Estava cavando aquela terra com fúria, imaginando que era o rosto de Henry. A cada golpe que eu dava. Aquele homem era um infeliz, eu só queria... - Katherine? - me sobressaltei me voltando para trás rapidamente, ao ver Cristina. Ela me encarou meio confusa. - tô atrapalhando alguma coisa? - ela parecia tão confusa, eu soltei a pá de imediato. - eu meio que estava imaginando que era o seu irmão. - seus olhos se arregalaram, ela sorriu. - eu tive essa impressão. - me desculpa Cristina, não sabia que você viria. - tudo bem, eu só queria dar uma passada, ver como você estava. - senti um alívio enorme em meu peito. - eu preciso muito! De uma conversa agora. - ela se empertigou sorrindo. - bem, vamos lá então. - subimos até o andar de cima, e logo tratei de tomar um banho. Enquanto falava com Cristina. Quando sai, ela já me esperava com uma roupa que havia escolhido para mim, em cima da cama. Sentei na poltrona, ela me fitou. - então ele não dispensou a empregada? - não, ela ain
Quando me pus de pé, já haviam mensagens de Erick em meu celular. Rapidamente tratei de vestir minha roupa de jardinagem, e descer para o café. Novamente ele ainda estava lá, sendo servido por Felipa. Eu tentei ignorar, enquanto sentava em meu canto da mesa. Respondendo as mensagens de Erick. - obrigado Felipa. - ele disse daquela forma cheio de si, Felipa sorriu como sempre e se retirou. Eu continuei respondendo as mensagens em meu celular, enquanto tomava meu café. Comecei a sorrir com as coisas que ele estava falando. Quando me dei conta, Henry estava me encarando com o rosto franzido. - que conversa interessante. Não lhe dei atenção, e apenas continuei a comer minha torrada sem desviar a atenção do celular. Vi Henry pegando seu celular também, mas não dei importância. Até que notei que as mensagens pararam de ser enviadas. - mas o que... - eu desliguei o wi-fi. - olhei para ele rapidamente. - não é educado ficar usando celular na mesa. - ri sem felicidade. - mas é educado
Subi para meu quarto rapidamente, tomei um banho antes de deitar. E pus minha camisola verde de sempre, já estava saindo do banheiro. Quando o vi ao lado de minha cama, olhando para meu celular que estava na cômoda. Eu me empertiguei. - o que você quer? - ele se voltou para mim, e me fitou de cima a baixo. - aquele homem não vai trabalhar aqui. - sorri ironicamente.- está achando engraçado? - estou achando hilário na verdade, pois eu falei a mesma coisa para você. E olha só quem está trabalhando aqui. - fui até a a outra cômoda que ficava ao lado da cama, seu olhar não se afastou de mim. - está fazendo isso para me desafiar novamente, será que você já esqueceu as consequências de fazer isso? Cruzei os braços e o fitei sem nenhuma vontade. - e por quê seria isso? - como assim? - por quê eu estaria desafiando você? O que você tem contra Erick? - seus olhos se mantiveram fixos em mim, eu respirei profundamente. E lentamente, sai de onde estava e fui andando até ele. Até ficar p
Após Henry sair, eu ainda fiquei em meu estado perplexo por um bom tempo. Até que percebi que Erick, havia chegado. De imediato, tratei de recebê-lo. Logo começamos nosso trabalho de jardinagem, mas eu com certeza estava estranha. E ele notou rapidamente. - tudo bem com você? - o encarei. - claro. - tem certeza? - assenti mais uma vez, ele fez uma cara de preocupação e se aproximou. - agora que sou seu jardineiro eu ainda tenho intimidade para falar com você? - o encarei novamente. - claro que sim. - ótimo, então... Me diga o que está acontecendo. - eu estava sobressaltada, meus nervos estavam à flor da pele. Eu detestava o poder que Henry tinha sobre mim, sobre meus mais profundos desejos e sentimentos. - você não vai querer saber, confie em mim. - ele franziu o cenho.- foi algo grave?- não, não foi. - ele ainda estava confuso, mas eu resolvi que guardaria tudo aquilo. Ele com certeza não precisava saber de nada que havia acontecido naquela manhã. Enquanto trabalhava com Er
Eu não aguentei ficar naquela casa naquela noite, eu precisava sair. Precisava ir a algum lugar bem longe de Henry, bem longe de tudo. Liguei para Cristina após toda aquela confusão, e sem avisar a ele. Me encontrei com ela na saída de casa. Ela me levou para seu apartamento que ficava do outro lado da cidade, era um apartamento grande. De luxo. Cristina era uma mulher elegante, e isso refletia em seu apartamento. - pode ficar a vontade. - eu assenti enquanto sentava no sofá, alguns minutos depois ela voltou com uma grande garrafa de vinho e duas taças. E prontamente sentou ao meu lado, eu sorri. - nós precisamos beber, muito. - de imediato ela abriu a garrafa. - eu concordo. - quando ela encheu a primeira taça, eu não parei mais. Eu só queria esquecer Henry. - seu irmão é um infeliz sabia? - ela sorriu assentindo. - eu sei. - como ele pode ser... Tão terrível? - não me pergunte, eu não tenho nada haver com isso. Gargalhei. Mas me voltei para ela novamente. - mas e você?
