção a saída do prédio.
- De jeito nenhum, você vai atrás da moça bonita.- ele fala.
Eu acho, entenda uma coisa, ACHO... que não gostei de ouvir ele a elogiando.
- Por que eu iria? - pergunto não entendendo aonde ele quer chegar.
- Ela veio ate aqui, lhe deu sua carteira e foi embora, você nem sabe se ela tem dinheiro pro táxi. Por isso vai leva-la em casa.- ele fala.
- Mas não íamos almoçar?- pergunto.
- Não mais, tchau.- ele diz indo embora e me deixando para trás.
Idiota.
Seguindo sua "recomendação" tento procurar pela garota.
Nem sei o nome dela.
Oque diabos estou fazendo.
Enquanto tenho meus devaneios eu a vejo.
Ela vira uma esquina e eu a sigo, aperto meus passos para poder chegar nela, mas não sou rápido o suficiente.
Quando estou à alguns passos dela a vejo parando no sinal para atravessar a rua, mas um homem se aproxima e tenta assalta-la.
- Ei! - grito chamando a atenção do assaltante que se assusta e a solta para correr. - você esta bem? - pergunto assim que me aproximo dela.
- sim, obrigada. Acho que ele queria me assaltar.- ela diz.
- Vem, vou te levar para casa. - digo para ela que me acompanha.- por que não pegou um taxi?
Ela me olha envergonhada antes de responder.
- Queria conhecer um pouco a cidade antes de voltar.
- É nova aqui?- pergunto curioso.
- Sim.- ela diz e não acrescenta mais nada.
Voltamos para a empresa para pegar meu carro. Assim que estamos dentro dele me lembro que ainda não sei seu nome.
- Você ainda não me disse seu nome.- digo para ela.
- Não? - ela pergunta e eu nego.- me desculpe. Prazer Sofia.- ela diz me estendendo a mão como se tivéssemos acabado de nos conhecer.
Sorrio com sua brincadeira e pego sua mão.
- O prazer é todo meu senhorita.- digo beijando o dorso da sua mão.
Ela rí e nesse momento eu admiro sua beleza.
- Então Sofia, trabalha com o que?- pergunto para passar o tempo e para conhece-la melhor.
- Por enquanto em nada, apenas me dedico a escrever.- ela responde.
É escritora e não trabalha.
Os pais devem ser ricos e por isso ela não precisa trabalhar.
- Uma escritora. Oque gosta de escrever?- pergunto, dependendo da sua resposta já sei o tipo de mulher que ela é.
- Oque muitas mulheres gostam de ler e o que todas adoraria viver, Romance. - ela diz e olha para fora como se tivesse pensando.
É sempre uma péssima se envolver com mulheres que gostam de romance.
- Isso é uma pena, mulheres muito românticas tendem a sofrer mais por amor.- digo fazendo uma observação.
- Discordo. Mulheres que leem sobre romance tem uma boa ideia de como deveria ser amada e tratada, mas também sabem reconhecer quando não é bem vinda em algum lugar e nem fica correndo atrás de quem não as merecem, mulheres que tentam romantizar violência ou a traição por que leu em algum livro que o homem mudou, talvez não tenha entendido a essência do livro. - ela diz em seu discurso que parece bem preparado, mas que seu olhar diz que é somente oque ela pensa.
O que aconteceria se eu quisesse a conhecer melhor?
Estávamos tendo uma conversa agradável no carro enquanto Dylan dirigia pela enorme cidade de São Paulo.Conversa vai e conversa vem, ele começa a se aproximar do prédio, mas antes que possamos virar a nossa rua, alguém atravessa a rua correndo e faz com que Dylan freie com tudo.O sinto de segurança me segurou em meu lugar, mas não posso dizer o mesmo da minha mão.Quando o carro parou com tudo segurei no primeiro lugar em que minha mão tocou.- Você esta bem?- ele pergunta preocupado.Eu respiro fundo tentando me acalmar depois do surto, acabo apertando minhas mãos que ainda estão no mesmo lugar.- Estou, eu só me assustei.- digo e olho para ele que olha para minha mão.Assim que me toco que minha mão esta em sua perna muito próximo a sua virilha eu a retiro rapidamente.- Me desculpe.- digo envergonhada.Ele apenas limpa a garganta e se remexe no banco.- Acho que já podemos ir.- ele diz olhando para os lado antes de come
A conversa era agradável no carro enquanto eu dirigia.Enquanto conversamos vejo o prédio se aproximar, mas antes que eu possa virar a rua, alguém atravessa a rua correndo e faz com que eu precise frear com tudo.A minha primeira preocupação foi Sofi.- Você esta bem?- pergunto para ter certeza de que ela no se machucou, mesmo eu não vendo arranhão nenhum.Acho que ela se assusta, pois respira fundo.Mas enquanto ela se acalma percebo que sua mão aperta minhas coxas, isso não é bom.- Estou, eu só me assustei.- ela diz retirando sua mão de mim.De algum jeito queria que sua mão pequena continuasse em mim.- Me desculpe.- ela se desculpa envergonhada ficando vermelha.Apenas limpo a garganta e me remexo no banco.- Acho que já podemos ir.- digo olhando para os lado antes de começar a dirigir novamente.Assim que entramos na garagem do prédio eu estaciono e nos saímos.- Obrigada pela carona.- ela agradeço.
