Foi estranho dormir naquela primeira noite em seu quarto, sei que já havíamos dormido juntos algumas vezes. Mas naquela vez parecia diferente, eu já estava me cobrindo quando ele se aproximou de mim e me entregou um copo com água e um remédio. - eu ia tomar. - ótimo, agora toma. - revirei os olhos e bebi rapidamente. - mostre a língua. - isso é sério Henry? - que tal você só obedecer. - furiosa eu fiz o que ele mandou. - ótimo. - rapidamente tratei de me cobrir e deitar no travesseiro, alguns instantes depois senti ele deitando ao meu lado e tentei ignorar aquilo. Lentamente fechei os olhos e consegui adormecer, mas minha noite estava sendo péssima. Meu corpo não conseguia conciliar onde eu estava, e as dores começaram a me atingir. Comecei a me mover na cama, tentando encontrar uma boa posição mas nenhuma estava sendo favorável. Olhei para ele de esguelha, ele estava de costas e aparentemente dormindo. Eu não queria acordar ele. - au... - senti uma forte dor nas costas, e de
Os dias começaram a se passar, e o instinto super protetor de Henry parecia se intensificar cada vez mais. A cada instante eu tinha que demonstrar a ele que estava me alimentando e tomando os remédios. Eu admiti que aquilo estava sendo muito estranho para mim, pois ter aquele tipo de atenção vindo dele era confusa. Estava na sala de jantar tomando um suco, quando Cristina surgiu. Logo me pus de pé, e corri até ela. - você veio. - claro que sim! - rapidamente sentamos na mesa, ela olhou ao redor. - ouvi falar que você tem um general agora. - ah, nem me fale. - me empertiguei, ela me fitou. - Erick já veio vê-la? - engoli em seco. - não, até o momento não. - admiti a mim mesma que aquilo estava sendo estranho para mim, eu queria que ele viesse me ver. Mas sabia que não faria isso, já que Henry não saia mais de casa agora. - você está com saudades dele? - ele foi muito importante nesse momento. - então... Por que não liga para ele? - ligar para quem? - Henry entrou na sala sem
Eu estava começando a sentir as melhoras em meu corpo, as dores e os enjôos estavam cada vez menores. Mas eu ainda não sabia se conseguiria me olhar no espelho, se conseguiria dar esse passo tão grande. Eu estava no jardim naquela manhã, aproveitando o sol que havia sobre mim. Parecia que eu estava presa dentro de casa o tempo todo, me empertiguei quando avistei Erick entrando em minha casa. Eu franzi o cenho, mas logo me pus de pé e corri para dentro. Ele estava falando com Felipa, quando Henry surgiu. - olha só quem está aqui. - gostaria de vê-la, mas sua funcionária aqui é meio incoveniente. - logo Felipa foi para o lado de Henry. - só estava seguindo as ordens senhor taho. - eu sei Felipa, esse rapaz é apenas um pouco... Barulhento. - tem certeza de que sou eu? - olha eu... - já chega, não é? - logo me aproximei, os dois olharam para mim ao mesmo tempo. Sem demora ele se aproximou, mas Henry ainda estava olhando para mim com aquela cara. - você veio. - é claro que sim. -
Enfim, após quase um mês de tratamento eu estava recuperada. Ouvir dos médicos que eu estava liberada foi um dos melhores momentos da minha vida. Quando voltei para casa naquela tarde, me olhei bem no espelho. Eu já não tinha mais aquelas marcas em meu rosto, e meu corpo não parecia estar definhando. Eu estava bem, e me sentindo bem com meu corpo. Eu havia perdido algum peso, mas de certa forma eu ainda continuava como antes. Eu com certeza estava me sentindo muito mais segura comigo mesma. Eu não sabia bem como estava indo meu relacionamento com Henry, desde que eu havia melhorado ele continuava igual. Mas aquela conversa que tivemos sempre me deixava muito confusa. Ele estava em seu escritório no andar de baixo, quando bati na porta. - entra. - ele me fitou ao entrar. - o que há? - eu... Queria perguntar uma coisa. - logo ele me encarou. - estava pensando se... Podíamos ir jantar fora? - ele me fitou por um instante, e logo olhou para seu computador. - acho melhor não Katheri
