Quando acordei no dia seguinte e desci para tomar o café, Felipa não estava lá. E todos os outros dias que vieram, também não. Ele realmente havia demitido ela, aquilo me fez pensar em tantas coisas. Eu estava sentada tomando meu café, quando ele adentrou no salão. Sem demora ele se aproximou de mim, e me beijou. Eu engoli em seco sem saber como reagir, enquanto ele segurava minha cabeça e beijava meus lábios. Quando ele se afastou, eu estava sem fôlego. Ele sentou-se prontamente e logo pegou sua xícara de café, bebendo. Eu me empertiguei. - hoje vou dar um pulo na empresa. - engoli em seco, e logo imaginei o que poderia ser. - por que não vai trabalhar em casa hoje? - quero ver uma coisa. - eu sabia bem o que era, tentei ignorar. Mas estava martelando em minha cabeça. - você vai demorar? - rapidamente ele olhou para mim. - quer que eu fique. - não era uma pergunta, e eu sabia o porquê. - bem se você... - lentamente ele se pôs de pé e se aproximou de mim, ele estendeu sua mão e
Naquela semana Henry estava mais estranho do que o habitual, eu não sei o que ele havia feito ou visto na empresa. Mas ele parecia mais agitado, e ansioso. Além do fato de não me deixar em paz, não teve um dia durante toda aquela semana agitada em que não fizemos amor. Ele sempre me procurava, no banho, no jantar, até mesmo no café da manhã. Eu realmente não conseguia entender como ele tinha tanta energia. Estava escrevendo quando ele entrou no quarto, já podia imaginar o que me esperava. Quando ele apenas ficou parado atrás de mim, aparentemente lendo o que eu estava escrevendo. Quando logo parei, e me voltei para ele. - sobre o que é essa história? - ah... Romance. - ele assentiu prontamente. - que tipo de romance? - eu franzi o cenho. - de época. - ele assentiu outra vez, e se inclinou me beijando. Eu olhei em seus olhos por alguns instantes, quando ele passou o dedo pelo meu lábio inferior. - hoje tem uma festa na empresa, comemoração por mais uma conquista. - franzi o cenho
Eu escutei os sons da sirene, enquanto o carro se movia. Eu estava dentro de uma ambulância. Olhei ao redor fraca, e pude ver meu pai em um canto e Henry bem ao meu lado. Ele estava apertando minha mão tão forte, que parecia que iria quebrar. - aguente firme Katherine. - novamente tudo se apagou. Pude ouvir o som dos aparelhos enquanto ouvia a voz de Henry e de meu pai a distância, como se tivesse acordado de um sonho. Eu abri os olhos rapidamente, Henry se aproximou sem demora e tocou meu rosto. - Katherine! Você está bem? Consegue me ouvir? - ele me tocava como se eu fosse quebrar, assenti lentamente. Logo meu pai se colocou do outro lado. - minha filha, você nos deu um susto. - mas o que aconteceu? - os médicos disseram que pode ter sido por conta do que você passou. - franzi o cenho. - mas isso já faz tanto tempo. - ainda sim, você está se alimentando bem? - papai questionou sem demora. Logo os médicos entraram na sala, e todos se voltaram para eles. - fizemos alguns exam
Henry ficou imóvel, suas mãos apertaram os papéis com tanta força, que eu temia que fosse rasgar. Meu coração estava acelerado, minha cabeça estava girando. Ele olhou para os papéis novamente, eu me aproximei. - isso não é possível Katherine. - como assim não é possível? Você não está lendo? - ele jogou os papéis sobre a mesa com fúria. - não! Eu estou dizendo que não é possível, pois você está tomando os anticoncepcionais, como pode estar grávida? - eu engoli em seco, sua voz estava rígida. - Henry nenhum método anticoncepcional é 100% todos dão a chance de uma gravidez, mesmo que seja apenas de 1%. - ele sorriu sem felicidade. - não me venha com isso, isso é uma desculpa! - desculpa? Por que eu estaria me desculpando? - ele me encarou ainda mais bravo. - me diga você Katherine, você tem muitos motivos para ter parado de tomar os anticoncepcionais. - eu senti uma pontada no estômago. - que motivos, por exemplo? - talvez você achasse que as coisas estavam perfeitas entre nós,
