Henry logo sentou-se na outra cadeira, de frente para meu pai. Eu me mantive onde estava. - sente-se minha filha. - prefiro ficar de pé. - você está grávida, é melhor sentar. - eu engoli em seco, mas sem demora obedeci e sentei próxima deles. Henry me olhou de esguelha, mas logo desviou a atenção. - então que tal começarmos com explicações? - ele olhou rapidamente para Henry, que não demonstrou medo ou ansiedade. - senhor? - não quer começar Henry. - não acho que tenho nada a explicar. - eu sorri sem felicidade, papai se voltou para mim. - o que você fez com a minha filha? - meu coração acelerou, mas eu tentei não demonstrar medo. - seja mais específico senhor. - o que? - gostaria de saber primeiro o motivo de eu estar sendo julgado, se me permite. - papai voltou a se recostar na cadeira, ainda olhando Henry com intensidade. - por que estão se divorciando?- não estamos nos divorciando. - sim, nós estamos! - ele não olhou para mim. Papai ergueu uma sobrancelha. - eu não
Rapidamente corri até o elevador, para minha sorte ainda estava aberto. Mas ao entrar, eu notei o porquê. Henry estava no canto. Eu ainda pensei em sair, mas me mantive ali. E sem demora ele se fechou. Tentei não fazer contato visual. - eu vou esperar a papelada do divórcio assinada Henry, não tem mais porque isso continuar e você sabe. - ele nada disse, eu o fitei. Seu rosto estava franzido, seus punhos fechados e ele estava ofegante aparentemente. Eu franzi o cenho. - eu só quero acabar com isso, nós não precisamos continuar com essa briga de gato e rato. - mas ele continuou quieto. - olha você... - sem demora ele deslizou contra a parede do elevador. Até chegar ao chão, rapidamente ele pôs sua mão sobre o peito como se não pudesse respirar. Sem demora eu me agachei de frente para ele. - Henry, o que foi? Fala comigo! - mas ele se manteve quieto como se não pudesse respirar. Lágrimas começaram a rolar por seu rosto, enquanto ele mal respirava.- pelo amor de Deus! Essa porcaria
𝙲𝚛𝚒𝚜𝚝𝚒𝚗𝚊* Passei no apartamento de Katherine pela manhã, e vi como ela parecia cansada e abatida. Sabia que isso tudo não estava fazendo bem para ela. - você gostaria de alguma coisa, talvez um bolo bem grande de chocolate? - ela sorriu. - você demorou a vir o que aconteceu? - me empertiguei. - tia Hyu me ligou recentemente, falou que Emiho não está muito bem. - o que ela tem? - aparentemente é um tumor no cérebro. Ela não está muito bem, está no hospital já tem alguns dias. - é maligno? - Hyu me disse que sim. - ela me estendeu a mão. - sinto muito Cristina. - quero acreditar que ela vai ficar bem. - ela sorriu de forma gentil, e se recostou contra o sofá. - mas voltando ao assunto principal, você quer algo? - não, eu... Estou bem. - me fale logo. - ela me fitou. - eu queria ir na casa de Henry e pegar o resto das minhas coisas, pode ir comigo? - eu sorri e neguei de imediato. - você fica aqui, e eu pego tudo. - Cristina... - você precisa de descanso, e um en
Faziam algumas semanas desde aquela minha conversa nada amigável com Erick, não sabia como ele estava. E ele consequentemente havia desistido de me mandar mensagens, eu não o culpava. Cristina também parecia estranha recentemente, até mesmo distante. Desde que havia trazido minhas coisas da mansão, ela mal falava. E sempre ia ao hospital onde Emiho estava internada. E Henry sequer havia assinado os papéis, eu sinceramente estava pensando em levar isso a justiça. Ele teria que assinar por bem, ou por mal. Não ficaria casada com ele. Estava fazendo algumas compras no mercado que ficava próximo ao meu apartamento, quando senti uma forte dor nas costas. Me estiquei e esbravejei segurando a sacola. - que merda... - quase soltei tudo no chão, quando alguém se aproximou e segurou as compras. - e aqui estou eu, salvando você mais uma vez. - Erick estava ao meu lado, ele parecia bem. Logo me empertiguei. - obrigada. - tentei pegar as compras novamente, mas ele não deixou. - posso ajudá-l
