Após sair da casa dos taho, fui até a casa de meu pai. Haviam alguns carros na entrada, e logo imaginei o que me esperava. Haviam vários de seus velhos amigos pela sala, usando ternos pretos e conversando baixinho. No centro da sala, estava meu pai falando com alguns homens. Respirei fundo e fui até ele, até que senti uma mão em meu ombro. Ao olhar para o lado, avistei Henry. - o que está fazendo aqui? - sou um dos membros da empresa, lembra? - assenti e encarei meu pai novamente. - olhe ao redor, para todos esses engravatados. Todos eles tem rabo preso em alguma coisa, todos eles... Tem algum segredo. - olhei em seus olhos. - que tal você parar com isso? - todos eles tem acusações iguais, ou piores do que Hector Miller. - senti um nó na garganta. - mas eles... Tem um bom álibi. - ele olhou em direção ao meu pai, que havia me visto e estava vindo em minha direção. - o que você quis... - minha filha. - ele me puxou para um abraço, Henry logo deu alguns passos para trás. Me dei
Deitei naquela noite, mas o sono me faltou. Olhei meu celular, e haviam muitas mensagens de meu pai. Mas eu não respondi nenhuma. Estava cansada de me revirar na cama, então desci até a cozinha no meio da madrugada e comecei a atacar a geladeira. Sentei no balcão da cozinha, e não me importei com mais nada naquele momento. Me sobressaltei quando ele adentrou na cozinha, Henry estava apenas com sua calça de moletom azul. Ele franziu o cenho ao me ver ali, e logo me empertiguei. - o que faz acordada a essa hora Katherine? - não consegui dormir. - ele ficou me encarando da porta por alguns instantes, até que foi até a geladeira. Eu o fitei de onde estava, mas logo desviei o olhar. Ele se recostou contra a pia, e me encarou comendo todo aquele sorvete. - você vai passar mal. - olhei para o pote em minhas mãos, era realmente muito grande. - quer um pouco? - estendi em sua direção, ele ergueu uma sobrancelha. - não. - ele se manteve ali, parado olhando para o corredor. - você acorda
- eu já disse a você que se regar assim vai matar as flores! - Erick me repreendeu, fazendo-me acordar do meu transe momentâneo. - você está no mundo da lua esses dias, o que aconteceu? Não sei se tinha coragem de contar a ele nada, na verdade... Eu não tinha. Eu era extremamente covarde. - estava pensando em escrever. - ele me fitou. - e por que não escreve? - o encarei. - acho que tenho algum tipo de bloqueio criativo, as ideias parecem estar... Presas em minha mente. - ele se empertigou. - é só... Parar de ter o bloqueio criativo. - olhei para ele ironicamente. - nossa muito obrigada pela ideia genial. - só estava tentando ser útil. - você é mais útil quieto. - ele pôs a mão sobre o peito indignado. - você andou vendo os noticiários? Muitos estão falando sobre Hector Miller, um empresário famoso que foi morto. - disse prontamente, ele desviou o olhar. Eu franzi o cenho. - você o conhecia? - por alto, esses empresários sempre tem contatos uns com os outros. Ele era um am
Logo quando meu pai se foi, tratei de subir até meu quarto e ligar para Cristina convidando-a para a viagem. Ela negou algumas vezes, mas após muita insistência ela enfim aceitou. Eu estava começando a fazer as malas, quando ouvi a porta do meu se abrindo. Quando me virei, Henry estava parado ao lado da cama me encarando. - posso ajudar? - por quê esse interesse repentino em uma viagem Katherine? - franzi o cenho. - é sempre bom fazer uma viagem. - você estava extremamente nervosa com seu pai, mas agora... Está disposta a viajar com ele para fora da cidade. Me desculpe, mas há algo muito estranho aí. - dei de ombros. - se você acha estranho, eu não posso fazer nada para mudar sua mente, é uma viagem que estava ansiosa para fazer. Eu... Só quero sair um pouco dessa casa, dessa cidade e respirar. - seus olhos continuaram em mim, ainda buscando por alguma coisa. - além do mais eu convidei sua irmã também, e ela aceitou. - ele se sobressaltou rapidamente. - só pode estar brincando
