A noite estava fria, Canary estava agasalhada, deitada em sua pequeno saco de dormir, Quando Vahem adentrou na tenda. Ele vestia apenas um casaco, e logo rumou até ela. -- por quê acamparmos justamente aqui? -- ela questionou batendo os dentes. Ele abriu um leve sorriso, enquanto deitava ao seu lado.-- faltam apenas dois dias para chegarmos em montanha vermelha. -- ele disse com certo pesar.Canary tocou sua mão. -- você está bem?-- estou. -- me fale a verdade. -- ele voltou seu olhar amarelo para ela. -- tenho medo do que pode acontecer, tenho medo... De rever Klaus, de... Eu não sei. - ele fechou os olhos, massageando a têmpora. -- eu não quero matá-lo, Canary. Nunca quis, temos uma péssima história, mas... Eu ainda lembro quando nós apenas brincávamos, mesmo que poucas vezes! Lembro de falarmos sobre em como seríamos tios bons, um para o filho do outro. -- ele sorriu com pesar, Canary sentiu o coração apertado. -- quando eu olhei em seus olhos pela última vez, eu não vi na
Quando o dia enfim chegou, o bando já estava todo pronto. Canary estava próxima a floresta, pensando. Faltava muito pouco para chegar em montanha vermelha, e seu coração acelerava sempre que pensava no que poderia acontecer. Ela lavou o rosto, e logo sentiu algo estranho na floresta. Um pressentimento, como se algo, ou alguém a estivesse observando. Ela fitou a floresta, e nada ela viu. Rapidamente ela pensou que poderia ser algum animal, ou talvez um dos licanos de Vahem. Mas a sensação ficou mais intensa, como se algo estivesse com os olhos vidrados nela. -- olá? Vahem? -- mas nada respondeu, ela sentiu um certo arrepio na nuca e resolveu sair dali rapidamente.Ela andou até os cavalos, para ver se todos estavam prontos, quando ela avistou Merydia próxima a colina, agasalhada encarando o horizonte. mesmo relutante, ela resolveu se aproximar, ficando bem ao seu lado. Merydia a fitou rapidamente. -- aquilo que você disse a Verona, eu gostei muito. -- ela disse baixinho. Canary a
*Merydia* Ela estava presa no cavalo contra sua vontade, sentindo a respiração acelerada de Markus contra sua nuca. Naquele momento, Merydia só queria chegar logo à montanha vermelha. Markus se moveu lentamente, aproximando seus quadris de Merydia. -- chega. -- ele sorriu. -- tem uma coisa que eu queria conversar com você. - ela se manteve em silêncio. -- ontem eu estava conversando com meu pai, e ele disse... Que nós devemos ter um herdeiro. -- ela se sobressaltou virando seu pescoço para olhar para ele. -- você está louco? -- eu não disse que eu queria isto! Estou apanas lhe contando o que ele me disse. Merydia teve que respirar fundo, seu coração estava acelerado. -- e o que você disse a ele? -- bem... Disse que iríamos pensar na ideia. -- ele disse baixinho.-- eu não quero um filho, não quero ter um bebê apenas por... Obrigação, já basta essa união. -- Markus respirou fundo, enquanto apertava as rédeas do cavalo. -- nisso concordamos, eu também não quero ter uma crian
Quando o dia enfim chegou, todos estavam prontos para seguirem viagem. Vahem estava quieto aquele dia, e assim se seguiu quanto mais eles seguiam por aquela floresta. A todo instante, Canary encarava a floresta sentindo aquela maldita sensação que havia algo ali, os observando. Os seguindo. -- Vahem, seus licanos ainda estão na floresta? -- ele se sobressaltou, enquanto assentia. -- sim, estão nos seguindo ao longe. -- ela respirou fundo, enquanto sentia algo estranho. -- por quê? -- n... Nada. -- ela não queria preoculpá-lo, não naquele momento. A viagem durou por mais três dias, como o esperado. E Canary mal dormia a noite, sentindo seu coração apertado, sentindo algo ao seu redor. -- agora temos apenas mais um dia de viagem. -- Vahem disse com pesar encarando o caminho a frente, enquanto guiava o cavalo. Canary sentiu seu corpo rígido, o modo como sua respiração estava rápida. -- você... Consegui senti-lá? -- o que? -- Merydia me disse que conseguia senti-lá, montanha ve