𝙲𝚛𝚒𝚜𝚝𝚒𝚗𝚊* Passei todos aqueles dias indo no hospital ver Emiho, mas nunca tinha a oportunidade de falar com ela. A sala sempre estava cheia de parentes, a maioria deles só queria estar no testamento dela. Aquilo já estava começando a me irritar. Voltei para casa tarde da noite aquele dia, e estava saindo do banheiro quando a campainha tocou. Rapidamente vesti um roupão e fui atender, me surpreendi ao ver Erick. - oi, atrapalho? - ah... Não, eu só ia escovar os dentes para dormir. - ainda são sete da noite. - eu estou muito cansada. - sem demora ele entrou, e me encarou eu franzi o cenho. - eu falei com a Katherine. - sério? - posso dizer que as coisas estão bem entre nós. - senti uma pontada ao ouvir aquilo, não entendi bem o que siginificou. Ele se aproximou rapidamente. - não, não assim... Apenas como amigos. - ah eu... Eu não me importaria se fosse do outro jeito. - disse de uma forma estranha, enquanto ia até a geladeira, ouvi seus passos lentos atrás de mim. -
𝙲𝚛𝚒𝚜𝚝𝚒𝚗𝚊* Emiho estava me encarando com aquela expressão de confusão, e ansiedade. - Cristina, do que está falando? - ela tossiu um pouco, se recostando na cama. - seu irmão está envenenando você contra mim? - meu irmão tem um trauma dentro de si, e eu sei... Que a senhora tem haver com isso pelo o modo como ele está. - tudo o que eu fiz foi criar vocês! - ela esbravejou. - lhes dei um lar quando ninguém queria vocês por perto, e assim que me agradece? - eu me empertiguei, e a fitei. - eu já estou cansada desse drama, tia, o que a senhora fazia com meu irmão? - eu não preciso ouvir isso. - ela tentou chamar as enfermeiras, mas segurei seu controle. Ela me encarou nervosa. - Cristina pare antes que eu fique com raiva de você!- você o feriu? - ela me encarou de forma intensa. - era isso que você fazia? - saia do meu quarto agora, ou eu chamo a polícia. - ah é e o que vai alegar? - apenas vá! - havia ódio em sua voz, em sua expressão. Eu me empertiguei. E lentamente
Alguns meses se passaram desde o acontecido com Henry, desde nossa... Conversa definitiva. Eu já havia aceitado que havia sido o fim, mas eu não tinha conseguido assinar os papéis ainda. Eu ainda não havia conseguido pôr um fim naquela história, mesmo que já fosse o fim. Todas as vezes que eu pegava caneta e pensava em assinar, algo me impedia. E eu voltava à estaca zero. Minha barriga já estava bem grande, todos os dias eu me olhava no espelho e me admirava. Ainda não sabia qual era o sexo do bebê, e nem mesmo queria saber. Eu queria deixar para a última hora. Resolvi fazer algumas compras no mercado naquela manhã, junto com Cristina. quando percebi que havia uma moça me seguindo. Parei bruscamente e a fitei. Tentei ignorar e sair de perto o mais rápido possível. - Olá. - lentamente me voltei para ela, a moça parecia ser jovem. Talvez só alguns anos mais nova do que eu. Engoli em seco. - Olá, a conheço? - ela negou rapidamente. - não, mas eu conheço você. - posso ajudar em alg
Meu pai não havia tentado fazer contato comigo depois daquele péssimo momento entre nós, eu não consegui dormir pensando em todas aquelas coisas. Henry voltava à minha mente a todo instante, tudo o que ele havia me falado. Eu sabia que precisava descobrir o que estava acontecendo, o que havia acontecido.Naquele dia, enquanto Cristina estava em meu apartamento, pedi para que ela me levasse até ele. Ela parecia receosa, mas logo aceitou. Seguimos até lá, e eu me empertiguei quando chegamos. Eu franzi o cenho ao ver o carro do meu pai na entrada da casa, logo olhei para Cristina. - o que ele está fazendo aqui? Ela deu de ombros, sem demora seguimos em direção a casa. Estava silenciosa, aparentemente. logo seguimos em direção ao escritório dele. Paramos bruscamente ao ouvir a voz de meu pai. - então você prendeu minha filha em um contrato fraudulento taho? Eu li os papéis, você é mesmo um canalha. - não ouvi a voz de Henry respondendo. - e tudo isso por que? - eu já disse o porquê.