Naquela noite, Elder havia me tocado novamente. Eu não tinha sentido dores, ou desconfortos. Mas também não senti mais nada, enquanto ele fez sons e depois se despejou dentro de mim. Meu corpo não esboçou nenhum sinal de desejo, eu não sabia se para as mulheres era daquela forma. Mas me senti extremamente confusa, e desanimada. Quando o dia chegou, olhei para o lado da cama novamente. Ele não estava lá, eu bufei. Mas as palavras de Eriel voltaram à minha mente, e rapidamente eu me pus de pé. Coloquei um vestido azul claro, prendi meus cabelos em um simples rabo de cavalo e desci as escadas. Haviam poucos criados andando pelo castelo, talvez porque ainda fosse muito cedo. Olhei ao redor no grande salão de entrada, era tão lindo pela manhã. A luz do sol entrava na grande sala escura, contrastando com o brilho. Andei um pouco mais, me aproximando do trono. Era lindo, marrom, cheio de detalhes esculpidos. Mas algo me chamou a atenção, haviam desenhos de figuras do que pareciam ser... L
Após sair de dentro da água, Eriel me fitou de cima a baixo e sorriu. - não vai dar nenhum mergulho? - isso não seria apropriado. - assim como respirar não é apropriado para você. - zombou enquanto andava até o cavalo, bufei já brava com suas provocações. - para você é fácil zombar do meu modo de pensar, você é um príncipe. É homem, tem total direito de fazer qualquer coisa sem receber punições ou reclamações, agora eu... Sou uma princesa. É totalmente diferente para mim, e você sabe disso. - ele me encarou rapidamente, e sorriu de relance. Mas não havia felicidade naquele gesto. - acho que você não me conhece. - assim como você não me conhece. - ele se aproximou, eu me encolhi. - e gostaria que eu conhecesse? - eu franzi o cenho, não havia entendido seu tom de voz. O jeito como ele havia me dirigido a palavra, tinha sido tão... Intenso. - ora mas isso... - é uma brincadeira princesa, agora por favor... Vamos embora? - me estendeu a mão, que prontamente eu segurei. Sem dificu
Quando os aplausos cessaram, Gadriela tomou a frente sorrindo. - é um prazer ter cada um de vocês reunidos em nosso baile está noite, são todos bem vindos. - mais aplausos. - mas este baile, nada mais é do que uma celebração... Para que conheçam nossa querida Amerie aladian, esposa de meu filho mais velho, Elder. Venha até aqui querida. - ela me estendeu a mão, suspirei e prontamente me aproximei. Cada olho naquele grande salão, estava em mim. - vejam como ela é linda. - alguns sorriram, outros cochicharam. - gostaria que todos em nosso reino a tratassem com carinho e afeição, vamos todos mostrar a querida Amerie como somos um povo receptivo, para que ela se sinta sempre em casa. - abri um sorriso gentil, alguns outros me retribuíram. Outros, apenas se mantiveram impassiveis. Gadriela apertou minha mão, trazendo-me ainda mais para frente. - diga alguma coisa querida. Eu sempre havia me considerado uma pessoa tímida, que não gostava de falar ou estar no meio de grandes multidões.
