Passei correndo pelo corredor, tentando alcançar Erick que já estava lá fora. Praticamente correndo de mim. Enfim consegui sair, e o alcançar antes que ele passasse pelo portão. Segurei em seu braço, fazendo ele se voltar para mim. - Erick, por favor espera! - me solta Katherine. - mas eu continuei próxima dele. - você não pode ir embora. - ah eu não posso ir? Olha só. Ele tentou se soltar novamente, mas o segurei onde ele estava. O olhei nos olhos, meu coração estava acelerado. Ele pôs as mãos na cintura e me olhou nos olhos, era nítido a raiva e tristeza em seu rosto. Eu me senti horrível. - então agora as coisas estão muito bem entre vocês não é? - Erick... - não! Dá pra notar, dá pra notar o quanto você é fácil de influenciar. Ele só precisou fazer o mínimo, que você se entregou pra ele de lavada. - senti meu coração apertado, eu engoli em seco. - Erick ele é meu marido, e por mais que... - essa sua desculpa é tão boa, eu sei que esse casamento é uma mentira Katherine.
𝙲𝚛𝚒𝚜𝚝𝚒𝚗𝚊* Eu estava finalizando mais uma de minhas sucedidas vendas, quando vi uma mensagem em meu celular. Era tia Emiho, eu logo tratei de responder. E a mulher estava me chamando para tomar um café, em um restaurante perto de casa. Fiquei em dúvidas sobre aquilo, mas resolvi aceitar. Cheguei vinte minutos antes dela, e já estava pensando em ir embora quando enfim ela chegou. Como sempre muito elegante, e cheia de pose. De imediato me pus de pé, e a beijei. Ela me fitou de cima a baixo, e em seguida sentou-se. - devo dizer que fiquei surpresa tia. - eu imagino, também não estava em meus planos. - assenti enquanto tomava uma xícara de café. Ela se empertigou. - como você está Cristina? - ah... Eu vou indo bem, hoje mesmo fechei mais uma venda. - o que você faz mesmo? - sou corretora de imóveis, e decoradora nas horas vagas. ela assentiu de imediato. Mas havia algo estranho naquilo, eu tinha certeza que Emiho não havia me chamado ali só para perguntar do meu emprego. -
Não havia falado com Henry desde aquele momento tão desconfortável com Erick. Eu não parava de pensar em como ele havia me feito passar ridículo, em como estava me marcando. Como se eu fosse sua propriedade, como se fosse bom jogar comigo. Sentei em frente a minha cabeceira, e abri meu notebook brava. Sem demora, comecei a escrever. Escrevi tudo o que estava sentindo, cada palavrinha. Ao fim, encarei aquele grande texto cheio de palavras embaralhadas, contando uma história de ódio e... Raiva. Ao fim, notei que aquilo daria uma ótima história. E sorri ao perceber que depois de tanto tempo, eu havia voltado a querer escrever algo. Não desci para jantar naquela noite, e ainda estava na frente do notebook montando uma linha de história. Quando ouvi a porta do quarto se abrindo, não precisei me virar para saber que ele estava ali. Sem demora ouvi seus passos se aproximando. - vamos descer para jantar. - eu não estou com fome. - eu não me importo, anda logo. - mas não sai de onde estava
Henry me levou para o quarto quando nosso momento nada sutil, acabou. eu mal conseguia andar, e logo ele me pôs lentamente em minha cama. Eu sorri enquanto ele me cobria, o fitei por alguns instantes. Imaginando que ele fosse sair, quando sem demora ele deitou-se ao meu lado. Me empertiguei, quando ele se aproximou e pôs suas mãos ao redor de minha cintura. Senti seu hálito quente contra minha nuca, e sorri quando ele me puxou ainda mais para perto. - eu acho que aguento uma terceira vez. - ouvi uma risada baixa dele. - é melhor você ir dormir. - me aconcheguei no meu lado da cama, quando me voltei para ele por um instante.- por quê você fez aquilo? - ele ficou quieto por alguns instantes. - eu acho que não era necessário demiti-la. - claro que era, pare de agir como se não fosse. - me empertiguei por alguns instantes. - eu... Só quero saber. - ele se manteve quieto, aquele velho silêncio que eu conhecia bem. - ninguém tem o direito de falar com você daquele jeito, nem eu, ne
