*Merydia* Merydia estava deitada em sua cama, se revirando há horas. Ela já havia chorado duas vezes, mas o sono não vinha. Ela encarou o teto do quarto, sentindo o coração apertado. Ela ouviu a porta de seu quarto se abrindo e ergueu a cabeça pensando ser Canary. mas logo a porta se fechou e ela notou ser uma silhueta alta, vindo em sua direção. -- Enid... Querida, vai continuar me ignorando? Eu já disse... Não foi por mal. -- era uma voz masculina, que ela não reconhecia. Mas ele parecia estar bêbado, pelo seu tom. Ela fez menção de se levantar, mas ele se jogou na cama. Vindo em sua direção, ela sentiu o coração acelerado. -- querida, pare de me ignorar... Isso já é maldade sabia? -- ele tocou seu tornozelo e foi subindo para mais perto dela. -- Enid? -- ela lhe deu um soco, quando ele tentou beijá-la. Fazendo-o gemer de dor. Merydia pulou para fora da cama, pegando o candeeiro. -- AU! Enid? Doeu. -- eu sei, era a intenção. -- ela disse ferozmente. Ela o iluminou. Era um
Canary reabriu os olhos lentamente, ouvindo os pássaros cantando na sacada. Ela fitou o quarto, e logo em seguida a cama. Não havia ninguém ao seu lado, Vahem não estava ali. Ela encarou o teto, ainda relembrando a noite passada. Ela imaginou que iria querer esquecer, mas... Sua mente não parava de voltar ao momento em que ele... Afundou entre suas pernas. Ela cobriu o rosto e se pôs de pé. Rumou até o banheiro e tomou um banho rápido. Logo ela vestiu um leve vestido azul claro. Alguém bateu na porta. -- pode entrar. -- ela se virou na direção da entrada imediatamente, talvez fosse Vahem. -- olá, não estou atrapalhando? -- Merydia questionou. Canary sentiu uma certa decepção. -- não, não está. -- então... Como foi ontem? -- por quê? O que... O que aconteceu ontem? -- ela questionou nervosa. Merydia sorriu confusa. -- o que? Ah... O jantar? -- Canary abriu um sorriso desconcertada. -- ah é, me desculpa eu... Pensei que fosse outra coisa. Merydia a fitou. -- e o que seria?
*Merydia* Merydia estava sentada naquela maldita mesa de jantar, ouvindo a ladainha de Castro sem parar. Enquanto aquele macho estranho, não tirava os olhos dela. Decidida a acabar com isso, ela se pôs de pé. -- Castro, você ainda tem uma biblioteca? -- o macho a encarou. -- sim temos, mas ela se mudou. Resolvemos colocar os livros em um lugar na cidade. -- ela assentiu. -- perfeito, eu preciso ler uma coisa. -- você irá encontrar? -- claro, eu encontro. -- Markus se pôs de pé rapidamente. -- eu a levo até lá. -- não! -- ela praticamente gritou. Ela se forçou a abrir um sorriso gentil. -- eu posso encontrar sozinha. -- mas ele se aproximou, com aquele sorriso no rosto. -- eu sei, mas posso ajudá-la a encontrar mais rápido. -- não quero incomodá-lo. -- não é incomodo nenhum, felina. -- ela só queria chutar suas bolas. -- vamos lá. -- ele rumou até a porta, lhe dando passagem. Mas ela se quer o olhou no rosto, andando em silêncio, enquanto ele ficava atrás dela. -- não en
A conversa que havia tido com Vahem, ainda ressoava em sua cabeça, enquanto Canary tentava dormir. Ela pôs as mãos no rosto, como era possível que ela tinha proposto algo assim? Ela se revirou na cama e tateou, procurando por algo. E logo percebeu que ele não estava ali. Ela tocou na meia lua em seu braço, ele não havia mais dormido no quarto desde a noite do jantar. No silêncio ela recordou da sensação de sua língua, em volta de suas pernas. Ela estremeceu e aquilo começou novamente. Ela foi descendo suas mãos, passando por suas pernas, na esperança de imitar o toque dele. Mas de nada adiantou. Ela bufou furiosa. E ouviu a porta do quarto se abrindo, ela ergueu o rosto rapidamente para tentar enxergar. E logo notou que era ele, entrando de fininho. Ela engoliu em seco e fechou os olhos, fingindo dormir. Ela o ouviu fechar a porta e andar pelo quarto, parando próximo a cama. ela continuou com os olhos fechados. -- você finge muito mal. -- ele disse zombando dela. Canary abriu
