Henry ficou imóvel, suas mãos apertaram os papéis com tanta força, que eu temia que fosse rasgar. Meu coração estava acelerado, minha cabeça estava girando. Ele olhou para os papéis novamente, eu me aproximei. - isso não é possível Katherine. - como assim não é possível? Você não está lendo? - ele jogou os papéis sobre a mesa com fúria. - não! Eu estou dizendo que não é possível, pois você está tomando os anticoncepcionais, como pode estar grávida? - eu engoli em seco, sua voz estava rígida. - Henry nenhum método anticoncepcional é 100% todos dão a chance de uma gravidez, mesmo que seja apenas de 1%. - ele sorriu sem felicidade. - não me venha com isso, isso é uma desculpa! - desculpa? Por que eu estaria me desculpando? - ele me encarou ainda mais bravo. - me diga você Katherine, você tem muitos motivos para ter parado de tomar os anticoncepcionais. - eu senti uma pontada no estômago. - que motivos, por exemplo? - talvez você achasse que as coisas estavam perfeitas entre nós,
Meu coração estava acelerado dentro do peito, apertei os braços da cadeira e olhei em seus olhos. Tentando acreditar que aquilo que eu ouvi, havia sido mentira. Mas sua expressão estava igual, cheia de amargura e raiva. - o que... O que você disse? - foi o que você ouviu, se ele for meu. Essa gravidez vai ser interrompida Katherine. - não... Isso não pode ser verdade. - você mesma me disse que não queria colocar um filho nesse nosso jogo, então faça o que eu disse. Eu não quero esse bebê, e eu não o aceito. Será melhor para todos, acredite. - ele se pôs de pé e sem demora saiu da sala, lágrimas rolaram por meu rosto. Enquanto eu tentava assimilar tudo. ****Não desci para jantar naquela noite, e fiquei feliz que ele não veio me buscar. Eu tranquei a porta e deitei em minha cama, chorei com a cabeça no travesseiro. Enquanto só o que eu queria, era minha mãe. Tudo que eu precisava naquele momento, era do seu abraço. Mas ela não estava comig
Naquelas primeiras semanas resolvi morar um tempo com Cristina. Ela insistiu, e resolvi aceitar. Ela era uma tia babona e há todo momento queria saber como o bebê estava. Mas eu sairia de seu apartamento, eu queria um lugar só para mim e já estava vendo um apartamento próximo. Henry não havia mais falado comigo desde nossa conversa, e nem sequer havia assinado o divórcio que eu já tinha entrado com os papéis. Todos os dias eu checava o andamento, mas não havia nada. Eu não estava entendendo, eu estava dando o que ele queria. Mas ainda sim, havia persistência. Talvez fosse apenas para me magoar, como todas as outras vezes. Estava visitando um apartamento que ficava próximo ao de Cristina, quando ouvi uma voz familiar nos corredores. Quando sai, Erick estava no corredor. Eu me sobressaltei, e pensei em apenas entrar e deixar para lá. Mas ele me viu. - só pode ser brincadeira. - logo ele se aproximou.- Katherine, oi. - oi Erick, quanto tempo. - sem demora ele se aproximou e me deu
Fiquei parada ao lado da porta, olhando para ele de forma intensa. - o que está fazendo aqui? - vai me deixar entrar ou não? - não, vai embora. - tentei fechar a porta, mas ele pôs a mão e impediu que eu fechasse. - você quer que eu chame a polícia? - me deixe entrar. - engoli em seco, e pensei bastante. Mas logo sai da frente e lhe deixei passar. Sem demora, ele adentrou e observou cada canto do apartamento. Logo se voltou para mim. - o que você quer? - vim para levá-la para casa. Eu sorri sem felicidade e massageie a têmpora. - você só pode estar brincando. - não, não estou. - eu fiz o pedido de divórcio por quê ainda não assinou? - eu estou relevando essa sua insanidade. - gargalhei alto e me afastei.- insanidade? Henry insanidade foi ter continuado com esse "casamento." - fui até o balcão da cozinha, ele me seguiu a passos largos. Eu respirei profundamente, e ergui o rosto para ele. - não é saudável para mim continuar com isso, eu estou grávida e preciso pensar no