Sai com Cristina um pouco para aproveitar o dia antes que a noite chegasse, quando enfim aconteceu, sentamos à mesa e conversamos. Rimos um pouco também, Henry sempre segurando minha mão. Aquilo me deixou desconcertada, mas quando o tempo foi passando eu realmente estava me acostumando com a sensação de ter o calor de seus dedos junto aos meus.Quando subimos para nosso quarto, foi estranho a falta de sua mão junto a minha. Quando lá chegamos, ele logo tratou de tomar um banho. Quando enfim saiu, foi minha vez. Eu estava nervosa, como eu pensava que iria dormir sozinha ou pelo menos longe dele. Eu havia trazido apenas camisolas finas, ou shorts muito curtos para dormir. Procurei em minha mala algo que não fosse muito transparente, ou muito curto. Mas não tinha nada. - como eu fui burra! - bati em minha própria cabeça, eu só queria sair correndo daquele quarto. Mas respirei fundo, e dentre todas aquelas opções eu escolhi um shorts rosa curto, e uma blusa sem mangas da mesma cor. Tente
Fiquei sem reação ao lado de Cristina, enquanto Erick sorria daquela forma de sempre. - nossa que caras são essas? - o que você está fazendo aqui Erick? - Cristina questionou prontamente, ele a fitou. - tenho uma casa por aqui, lembra? - ela se empertigou. - não, não lembro. - que engraçado, eu te convidei para vir aqui tantas vezes. - ah meu Deus... - Erick não é uma boa hora. - ele se voltou para mim. - eu só estava dando uma volta por aqui. - como encontrou minha casa? - não foi difícil, só perguntei para algumas pessoas na cidade onde ficava a casa dos wilborn, eles me deram o endereço certo. - ele voltou a sorrir para mim. - olha... - Olá. - detestei ouvir a voz de meu pai atrás de mim, não precisei me virar para ver Henry ao seu lado. - senhor wilborn é um prazer. - ele ergueu a mão e logo cumprimentou meu pai, que retribuiu o gesto de forma estranha. - Olá rapaz, você seria? - sou Erick Stevens, acho que o senhor deve conhecer meu pai Olavo Stevens. - meu pai sun
Acordei tarde naquele dia, minha cabeça estava doendo e eu só queria esquecer o que havia acontecido na noite passada. Joguei os pés para fora da cama, e olhei ao redor. Henry não estava no quarto como já era previsto, ignorei isso e logo parti para um banho rápido e desci para a cozinha. Me sobressaltei quando lá entrei e vi ele sorrindo, sorrindo não, gargalhando ao lado de meu pai e Cristina. Eu fiquei olhando para ele, para aquele sorriso largo em seu rosto parecia tão real. Eu engoli em seco, logo eles me viram parada ao lado da porta. - bom dia minha filha. - bom dia pai. - logo me aproximei da mesa, estava indo sentar perto de Cristina quando Henry me segurou e deu um leve beijo no dorso de minha mão, me puxando para sentar ao seu lado. Meu corpo estremeceu. - bom dia querida. - bom dia... Querido. - ele sorriu. - seu pai estava nos contando algumas histórias sobre você Kath, devo dizer que nenhuma é novidade. - Cristina disse prontamente, eu encarei Henry. - aparenteme
Tomei um banho longo, tirando toda a sujeira que havia em meu corpo. E quando sai do banheiro vestindo apenas minha toalha, Henry estava sentado na cama. Aparentemente mexendo no celular, não olhei para ele. Apenas segui até minhas malas para pegar uma roupa seca. - o que você estava falando com Stevens? - ele me convidou para andar a cavalo. - ele assentiu. - e você negou. - não era uma pergunta, e eu sabia o porquê. - não, eu não neguei. Porque eu vou. - ele largou o celular de imediato, e me encarou com aquela expressão. - você só pode estar brincando. - eu já disse que vou Henry, se eu disse é porque vou fazer. - ele se empertigou na cama. - que merda de jogo é esse Katherine? - eu não estou fazendo jogo! - está sim porra! - ele se pôs de pé rapidamente, e veio até mim. Eu engoli em seco. - ótimo, se eu estou fazendo um jogo me diga qual é! - olhei profundamente em seus olhos. - por que eu estaria fazendo um jogo? - para me provocar! - e por que eu estaria provocando