Depois daquele quase beijo passo a tarde toda pensando nesse homem maravilhoso que é meu vizinho.Senhor, ele é velho.Digo para mim mesma tentando achar algum resquícios de repugnância. Não, ele é gostoso de mais.Se precisar ate compro uma cadeira de rodas.Rio com meu próprio pensamento.Meu celular vibra em cima da bancada e eu o pego.Uma mensagem no WhatsApp de um número desconhecido me chama atenção.Abro a conversa.Numero salvo. Abro a foto de perfil e sorrio ao ver a foto do meu vizinho com uma garotinha.Será que é filha dele?Salvo também sr. Cross.Espero mais alguns segundos antes da resposta vir.Já disse para não me chamar de senhor, Sofia.Sorrio antes de o responder.É sinal de respeitojá que o SENHO
Ao deitarmos em minha cama, posso dizer que beijar ele em cima de mim e com seus dedos apertando minha coxa é a experiência mais prazerosa da minha vida.Seus beijos que saem da minha boca e morde minha orelha me causa arrepios.Ele faz um caminho de beijos pelo meu pescoço enquanto eu puxo seus cabelo.No meio de seus beijos pelo meu pescoço ele descobre uma parte erógena que meu faz gemer.Ele captura minha boca e me beija com muita vontade. Seus beijos são cuidadosos mas brutos.No escuro de meu quarto meu corpo pertence a ele nesse momento, mesmo estando de roupa me sinto entregue a ele.Depois de um longo tempo se pegando nós nos desgrudamos.- Acho melhor dormimos.- ele diz para mim.Concordo com ele.Fico o observando tirar a camisa e se deitar ao meu lado oferecendo seu braço para mim de travesseiro.Me deito em seu braço e coloco uma mão em seu peito.- Você é irresistível sabia? - ele pergunta acariciando mi
Assim que toda minha família entra no meu apartamento, minha mãe logo trata de começar a mandar em todos.Logo estamos os 5 na cozinha preparando o café da manha.- Você viu que menina linda amor.- minha mãe diz para meu pai.- Vi querida, ela parece ser bem jovem.- meu pai diz.- percebi quê vocês dois se conhecem filho, estávamos quase desistindo achando que você não estava em casa, ai ela afirmou que você estava e acabamos esperando mais um pouco.Merda, continuo com minha cara de paisagem para não entregar nada a eles.- Nos conhecemos quando me mudei, ela deve ter visto eu chegando do trabalho ontem.- digo na esperança de essa ter sido sua desculpa.- Uhum.- minha mãe resmunga.O assunto é deixado de lado enquanto preparamos o café da manhã.Mas é só sentarmos a mesa que eles começam.- Quantos anos será que ela tem? - Mel pergunta.- você sabe Dylan?Boa pergunta.Eu não sei.- Deve ter uns 20, não perguntei
Assim que chegamos na cafeteria, Sofia se senta ao lado de Roberta.Ah Roberta, ela sabe oque eu mais desejo, mas me impede de fazer a todo momento.Eu a amo e ela é importante na minha vida. Mas sua importância no momento não se compara a de Sofia.Eu as observo comer e sorrir.Sofia esta cada dia mais mulher, linda e inteligente.A todo momento as palavras tentam sair de minha boca querendo gritar para Sofia a verdade.Mas todo momento Roberta me olha me alertando, não gosto disso.Ela sabe que tenho que fazer isso e não pode me impedir.Agora que tenho as duas nada vai tirar elas de mim.-Alo?- Roberta minha noiva atende o celular.- claro que posso, certo.Ela desliga o celular e digita mais alguma coisa.- Aconteceu algo?- pergunto.- Acho que nada demais.- ela fala.- a organizadora do nosso casamento quer falar comigo pessoalmente, eu vou encontra-la agora e vocês vão na frente para casa certo?Vejo q
- Oque? - suas palavras me paralisa no lugar.- Eu sinto muito por você ter entendido de forma errada Sofia.- ele diz dando um passo em minha direção.- Não, e tudo oque você insinuou? Estava sempre me elogiando, me olhando estranho. Vai dizer que estou louca?- pergunto ficando irritada.- Eu estava insinuando sim, mas não da maneira em que esta pensando.- Ele diz se sentando no sofá e passando as mãos pelos cabelos.- Quando eu conheci sua mãe ela já era casada com Paulo, eu estava na cidade por negócios e conheci ela por acaso, posso dizer que em poucos minutos de conversa eu estava encantado. Naquela época sua mãe estava tendo problema com ele, o casamento não era mais o mesmo e ele estava bebendo muito. Sei que foi errado, mas nos envolvemos. No dia seguinte ela disse que foi um erro e me disse para não a procurar mais e foi exatamente o que eu fiz, voltei para São Paulo e continuei minha vida. Há alguns meses eu tive que voltar, mas tudo me lembrava sua m
Mas que merda.Ele sabe oque esta acontecendo, pois fecha a porta do closet com nos dois ali dentro.- Sofia?- minha mãe me chama.- Estou trocando.- grito para ela do closet.Olho para Dylan que faz sinal para fazermos silencio, olho feia para ele.- Sua amiga veio aqui. Pedi para ela ir embora e voltar outro dia.- ela diz e quando vejo já abri a porta do closet e estou de frente para ela.- Por que fez isso?- pergunto indignada.- Por que precisamos conversar e eu não acho certo você trocar sua melhor amiga por outra com o mesmo nome.- ela fala e vejo que esta bem brava.- Você não sabe de nada.- digo.Ela me olha nos meus olhos antes de dizer.- Posso não saber, mas sou sua mãe e disse que iremos conversar, se troque, vou te esperar na sala.- ela fala, me da as costas saindo do quarto e batendo a porta.- Você é maluca? Sabia que eu estava lá dentro e ainda assim abriu a porta, sorte que de onde vocês estava não da