Quando acordei no dia seguinte e desci para tomar o café, Felipa não estava lá. E todos os outros dias que vieram, também não. Ele realmente havia demitido ela, aquilo me fez pensar em tantas coisas. Eu estava sentada tomando meu café, quando ele adentrou no salão. Sem demora ele se aproximou de mim, e me beijou. Eu engoli em seco sem saber como reagir, enquanto ele segurava minha cabeça e beijava meus lábios. Quando ele se afastou, eu estava sem fôlego. Ele sentou-se prontamente e logo pegou sua xícara de café, bebendo. Eu me empertiguei. - hoje vou dar um pulo na empresa. - engoli em seco, e logo imaginei o que poderia ser. - por que não vai trabalhar em casa hoje? - quero ver uma coisa. - eu sabia bem o que era, tentei ignorar. Mas estava martelando em minha cabeça. - você vai demorar? - rapidamente ele olhou para mim. - quer que eu fique. - não era uma pergunta, e eu sabia o porquê. - bem se você... - lentamente ele se pôs de pé e se aproximou de mim, ele estendeu sua mão e
Naquela semana Henry estava mais estranho do que o habitual, eu não sei o que ele havia feito ou visto na empresa. Mas ele parecia mais agitado, e ansioso. Além do fato de não me deixar em paz, não teve um dia durante toda aquela semana agitada em que não fizemos amor. Ele sempre me procurava, no banho, no jantar, até mesmo no café da manhã. Eu realmente não conseguia entender como ele tinha tanta energia. Estava escrevendo quando ele entrou no quarto, já podia imaginar o que me esperava. Quando ele apenas ficou parado atrás de mim, aparentemente lendo o que eu estava escrevendo. Quando logo parei, e me voltei para ele. - sobre o que é essa história? - ah... Romance. - ele assentiu prontamente. - que tipo de romance? - eu franzi o cenho. - de época. - ele assentiu outra vez, e se inclinou me beijando. Eu olhei em seus olhos por alguns instantes, quando ele passou o dedo pelo meu lábio inferior. - hoje tem uma festa na empresa, comemoração por mais uma conquista. - franzi o cenho
Eu escutei os sons da sirene, enquanto o carro se movia. Eu estava dentro de uma ambulância. Olhei ao redor fraca, e pude ver meu pai em um canto e Henry bem ao meu lado. Ele estava apertando minha mão tão forte, que parecia que iria quebrar. - aguente firme Katherine. - novamente tudo se apagou. Pude ouvir o som dos aparelhos enquanto ouvia a voz de Henry e de meu pai a distância, como se tivesse acordado de um sonho. Eu abri os olhos rapidamente, Henry se aproximou sem demora e tocou meu rosto. - Katherine! Você está bem? Consegue me ouvir? - ele me tocava como se eu fosse quebrar, assenti lentamente. Logo meu pai se colocou do outro lado. - minha filha, você nos deu um susto. - mas o que aconteceu? - os médicos disseram que pode ter sido por conta do que você passou. - franzi o cenho. - mas isso já faz tanto tempo. - ainda sim, você está se alimentando bem? - papai questionou sem demora. Logo os médicos entraram na sala, e todos se voltaram para eles. - fizemos alguns exam
Henry ficou imóvel, suas mãos apertaram os papéis com tanta força, que eu temia que fosse rasgar. Meu coração estava acelerado, minha cabeça estava girando. Ele olhou para os papéis novamente, eu me aproximei. - isso não é possível Katherine. - como assim não é possível? Você não está lendo? - ele jogou os papéis sobre a mesa com fúria. - não! Eu estou dizendo que não é possível, pois você está tomando os anticoncepcionais, como pode estar grávida? - eu engoli em seco, sua voz estava rígida. - Henry nenhum método anticoncepcional é 100% todos dão a chance de uma gravidez, mesmo que seja apenas de 1%. - ele sorriu sem felicidade. - não me venha com isso, isso é uma desculpa! - desculpa? Por que eu estaria me desculpando? - ele me encarou ainda mais bravo. - me diga você Katherine, você tem muitos motivos para ter parado de tomar os anticoncepcionais. - eu senti uma pontada no estômago. - que motivos, por exemplo? - talvez você achasse que as coisas estavam perfeitas entre nós,