Após Henry sair, eu ainda fiquei em meu estado perplexo por um bom tempo. Até que percebi que Erick, havia chegado. De imediato, tratei de recebê-lo. Logo começamos nosso trabalho de jardinagem, mas eu com certeza estava estranha. E ele notou rapidamente. - tudo bem com você? - o encarei. - claro. - tem certeza? - assenti mais uma vez, ele fez uma cara de preocupação e se aproximou. - agora que sou seu jardineiro eu ainda tenho intimidade para falar com você? - o encarei novamente. - claro que sim. - ótimo, então... Me diga o que está acontecendo. - eu estava sobressaltada, meus nervos estavam à flor da pele. Eu detestava o poder que Henry tinha sobre mim, sobre meus mais profundos desejos e sentimentos. - você não vai querer saber, confie em mim. - ele franziu o cenho.- foi algo grave?- não, não foi. - ele ainda estava confuso, mas eu resolvi que guardaria tudo aquilo. Ele com certeza não precisava saber de nada que havia acontecido naquela manhã. Enquanto trabalhava com Er
Eu não aguentei ficar naquela casa naquela noite, eu precisava sair. Precisava ir a algum lugar bem longe de Henry, bem longe de tudo. Liguei para Cristina após toda aquela confusão, e sem avisar a ele. Me encontrei com ela na saída de casa. Ela me levou para seu apartamento que ficava do outro lado da cidade, era um apartamento grande. De luxo. Cristina era uma mulher elegante, e isso refletia em seu apartamento. - pode ficar a vontade. - eu assenti enquanto sentava no sofá, alguns minutos depois ela voltou com uma grande garrafa de vinho e duas taças. E prontamente sentou ao meu lado, eu sorri. - nós precisamos beber, muito. - de imediato ela abriu a garrafa. - eu concordo. - quando ela encheu a primeira taça, eu não parei mais. Eu só queria esquecer Henry. - seu irmão é um infeliz sabia? - ela sorriu assentindo. - eu sei. - como ele pode ser... Tão terrível? - não me pergunte, eu não tenho nada haver com isso. Gargalhei. Mas me voltei para ela novamente. - mas e você?
*🅒🅐🅟🅘🅣🅤🅛🅞 🅝🅐🅞 🅡🅔🅥🅘🅢🅐🅓🅞*me pus de pé mais cedo do que de costume naquela manhã, tentando não encontrar com Henry. Mas infelizmente, ele já estava de pé. Indicando onde os novos móveis de seu escritório deveriam ficar, ele realmente estava trazendo seu trabalho para casa. Aquilo me deu um aperto. - estão ficando ótimos senhor taho. - Felipa disse sorrindo ao seu lado, eu franzi o cenho e a encarei. - obrigado Felipa. - passei por eles sem dizer uma palavra, e logo segui em direção a sala de jantar. Eva estava terminando de pôr o café. - tudo bem senhora taho? - não Eva, só acho que ele deveria mudar o nome que está escrito nos papéis do casamento. Ela parece ser uma esposa tão melhor. - ri ironizando, Eva fez o mesmo. Após alguns minutos ela se foi, e continuei tomando meu café. Quando, infelizmente, ele se aproximou. E logo sentou-se em seu lugar de sempre. - temos um jantar de negócios importan
Eu via nos olhos de Erick, como ele estava adorando aquela situação. Henry, estava com os punhos fechados sobre a mesa, enquanto Olavo parecia confuso com aquela situação. - ah... Então senhor taho, leu meus emails? - Henry o encarou rapidamente. - não pude ler todos, infelizmente! Tive alguns contratempos. - ele voltou a olhar para Erick, que bebeu uma taça de vinho. Eu me sentia um peixe fora d'água. - eu trouxe comigo alguns dos planos que tenho, estão todos organizados para que possa ter certeza do que quer. - logo ele tratou de pegar uma grande pasta, Erick e Henry se fuzilavam com o olhar. Eu engoli em seco. - aqui. - Olavo lhe entregou a pasta, que ele pegou com certa relutância. Ele olhou de relance, e logo pôs sobre a mesa novamente. - você não me disse que tinha filhos Olavo. - o homem se empertigou. - ah sim, eu tenho! Apenas Erick, eu quero que ele participe mais dos meus projetos. Inclusive, essa ideia de aceitar seu convite de parceria, foi dele. - Erick abriu um
Chegamos em casa em total silêncio, e o que havia acontecido entre nós dentro carro parecia ter sido coisa da minha imaginação. Henry sequer olhou para mim, apenas seguiu até seu quarto e eu para o meu. Fiquei algum tempo olhando para a porta, eu não sabia bem o porquê. Talvez eu... Achasse que ele entraria no quarto, e viria até mim. Afastei aqueles pensamentos, eu com certeza estava meio estranha por conta da bebida. Fechei os olhos, e adormeci lentamente. Quando desci para o café, naquela manhã, ele já não estava mais em casa. Franzi o cenho, todos os dias ele sempre estava ali. Agora, de repente, havia ido mais cedo. Tentei não pensar muito sobre aquilo, e apenas tomei meu café. Revirei os olhos quando avistei Felipa vindo em minha direção. - bom dia senhora taho. - bom dia, Felipa. - não olhei para ela. - onde está o senhor taho? - Henry saiu mais cedo hoje, ele parecia tão tenso. - ergui uma sobrancelha e me voltei para ela. - Henry? Que intimidade é essa agora? - ah...