Estava sentada no sofá, na sala de estar. Vendo todos aqueles papéis, provas do que Henry havia me falado sobre Erick. Cada linha que eu lia, e cada foto que eu via meu coração acelerava mais. Como era possível que eu nunca tivesse notado? Ouvi a porta se abrindo, e pude vê-lo entrando. - nossa você não vai acreditar, pus o lixo na lixeira e vi que estavam vendendo churros do outro lado da rua, trouxe dois para você. - logo ele surgiu na sala, e pôde me ver. Sua expressão mudou ao me ver segurando todos aqueles papéis, eu me empertiguei. - Kathe... - você foi contratado pelo meu pai para me espionar? - ele ficou parado no canto da sala, parecendo uma estátua. Sua garganta oscilou, só aquilo foi o suficiente para me confirmar por completo. - como você descobriu?- veja por si só. - joguei os papéis para ele, que ficou ainda mais estático. Sem demora, ele pegou, e começou a ler. Eu estava com um enorme nó na garganta. Ele sentou-se no outro sofá, e me fitou. - em lake green, você
Não atendi todas as ligações que Erick me fez naquele dia, nem mesmo vi suas mensagens. Eu realmente só queria colocar a cabeça no lugar, me sentia muito traída. Mas decidi que não ficaria na cama chorando o tempo todo, então levantei bem cedo e resolvi ir até a casa de meu pai. Mas quando lá cheguei, fui informada de que ele não estava lá. Mas sim na empresa, de imediato decidi que iria até lá, e assim fiz. Quando cheguei fui recebida por chuva de olhares e cochichos, mas apenas ignorei e tratei de subir até o andar de cima. Quando cheguei lá em cima, logo tratei de ir até sua sala, quando fui barrada pela secretária. - com licença senhora, mas tem hora marcada? - sou Katherine wilborn. - ela arregalou os olhos. - me perdoe senhorita wilborn, mas o senhor wilborn está em uma reunião importante agora. - passei por ela rapidamente. - o que eu tenho para tratar com ele é mais importante, obrigada. - sem demora segui até a sala, não bati na porta. Apenas entrei. - pai eu... - arre
Henry logo sentou-se na outra cadeira, de frente para meu pai. Eu me mantive onde estava. - sente-se minha filha. - prefiro ficar de pé. - você está grávida, é melhor sentar. - eu engoli em seco, mas sem demora obedeci e sentei próxima deles. Henry me olhou de esguelha, mas logo desviou a atenção. - então que tal começarmos com explicações? - ele olhou rapidamente para Henry, que não demonstrou medo ou ansiedade. - senhor? - não quer começar Henry. - não acho que tenho nada a explicar. - eu sorri sem felicidade, papai se voltou para mim. - o que você fez com a minha filha? - meu coração acelerou, mas eu tentei não demonstrar medo. - seja mais específico senhor. - o que? - gostaria de saber primeiro o motivo de eu estar sendo julgado, se me permite. - papai voltou a se recostar na cadeira, ainda olhando Henry com intensidade. - por que estão se divorciando?- não estamos nos divorciando. - sim, nós estamos! - ele não olhou para mim. Papai ergueu uma sobrancelha. - eu não
Rapidamente corri até o elevador, para minha sorte ainda estava aberto. Mas ao entrar, eu notei o porquê. Henry estava no canto. Eu ainda pensei em sair, mas me mantive ali. E sem demora ele se fechou. Tentei não fazer contato visual. - eu vou esperar a papelada do divórcio assinada Henry, não tem mais porque isso continuar e você sabe. - ele nada disse, eu o fitei. Seu rosto estava franzido, seus punhos fechados e ele estava ofegante aparentemente. Eu franzi o cenho. - eu só quero acabar com isso, nós não precisamos continuar com essa briga de gato e rato. - mas ele continuou quieto. - olha você... - sem demora ele deslizou contra a parede do elevador. Até chegar ao chão, rapidamente ele pôs sua mão sobre o peito como se não pudesse respirar. Sem demora eu me agachei de frente para ele. - Henry, o que foi? Fala comigo! - mas ele se manteve quieto como se não pudesse respirar. Lágrimas começaram a rolar por seu rosto, enquanto ele mal respirava.- pelo amor de Deus! Essa porcaria