Alguns dias desde o baile, se passaram rapidamente. Minha apresentação ao reino, havia sido muito comentada. Mas eu ainda notava olhares estranhos de algumas pessoas para mim de vez em quando, era algo que me incomodava. Mas eu não queria pensar sobre isso. Elder continuava deixando-me sozinha no quarto na maioria das vezes e sumia por horas, sendo minha única opção ficar trancada no quarto. Mas eu me recusava a fazer aquilo, então passei a andar mais pelos arredores do castelo. Conhecendo melhor o lugar, mesmo que sempre sozinha ou acompanhada de alguma dama de companhia. Eriel, também havia desaparecido. Eu o via de vez em quando pelos corredores, mas ele parecia cada vez mais distante e estranho comigo. Tentei pensar em alguma justificativa para aquela mudança abrupta, muitas coisas me vieram à mente. Eu estava na floresta próxima do jardim, colhendo algumas Flores. Quando avistei Lizibeth, aparentemente ela estava indo até a aldeia. Me aproximei dela sem demora. - Olá Lizibeth
Era uma bela tarde ensolarada, o sol raiava alto no céu. Enquanto os pássaros cantavam, eu estava sentada no banco do pátio do castelo. Observando a beleza do dia, quando avistei Elder se aproximando para passar pelos portões. Me pus de pé em em um salto, e logo segui em sua direção. - está indo até a aldeia?- sim. - irá demorar? - talvez. - me empertiguei, já muito nervosa.- poderia me levar com você? Eu gostaria muito de conhecer. - ele parou subitamente, se voltando para mim em seguida. - é melhor não, sua apresentação ao reino foi um fiasco. Não quer que seja ainda mais envergonhada, quer? - engoli em seco, e o fitei confusa. - mas... Mas como assim um fiasco?- você sequer conseguiu formular uma palavra para os aldeões Amerie, seria melhor ficar aqui e se poupar de mais vergonha. - seu tom era sutil, quase reconfortante. Dei alguns passos para trás, já sentindo uma pontada em meu coração. - certo, tudo bem. - ele continuou a olhar em meu rosto de forma singela, até que s
Fiquei em minha cama grande, revirando-me de um lado para o outro enquanto encarava o teto. Meu encontro recente com Eriel, ainda estava fresco em minha memória. Olhei em direção a porta, e em seguida para a sacada. A lua estava alta no céu, brilhante. Elder estava lá se sabia onde, bufei. Jogando meus pés para fora da cama, em seguida andando lentamente até a sacada. Observei a vastidão da floresta que cobria a montanha, suspirei por alguns instantes. Até que meus olhos avistaram algo estranho, parecia ser alguém saindo pelos portões do castelo. Mas estava usando um capuz, e estava cambaleando. - Elder? - sussurrei para mim mesma, pensando ser ele. Olhei para a porta novamente, se fosse ele. Ele poderia estar precisando de ajuda, corri até a comoda da cama. Pegando um roupão, colocando-o em seguida e seguindo em direção a porta. Desci as escadas em um salto, e já estava quase chegando até as portas do castelo quando avistei vários criados seguindo para fora. Mas aquilo me deixou a
Me pus de pé em um salto, Elder estava encarando Eriel como se o quisesse matar. E ele, não estava diferente. - sai de perto de mim p*rra! - apenas me diga que entendeu. - você acha que eu sou o que? - maldito covarde! - repita isso! - Elder estava pronto para se colocar de pé, quando Eriel o empurrou mais uma vez contra a parede. Sua cabeça se chocou, eu estremeci. - quer mesmo continuar com isso? - os dois estavam se olhando com o mais puro ódio, eu me aproximei. - eu estou bem Eriel, não precisa continuar com isso. - lentamente ele voltou seu rosto para mim. - ele iria machucá-la. - eu não iria fazer nada disso! - Elder exclamou, meu coração acelerou. É claro que ele iria fazer alguma coisa, eu vi em seu rosto. - acha que eu sou idiota? - já está tudo bem agora. - disse baixinho, seus olhos se voltaram para mim mais uma vez. - está mesmo tentando defender ele Amerie? - aquela havia sido a primeira vez que ele tinha dito meu nome. Tinha saído de forma tão suave, e ao me
Com rapidez a noite recaiu sobre delmar, e com a mesma rapidez o dia surgiu. Mas não era uma manhã alegre, o sol estava escondido atrás de grandes nuvens carregadas. E havia um grande silêncio mortal por todo o castelo. Eu já estava de pé há muito tempo, já me preparando para me vestir. Quando Lizibeth adentrou no quarto. - bom dia minha senhora. - a fitei. - olá Lizibeth. - ela tinha uma expressão impassível, lentamente a moça se aproximou. - que o luto possa ser consolado. - ela disse baixinho próxima a mim, Franzi o cenho. - obrigada, para você também. - é um costume minha senhora, dizer isso aqui em delmar quando algo assim acontece. - assenti em seguida. Eu continue a encarando, enquanto ela me ajudava a pôr o vestido. - ele era um bom rei? - alguns instantes de silêncio se passaram. - já fazia muito tempo que o rei estava debilitado, majestade. Não só por sua saúde, mas... - rapidamente ela se calou, me voltei para ela. - mas? - não é nada minha senhora. - Lizibeth vo