*🅒🅐🅟🅘🅣🅤🅛🅞 🅝🅐🅞 🅡🅔🅥🅘🅢🅐🅓🅞*me pus de pé mais cedo do que de costume naquela manhã, tentando não encontrar com Henry. Mas infelizmente, ele já estava de pé. Indicando onde os novos móveis de seu escritório deveriam ficar, ele realmente estava trazendo seu trabalho para casa. Aquilo me deu um aperto. - estão ficando ótimos senhor taho. - Felipa disse sorrindo ao seu lado, eu franzi o cenho e a encarei. - obrigado Felipa. - passei por eles sem dizer uma palavra, e logo segui em direção a sala de jantar. Eva estava terminando de pôr o café. - tudo bem senhora taho? - não Eva, só acho que ele deveria mudar o nome que está escrito nos papéis do casamento. Ela parece ser uma esposa tão melhor. - ri ironizando, Eva fez o mesmo. Após alguns minutos ela se foi, e continuei tomando meu café. Quando, infelizmente, ele se aproximou. E logo sentou-se em seu lugar de sempre. - temos um jantar de negócios importan
Eu via nos olhos de Erick, como ele estava adorando aquela situação. Henry, estava com os punhos fechados sobre a mesa, enquanto Olavo parecia confuso com aquela situação. - ah... Então senhor taho, leu meus emails? - Henry o encarou rapidamente. - não pude ler todos, infelizmente! Tive alguns contratempos. - ele voltou a olhar para Erick, que bebeu uma taça de vinho. Eu me sentia um peixe fora d'água. - eu trouxe comigo alguns dos planos que tenho, estão todos organizados para que possa ter certeza do que quer. - logo ele tratou de pegar uma grande pasta, Erick e Henry se fuzilavam com o olhar. Eu engoli em seco. - aqui. - Olavo lhe entregou a pasta, que ele pegou com certa relutância. Ele olhou de relance, e logo pôs sobre a mesa novamente. - você não me disse que tinha filhos Olavo. - o homem se empertigou. - ah sim, eu tenho! Apenas Erick, eu quero que ele participe mais dos meus projetos. Inclusive, essa ideia de aceitar seu convite de parceria, foi dele. - Erick abriu um
Chegamos em casa em total silêncio, e o que havia acontecido entre nós dentro carro parecia ter sido coisa da minha imaginação. Henry sequer olhou para mim, apenas seguiu até seu quarto e eu para o meu. Fiquei algum tempo olhando para a porta, eu não sabia bem o porquê. Talvez eu... Achasse que ele entraria no quarto, e viria até mim. Afastei aqueles pensamentos, eu com certeza estava meio estranha por conta da bebida. Fechei os olhos, e adormeci lentamente. Quando desci para o café, naquela manhã, ele já não estava mais em casa. Franzi o cenho, todos os dias ele sempre estava ali. Agora, de repente, havia ido mais cedo. Tentei não pensar muito sobre aquilo, e apenas tomei meu café. Revirei os olhos quando avistei Felipa vindo em minha direção. - bom dia senhora taho. - bom dia, Felipa. - não olhei para ela. - onde está o senhor taho? - Henry saiu mais cedo hoje, ele parecia tão tenso. - ergui uma sobrancelha e me voltei para ela. - Henry? Que intimidade é essa agora? - ah...