Liguei para Cristina algumas vezes, mas ela por sua vez não atendeu. Eu estava me sentindo extremamente culpada, não conseguia imaginar o que ela estava pensando de mim naquele momento. Resolvi jantar antes que ele chegasse aquela noite, mas para meu azar. Assim que chegou, ele já veio até a sala de estar. Não olhei para ele, apenas continuei minha refeição. Logo ele tratou de sentar-se. Alguns minutos se passaram, e Felipa logo veio. - senhor taho, o que vai querer? - o mesmo que minha esposa Felipa. - ela olhou para mim. - gostaria da minha opinião senhor taho? - franzi o cenho. - claro, Felipa. - esse purê que ela está comendo não é a melhor opção, engorda. Irei trazer um alimento mais saudável para o senhor, está bem? - eu encarei aquela mulher, e não podia acreditar que estava ouvindo aquilo. Ele assentiu para ela. - certo Felipa, obrigado. - por nada senhor. - e logo ela se foi. Eu fiquei imóvel naquela cadeira, enquanto ele tomava um suco. - eu gostaria de saber até qu
Esperei pacientemente pela chegada dele naquela noite, estava sentada em minha cama. Quando ouvi o carro estacionando na garagem, após alguns minutos ouvi seus passos pelo corredor. Logo me pus de pé, e segui em direção ao seu quarto. A porta estava entre aberta, e ele estava terminando de tirar seus sapatos. Logo ele se voltou para mim. - o que quer? - adentrei um pouco mais. - sua tia Hyu me mandou mensagem, ela nos convidou para um jantar com sua família. - ele me deu as costas rapidamente. - nós não vamos. - eu já confirmei nossa presença. - então desmarque, não vamos. - franzi o cenho, e cruzei os braços. - não vou desmarcar nada, nós iremos sim. - ele tirou sua camiseta, jogando-a sobre a cama. Suas costas estavam tão tensas, novamente eu vi aquelas marcas e senti um nó na garganta. Ele se voltou para mim novamente, tentei não olhar para seu peitoral. - se eu disse que não vamos, não vamos. - ela nos convidou Henry, sim nós vamos. - me virei e lhe dei as costas. - por q
O silêncio constrangedor que se instalou ali foi insuportável. Eu não sabia para onde olhar, Henry parecia uma estátua de tão imóvel que estava. Emiho continou olhando de um para o outro, até que Cristina resolveu tomar a frente.- tia Emiho, como é bom revê-la. - Logo ela puxou Emiho para um abraço, que a mulher retribuiu de imediato. - deixe-me olhar para você, está tão linda querida. - Cristina sorriu. - cada dia mais parecida com sua mãe. - Henry ficou ainda mais tenso, como se tivesse levado um soco no estômago. Me aproximei dela. - senhora Emiho, é um prazer. Eu... Ouvi coisas muito boas sobre você. - ela segurou minhas mãos.- você parece ser uma excelente pessoa minha querida, fico feliz que Henry tenha conhecido alguém bom. - lentamente ela me soltou, e se voltou para ele. Que parecia não respirar. - e você querido, como está? Ela se aproximou ainda mais, os olhos dele se arregalaram. E ele fechou os punhos, olhei para Cristina tentando entender o que estava acontecendo.