Estava sentada no sofá, na sala de estar. Vendo todos aqueles papéis, provas do que Henry havia me falado sobre Erick. Cada linha que eu lia, e cada foto que eu via meu coração acelerava mais. Como era possível que eu nunca tivesse notado? Ouvi a porta se abrindo, e pude vê-lo entrando. - nossa você não vai acreditar, pus o lixo na lixeira e vi que estavam vendendo churros do outro lado da rua, trouxe dois para você. - logo ele surgiu na sala, e pôde me ver. Sua expressão mudou ao me ver segurando todos aqueles papéis, eu me empertiguei. - Kathe... - você foi contratado pelo meu pai para me espionar? - ele ficou parado no canto da sala, parecendo uma estátua. Sua garganta oscilou, só aquilo foi o suficiente para me confirmar por completo. - como você descobriu?- veja por si só. - joguei os papéis para ele, que ficou ainda mais estático. Sem demora, ele pegou, e começou a ler. Eu estava com um enorme nó na garganta. Ele sentou-se no outro sofá, e me fitou. - em lake green, você
Não atendi todas as ligações que Erick me fez naquele dia, nem mesmo vi suas mensagens. Eu realmente só queria colocar a cabeça no lugar, me sentia muito traída. Mas decidi que não ficaria na cama chorando o tempo todo, então levantei bem cedo e resolvi ir até a casa de meu pai. Mas quando lá cheguei, fui informada de que ele não estava lá. Mas sim na empresa, de imediato decidi que iria até lá, e assim fiz. Quando cheguei fui recebida por chuva de olhares e cochichos, mas apenas ignorei e tratei de subir até o andar de cima. Quando cheguei lá em cima, logo tratei de ir até sua sala, quando fui barrada pela secretária. - com licença senhora, mas tem hora marcada? - sou Katherine wilborn. - ela arregalou os olhos. - me perdoe senhorita wilborn, mas o senhor wilborn está em uma reunião importante agora. - passei por ela rapidamente. - o que eu tenho para tratar com ele é mais importante, obrigada. - sem demora segui até a sala, não bati na porta. Apenas entrei. - pai eu... - arre
Henry logo sentou-se na outra cadeira, de frente para meu pai. Eu me mantive onde estava. - sente-se minha filha. - prefiro ficar de pé. - você está grávida, é melhor sentar. - eu engoli em seco, mas sem demora obedeci e sentei próxima deles. Henry me olhou de esguelha, mas logo desviou a atenção. - então que tal começarmos com explicações? - ele olhou rapidamente para Henry, que não demonstrou medo ou ansiedade. - senhor? - não quer começar Henry. - não acho que tenho nada a explicar. - eu sorri sem felicidade, papai se voltou para mim. - o que você fez com a minha filha? - meu coração acelerou, mas eu tentei não demonstrar medo. - seja mais específico senhor. - o que? - gostaria de saber primeiro o motivo de eu estar sendo julgado, se me permite. - papai voltou a se recostar na cadeira, ainda olhando Henry com intensidade. - por que estão se divorciando?- não estamos nos divorciando. - sim, nós estamos! - ele não olhou para mim. Papai ergueu uma sobrancelha. - eu não
Rapidamente corri até o elevador, para minha sorte ainda estava aberto. Mas ao entrar, eu notei o porquê. Henry estava no canto. Eu ainda pensei em sair, mas me mantive ali. E sem demora ele se fechou. Tentei não fazer contato visual. - eu vou esperar a papelada do divórcio assinada Henry, não tem mais porque isso continuar e você sabe. - ele nada disse, eu o fitei. Seu rosto estava franzido, seus punhos fechados e ele estava ofegante aparentemente. Eu franzi o cenho. - eu só quero acabar com isso, nós não precisamos continuar com essa briga de gato e rato. - mas ele continuou quieto. - olha você... - sem demora ele deslizou contra a parede do elevador. Até chegar ao chão, rapidamente ele pôs sua mão sobre o peito como se não pudesse respirar. Sem demora eu me agachei de frente para ele. - Henry, o que foi? Fala comigo! - mas ele se manteve quieto como se não pudesse respirar. Lágrimas começaram a rolar por seu rosto, enquanto ele mal respirava.- pelo amor de Deus! Essa porcaria