*Vahem* Vahem estava deitado na cama, ao lado de Canary. Com as mãos em volta de sua cintura, contra seu corpo nu. Ele não queria acorda-lá. Vê-la daquela forma, tão sua, depois de tanto tempo era estranho. Ele a apertou ainda mais contra seu corpo, ele não queria que aquele momento acabasse. Queria sentir ela ainda mais perto. Ela se mexeu contra seu corpo, mas ele não a soltou. Ele beijou seu pescoço, em cima da marca que havia ficado da noite passada. -- imaginei que você iria ter fugido pela manhã. -- ela disse em um sussurro. Ele sorriu. -- eu não poderia nem se quisesse. -- ele a soltou lentamente e ela se virou para ele, para o olhar nos olhos. Tudo parecia diferente hoje, ele não se sentia mais o mesmo. -- tudo bem? -- ele questionou. Ela sorriu levemente. -- bem... Estou sentindo uma dor, mas não precisa se preocupar. -- ele se sobressaltou. -- posso olhar para você. -- ela se encolheu. -- de jeito nenhum. -- ele riu voltando para olhar para ela, ele acariciou seu
Os dois estavam se chocando contra as paredes do banheiro, enquanto Vahem apertava Canary contra seu corpo. Ela segurava sua nuca com força, o puxando ainda mais para perto dela. Porque apenas aquela proximidade não era suficiente.-- Vahem... Eu... Não acho que seja uma boa ideia. -- ela arfou contra seus lábios. Mas ele não se afastava, e ela não queria que ele se afastasse. -- é... Eu também não. -- ele falava enquanto apertava sua bunda, com suas mãos grossas. Ele apertou suas pernas e a tirou do banheiro, nos braços a levando de volta até a cama. Ele a deitou e logo em seguida, subiu em cima dela. Beijando seu pescoço, enquanto ela remexia seus quadris em direção a ele. -- que cheiro estranho. -- ela sussurrou. Vahem parou por um minuto, se afastando dela. E fitou a cama e logo descobriu o que era. -- é sangue. -- sangue? De quê? -- ela se sobressaltou, sentando na cama. Vahem apontou para a colcha. -- isso... Isso é normal? -- Canary sentiu o coração acelerado, ele lhe
Canary se manteve imóvel, tentando processar o que tinha acabado de ouvir. Mas era impossível demais, para ser real. -- isso... Isso é mentira. -- sinto muito que ele não tenha contado, Canary. -- ela o encarou. -- Castro, como isso é possível? Eu... Eu não consigo acreditar. -- o macho se aproximou dela. -- a linhagem de Vahem é por inteira, real. Seu pai era um maldito rei insano, que era odiado. Vahem mais do que todos, sempre detestou seu título. -- ela engoliu em seco, massageando a têmpora. -- ele se intitulava "lorde" Castro, ele é... Ele é um licano! -- Castro lhe lançou um sorriso gentil.-- ainda tem muito que você não sabe sobre nós, Canary, sobre o que podemos ser ou não. Vahem é o príncipe de um reino chamado "montanha vermelha" é um lugar lindo e muito conhecido, é o lar de enormes árvores vermelhas. Dizem que a terra de lá deu as características de sua família, pois quase todos que tem a linhagem pura no sangue, tem os cabelos vermelhos. -- Canary sentia o ar pesa
*Merydia* -- Maldição! -- Merydia exclamou, quando não conseguiu fazer um simples feitiço de levitação. Ela estava sentada próxima ao lago, tentando fazer algumas folhas levitarem, mas nada vinha. -- eu odeio, odeio ser tão inútil. -- ela bateu na cabeça, respirando fundo. Ela fechou os olhos por alguns instantes, tentando meditar. -- que bom que cheguei a tempo, pensei que talvez você já estivesse boiando no lago a essa hora. -- Markus disse se aproximando, e logo Merydia revirou os olhos. -- você sabia existe um termo para você? -- ele se aproximou ficando ao seu lado. -- sim, lindo e maravilhoso. - ela riu. -- não se chama "obsessor" uma criatura que suga as forças e energias de tudo ao seu redor. -- ele pôs a mão no coração. -- está vendo isso? Você me magoou. -- ela se pôs de pé, mas ele a prendeu contra a árvore. -- o que pensa que esta fazendo? -- apreciando sua beleza. -- nossa você é tão previsível. -- ele se aproximou ainda mais e Merydia sentiu a respiração dele