Acordei lentamente, ainda exausta da noite passada. E imaginava que quando abrisse os olhos, ele já não estaria mais ao meu lado. mas foi totalmente ao contrário, ao olhar para o lado, lá estava ele. Deitado suspirando calmamente, ainda adormecido. Me empertiguei na cama, e olhei para baixo. eu ainda estava nua, e mal podia acreditar no que havia acontecido. Sem demora eu peguei uma parte do cobertor e pus ao redor de mim, logo me levantei e corri até o banheiro. Engoli em seco ao me olhar no espelho, eu estava descabelada e com várias marcas no pescoço. Sorri ao ver aquilo, mas logo parei. Afinal eu não sabia o que me esperava na hora que ele acordasse. Na verdade... Eu sabia sim. Frieza e distância era o que me esperava, e várias desculpas esfarrapadas. Mas resolvi deixar isso pra lá, e logo deixei o cobertor no chão e entrei no box. Liguei a água quente, e deixei que a água caísse sobre meu corpo. Fechei os olhos por um instante, me deixando ter aquele momento. Quando... Senti uma
Henry e eu havíamos passado praticamente o dia todo no quarto, e quando saímos já estava na hora do jantar. Eu estava faminta, e ele ainda mais. Sentamos mais próximos do que de costume naquela noite, e depois de tudo o que estávamos fazendo eu admitia que não era tão estranho. - vou marcar para que você comece a tomar anticoncepcionais. - olhei para ele rapidamente. - não é necessário, foram poucas vezes. - será necessário nos próximos meses. - eu franzi o cenho, eu não sabia se tinha escutado certo. - próximos meses? - é claro. - mas eu pensei que... - Katherine essa não foi a primeira vez que fizemos sexo, e não vai ser a última. - o modo como ele disse olhando em meus olhos, me fez estremecer.- eu não entendo. - não precisa entender, só precisa saber que eu quero comer você todos os dias de agora em diante. - mal consegui engolir o pedaço de torrada que estava em minha boca após ouvir aquilo, ele falou com tanta naturalidade. - eu estava esperando uma reação diferente. -
Passei correndo pelo corredor, tentando alcançar Erick que já estava lá fora. Praticamente correndo de mim. Enfim consegui sair, e o alcançar antes que ele passasse pelo portão. Segurei em seu braço, fazendo ele se voltar para mim. - Erick, por favor espera! - me solta Katherine. - mas eu continuei próxima dele. - você não pode ir embora. - ah eu não posso ir? Olha só. Ele tentou se soltar novamente, mas o segurei onde ele estava. O olhei nos olhos, meu coração estava acelerado. Ele pôs as mãos na cintura e me olhou nos olhos, era nítido a raiva e tristeza em seu rosto. Eu me senti horrível. - então agora as coisas estão muito bem entre vocês não é? - Erick... - não! Dá pra notar, dá pra notar o quanto você é fácil de influenciar. Ele só precisou fazer o mínimo, que você se entregou pra ele de lavada. - senti meu coração apertado, eu engoli em seco. - Erick ele é meu marido, e por mais que... - essa sua desculpa é tão boa, eu sei que esse casamento é uma mentira Katherine.
𝙲𝚛𝚒𝚜𝚝𝚒𝚗𝚊* Eu estava finalizando mais uma de minhas sucedidas vendas, quando vi uma mensagem em meu celular. Era tia Emiho, eu logo tratei de responder. E a mulher estava me chamando para tomar um café, em um restaurante perto de casa. Fiquei em dúvidas sobre aquilo, mas resolvi aceitar. Cheguei vinte minutos antes dela, e já estava pensando em ir embora quando enfim ela chegou. Como sempre muito elegante, e cheia de pose. De imediato me pus de pé, e a beijei. Ela me fitou de cima a baixo, e em seguida sentou-se. - devo dizer que fiquei surpresa tia. - eu imagino, também não estava em meus planos. - assenti enquanto tomava uma xícara de café. Ela se empertigou. - como você está Cristina? - ah... Eu vou indo bem, hoje mesmo fechei mais uma venda. - o que você faz mesmo? - sou corretora de imóveis, e decoradora nas horas vagas. ela assentiu de imediato. Mas havia algo estranho naquilo, eu tinha certeza que Emiho não havia me chamado ali só para perguntar do meu emprego. -