Meu coração estava acelerado dentro do peito, apertei os braços da cadeira e olhei em seus olhos. Tentando acreditar que aquilo que eu ouvi, havia sido mentira. Mas sua expressão estava igual, cheia de amargura e raiva. - o que... O que você disse? - foi o que você ouviu, se ele for meu. Essa gravidez vai ser interrompida Katherine. - não... Isso não pode ser verdade. - você mesma me disse que não queria colocar um filho nesse nosso jogo, então faça o que eu disse. Eu não quero esse bebê, e eu não o aceito. Será melhor para todos, acredite. - ele se pôs de pé e sem demora saiu da sala, lágrimas rolaram por meu rosto. Enquanto eu tentava assimilar tudo. ****Não desci para jantar naquela noite, e fiquei feliz que ele não veio me buscar. Eu tranquei a porta e deitei em minha cama, chorei com a cabeça no travesseiro. Enquanto só o que eu queria, era minha mãe. Tudo que eu precisava naquele momento, era do seu abraço. Mas ela não estava comig
Naquelas primeiras semanas resolvi morar um tempo com Cristina. Ela insistiu, e resolvi aceitar. Ela era uma tia babona e há todo momento queria saber como o bebê estava. Mas eu sairia de seu apartamento, eu queria um lugar só para mim e já estava vendo um apartamento próximo. Henry não havia mais falado comigo desde nossa conversa, e nem sequer havia assinado o divórcio que eu já tinha entrado com os papéis. Todos os dias eu checava o andamento, mas não havia nada. Eu não estava entendendo, eu estava dando o que ele queria. Mas ainda sim, havia persistência. Talvez fosse apenas para me magoar, como todas as outras vezes. Estava visitando um apartamento que ficava próximo ao de Cristina, quando ouvi uma voz familiar nos corredores. Quando sai, Erick estava no corredor. Eu me sobressaltei, e pensei em apenas entrar e deixar para lá. Mas ele me viu. - só pode ser brincadeira. - logo ele se aproximou.- Katherine, oi. - oi Erick, quanto tempo. - sem demora ele se aproximou e me deu
Fiquei parada ao lado da porta, olhando para ele de forma intensa. - o que está fazendo aqui? - vai me deixar entrar ou não? - não, vai embora. - tentei fechar a porta, mas ele pôs a mão e impediu que eu fechasse. - você quer que eu chame a polícia? - me deixe entrar. - engoli em seco, e pensei bastante. Mas logo sai da frente e lhe deixei passar. Sem demora, ele adentrou e observou cada canto do apartamento. Logo se voltou para mim. - o que você quer? - vim para levá-la para casa. Eu sorri sem felicidade e massageie a têmpora. - você só pode estar brincando. - não, não estou. - eu fiz o pedido de divórcio por quê ainda não assinou? - eu estou relevando essa sua insanidade. - gargalhei alto e me afastei.- insanidade? Henry insanidade foi ter continuado com esse "casamento." - fui até o balcão da cozinha, ele me seguiu a passos largos. Eu respirei profundamente, e ergui o rosto para ele. - não é saudável para mim continuar com isso, eu estou grávida e preciso pensar no
Estava sentada no sofá, na sala de estar. Vendo todos aqueles papéis, provas do que Henry havia me falado sobre Erick. Cada linha que eu lia, e cada foto que eu via meu coração acelerava mais. Como era possível que eu nunca tivesse notado? Ouvi a porta se abrindo, e pude vê-lo entrando. - nossa você não vai acreditar, pus o lixo na lixeira e vi que estavam vendendo churros do outro lado da rua, trouxe dois para você. - logo ele surgiu na sala, e pôde me ver. Sua expressão mudou ao me ver segurando todos aqueles papéis, eu me empertiguei. - Kathe... - você foi contratado pelo meu pai para me espionar? - ele ficou parado no canto da sala, parecendo uma estátua. Sua garganta oscilou, só aquilo foi o suficiente para me confirmar por completo. - como você descobriu?- veja por si só. - joguei os papéis para ele, que ficou ainda mais estático. Sem demora, ele pegou, e começou a ler. Eu estava com um enorme nó na garganta. Ele sentou-se no outro sofá, e me fitou. - em lake green, você