Após muitas delongas, o dia da coroação finalmente chegou. Eu estava ansiosa, desesperada. Não sabia se seria uma boa rainha. Estava acabando de arrumar uma parte do meu cabelo, quando Lizibeth se aproximou adentrando no quarto. - deixe que eu faço isso. - sorri a fitando. - você tinha sumido. - coisas pessoais princesa. - assenti sem demora. - animada? - não é bem a palavra que eu usaria. - o que gostaria de estar fazendo Então? - eu sorri de relance. - ah vamos... O que a senhora gostaria de fazer se não fosse uma princesa? - escrever poemas. - ela sorriu de relance. - eu amava quando liam para mim poemas de veraneio, histórias longínquas de lugares distantes. Sempre foi meu sonho conseguir fazer aquilo. - apertei as mãos, Lizibeth franziu o cenho. - eu gostaria de ler algo feito pela senhora. - mas é algo impossível, princesas não podem pensar demais. Isso seria errado de todas as formas. - a expressão dela se tornou triste, distante. - sinto muito. - tudo bem, não...
- NÃO! - meus olhos se abriram de repente, uma das criadas que estava no canto se aproximou em um salto.- minha senhora, está tudo bem. - não... Eu... Onde estou? - a senhora está no castelo. - estava tentando me pôr de pé, sair correndo dali o mais rápido possível. Mas ela me manteve onde eu estava. - não, a criatura... Lizibeth, ela... Ela está bem?- aparentemente ela acordou. - Elder adentrou no quarto, meu coração estava disparado. Sua expressão era de tédio, e confusão. - o que aconteceu com você?- a criatura Elder. - consegui me manter de pé. - estávamos na floresta, quando ele surgiu... Grande, feroz... Olhos vermelhos. Não... Não era humano. - ele continuou me encarando, e eu pude jurar ter visto uma pontinha de nervosismo em seu rosto. - você deve ter visto um urso negro, é sorte que esteja viva. - não! Não era um urso, não era um maldito animal! Era... Era algo maligno. - a criada que estava no quarto se encolheu, Elder a fitou. - saia. - ela o fez de imediato, len
Eu me mantive imóvel, meu corpo rígido. Enquanto uma música lenta era tocada, e eu não parava de ouvir os gemidos das pessoas ali. Senti as mãos de Eriel em meus ombros, e depois puxando meu capuz mais para frente. - vamos sentar ali. - ele me puxou para um canto do bordel, uma mesa que ficava na escuridão. E para nossa sorte, não haviam muitas pessoas ao redor. Rapidamente, ele sentou na cadeira. E antes que eu pudesse fazer o mesmo, ele me puxou para o seu colo. Eu arregalei os olhos, E me virei de forma que pudesse olhar para ele. - me solte. - você não pode simplesmente sair assim, está cheio de homens aqui que só querem uma mulher. E não sei se você notou, mas você é uma mulher. Revirei os olhos brava, enquanto tentava ver Elder novamente. Ele sorriu, e pôs uma mão em minha cintura. - sabe o que é curioso? Você aqui. - não era minha intenção vir até aqui. - ah não? - o encarei. - você acha que eu sou o que? - só estou curioso, princesa. - sussurrou. - pare de me chamar
Eriel continuou comigo em seus braços, enquanto andávamos pela estrada de terra da aldeia. Eu tentei me concentrar, e olhar ao redor. Tentar ver o maior número de casas que eu pudesse, mas aquela posição. A forma como ele estava me segurando, tornava isso impossível. E o efeito da bebida, parecia cada vez mais forte. - eu gostaria de andar. - tem certeza? - assenti com a cabeça, lentamente ele me pôs no chão. Ele manteve sua mão em minhas costas, me apoiando. Mas minhas pernas estavam trêmulas. - venha aqui. - logo ele me puxou para um beco entre duas casas, eu me recostei contra a parede. Ele se aproximou tirando o capuz da minha cabeça. - você só bebeu duas taças, e está assim? - foi a primeira vez que eu bebi, não me julgue. - não estou julgando, apenas achando inesperado. - revirei os olhos. - sabe vir até a aldeia sozinha, foi uma loucura. Mas entrar naquele bordel... - eu já sei, não precisa repetir a mesma coisa várias vezes. - ele sorriu de canto. Eu me empertiguei.