𝙲𝚛𝚒𝚜𝚝𝚒𝚗𝚊* Passei no apartamento de Katherine pela manhã, e vi como ela parecia cansada e abatida. Sabia que isso tudo não estava fazendo bem para ela. - você gostaria de alguma coisa, talvez um bolo bem grande de chocolate? - ela sorriu. - você demorou a vir o que aconteceu? - me empertiguei. - tia Hyu me ligou recentemente, falou que Emiho não está muito bem. - o que ela tem? - aparentemente é um tumor no cérebro. Ela não está muito bem, está no hospital já tem alguns dias. - é maligno? - Hyu me disse que sim. - ela me estendeu a mão. - sinto muito Cristina. - quero acreditar que ela vai ficar bem. - ela sorriu de forma gentil, e se recostou contra o sofá. - mas voltando ao assunto principal, você quer algo? - não, eu... Estou bem. - me fale logo. - ela me fitou. - eu queria ir na casa de Henry e pegar o resto das minhas coisas, pode ir comigo? - eu sorri e neguei de imediato. - você fica aqui, e eu pego tudo. - Cristina... - você precisa de descanso, e um en
Faziam algumas semanas desde aquela minha conversa nada amigável com Erick, não sabia como ele estava. E ele consequentemente havia desistido de me mandar mensagens, eu não o culpava. Cristina também parecia estranha recentemente, até mesmo distante. Desde que havia trazido minhas coisas da mansão, ela mal falava. E sempre ia ao hospital onde Emiho estava internada. E Henry sequer havia assinado os papéis, eu sinceramente estava pensando em levar isso a justiça. Ele teria que assinar por bem, ou por mal. Não ficaria casada com ele. Estava fazendo algumas compras no mercado que ficava próximo ao meu apartamento, quando senti uma forte dor nas costas. Me estiquei e esbravejei segurando a sacola. - que merda... - quase soltei tudo no chão, quando alguém se aproximou e segurou as compras. - e aqui estou eu, salvando você mais uma vez. - Erick estava ao meu lado, ele parecia bem. Logo me empertiguei. - obrigada. - tentei pegar as compras novamente, mas ele não deixou. - posso ajudá-l
𝙲𝚛𝚒𝚜𝚝𝚒𝚗𝚊* Passei todos aqueles dias indo no hospital ver Emiho, mas nunca tinha a oportunidade de falar com ela. A sala sempre estava cheia de parentes, a maioria deles só queria estar no testamento dela. Aquilo já estava começando a me irritar. Voltei para casa tarde da noite aquele dia, e estava saindo do banheiro quando a campainha tocou. Rapidamente vesti um roupão e fui atender, me surpreendi ao ver Erick. - oi, atrapalho? - ah... Não, eu só ia escovar os dentes para dormir. - ainda são sete da noite. - eu estou muito cansada. - sem demora ele entrou, e me encarou eu franzi o cenho. - eu falei com a Katherine. - sério? - posso dizer que as coisas estão bem entre nós. - senti uma pontada ao ouvir aquilo, não entendi bem o que siginificou. Ele se aproximou rapidamente. - não, não assim... Apenas como amigos. - ah eu... Eu não me importaria se fosse do outro jeito. - disse de uma forma estranha, enquanto ia até a geladeira, ouvi seus passos lentos atrás de mim. -
𝙲𝚛𝚒𝚜𝚝𝚒𝚗𝚊* Emiho estava me encarando com aquela expressão de confusão, e ansiedade. - Cristina, do que está falando? - ela tossiu um pouco, se recostando na cama. - seu irmão está envenenando você contra mim? - meu irmão tem um trauma dentro de si, e eu sei... Que a senhora tem haver com isso pelo o modo como ele está. - tudo o que eu fiz foi criar vocês! - ela esbravejou. - lhes dei um lar quando ninguém queria vocês por perto, e assim que me agradece? - eu me empertiguei, e a fitei. - eu já estou cansada desse drama, tia, o que a senhora fazia com meu irmão? - eu não preciso ouvir isso. - ela tentou chamar as enfermeiras, mas segurei seu controle. Ela me encarou nervosa. - Cristina pare antes que eu fique com raiva de você!- você o feriu? - ela me encarou de forma intensa. - era isso que você fazia? - saia do meu quarto agora, ou eu chamo a polícia. - ah é e o que vai alegar? - apenas vá! - havia ódio em sua voz, em sua expressão. Eu me empertiguei. E lentamente