Ao voltar para meu quarto naquela noite, tudo no que eu conseguia pensar era em Eriel. No toque de suas mãos, o calor de sua língua em meu pescoço. Me joguei naquela cama, suspirando. Faminta, com calor. Eu queria ele, Deus como eu queria. Tentei adormecer, parar de pensar. Mas era impossível, ele estava em minha mente, em meu corpo. Comecei a acariciar minhas pernas, tentando suprir sua lembrança. Mas não era a mesma coisa, eu queria as mãos dele. Bufei brava. - não, não... Eu preciso dormir. - logo deitei a cabeça no travesseiro, e adormeci. ****No café da manhã, eu mal ouvia o que estava sendo falado ao meu redor. Me sentia culpada, e distante. Mas ao mesmo tempo, curiosa e pensativa. - sim, não se preocupe. Eu cuidarei disso. - Gadriela disse para uma das criadas algo, me despertando de meu transe. A encarei. - terá algo importante hoje no castelo?- os aldeões serão recebidos para os pedidos mensais. - assenti brevemente. - eu posso cui
Quando Elder chegou mais uma noite, após suas farras noturnas. Ele veio para cima de mim novamente, me usando como se eu fosse seu brinquedo. Fiz questão de ficar completamente imóvel, quieta e rígida. - Deus... É melhor se deitar com um cadáver do que deitar com você. - e logo ele desistiu. - não consegue fazer nada mulher? Você só serve para ficar aí imóvel? - resmungou enquanto vestia sua calça. O encarei de cima a baixo. - por que você me quer tanto depois de aproveitar com suas prostitutas? Seu rosto se voltou para mim com velocidade, ele franziu o cenho. - que m*rda você disse? - foi exatamente o que você ouviu. - você quer levar uma surra? - engoli em seco. - mais uma? Já não basta sua mãe? - me pus de pé prontamente. Ele me encarou com fúria. - você está mesmo me desafiando sua... - não precisa começar com isso! Elder... Eu amava você, amava você de forma intensa. Eu pensava em nosso casamento, nossa vida juntos e você... Você se tornou uma pessoa completamente difere
Podia sentir seus lábios se movendo contra os meus com força, ele estava desesperado. Faminto por aquilo, arfei. Eu não era boa no ato, Elder não me beijava. - Eriel... - mas ele se recusava a parar, sua mão desceu até minhas costas. Ele me puxou ainda mais contra si, nossos corpos estavam pressionados como se ele quisesse entrar em minha carne. Quando ele se afastou de meus lábios, estávamos ofegantes. Eu apoiei as mãos em seu peito. - eu não sou boa nisso, me perdoe... - shh, eu ensino você. - lentamente, ele se aproximou outra vez. Pôs uma das mãos em meu queixo, e abriu minha boca. Voltando a me beijar, podia sentir sua língua ali. Meu corpo estava tremendo por ele, levei minhas mãos até sua nuca e o puxei mais para perto. Enquanto o beijo ficava mais forte a cada instante. Ele afastou seus lábios dos meus, e desceu até meu pescoço. Mordendo, e chupando. Apertei seus cabelos, enquanto sentia sua língua. Lentamente pude sentir suas mãos descendo até meus quadris, eu me enrijeci
Alguns dias se passaram desde o ocorrido entre Elder e Eriel. Gadriela, não havia ficado nada feliz ao ver o filho com o rosto inchado e vermelho. Mas não havia nada que ela pudesse fazer. E a proposta de Eriel, ressoava em minha mente todos os dias. - está me escutando senhora? - Lizibeth me acordou de meu transe. - ah... Eu não ouvi a última parte, pode repetir? - ela sorriu. Estávamos nos fundos da cozinha, em uma pequena sala escura e praticamente vazia. - você pega as ervas, amassa bem, depois coloca água quente na xícara... Espera por três minutos, e então bebe. Mas não cuspa, o gosto é horrível. Mas não pode cuspir. - franzi o cenho. - você... Conhece bem o gosto? - ela se empertigou. - ah me perdoe eu... - não, não se preocupe. Sim, eu conheço o gosto. Mas é por motivos diferentes. - assenti pegando as ervas. - e mais uma coisa, a senhora deve beber todo dia seguinte após acontecer as relações entre vocês. Nem um dia a mais, ou menos. Apenas o seguinte, entendeu? - cert