*Merydia* Ela caminhou lentamente por aquele enorme salão de entrada, relembrando todas as vezes que havia sido expulsa dali. Que havia sido amaldiçoada por seu pai.Ela se aproximou do trono, ficando á uma certa distância. Ele parecia tão grande, tão... Ameaçador. Ela sentiu o coração acelerado, sua cabeça começou a rodar, seu coração estava batendo muito rápido, ela sentiu o ar faltar em seus pulmões. -- não é bem o que eu esperava. -- Markus disse atrás dela, enquanto Merydia sentia que iria desabafar a qualquer instante. -- sabe eu... Merydia? -- ele correu rápido até ela.Ele viu seu estado, seu rosto estava vermelho, ela estava suando. Sem pensar duas vezes, ele a colocou nos braços correndo com ela para fora. Merydia sentia que seu mundo estava desabando. Markus a colocou no chão, já próximo há algumas flores.-- respire, ei... Ei... Lembra que me detesta? Você terá que continuar viva para tal. - ele massageou suas costas, enquanto ela apoiava as mãos nos joelhos. Lentame
Canary passou o resto do dia tentando se aproximar de Vahem. Mas o macho estava distante e silencioso. Sempre rondando pelo palácio ao longe. Ela engolia em seco, todas as vezes que tentava se aproximar. Rapidamente com o cair da noite, fora montado uma enorme fogueira no salão de entrada do palácio. Todos bebendo e comendo o que viam pela frente. Canary os deixou a sós, comemorando e resolveu explorar o palácio. Ela subiu a Enorme escadaria, rumando para o andar de cima do palácio. Era escuro, frio. Não havia uma boa energia ali. Ela cruzou os braços tentando se aquecer, enquanto subia um pouco mais. Ela chegou em um enorme corredor, havia um eco enorme. Que a cada passo que dava, Canary sentia como se alguém a estivesse seguindo. Ela se virou para trás bruscamente, tentando distinguir se era realmente só uma sensação. Ela engoliu em seco e voltou a andar. Quando chegou ao meio do corredor, ela avistou um enorme quadro. Lentamente ela se aproximou, estava empoeirado e desgast
Canary sentia sua cabeça zonza, enquanto tentava recobrar a consciência. Ela estava imóvel, sem conseguir distinguir um metro ao seu redor. Logo ela percebeu que estava em uma cama, ou pelo menos parecia. O lugar onde estava era escuro, não havia janela alguma. Era silencioso. Lentamente ela conseguiu abrir os olhos fitando o lugar onde estava. Ela ouviu um barulho vindo de um canto daquele lugar, e imediatamente ela fechou os olhos fingindo dormir. -- esse truque não irá funcionar comigo. -- sua voz era tão idêntica a de Vahem, que seus sangue ferveu. Como era possível? Ela se sobressaltou se encolhendo em um canto da pequena cama. O macho se aproximou. Ele parecia mais alto que Vahem, seus braços eram mais largos, seus cabelos eram vermelhos, mas eram ondulados e bagunçados. Ele tinha uma barba mal feito, e seus olhos eram negros, como a noite mais escura. Ele vestia apenas uma calça preta, Canary fitou seu peitoral. Era largo, definido e cheio de marcas e cicatrizes. O mac
*Vahem* Ele estava voltando para o palácio, Furioso consigo mesmo. Quando sentiu algo estranho, uma presença que arrepiou sua nuca. Ele se virou lentamente para trás, fitando a floresta vermelha, mas tudo estava quieto. -- Canary? -- ele começou a voltar para onde ela estava, até que seu coração disparou quando ele a ouviu gritar. -- CANARY! -- Vahem saiu correndo desesperado em direção a ela, mas quando chegou novamente até o banco de madeira, Canary já não estava mais ali. Vahem sentiu seu sangue fervendo, sua cabeça começou a doer como nunca.Ele urrou de forma grutal. -- KLAUS SEU FILHO DA PUTA! -- ele caiu no chão, se debatendo e rapidamente se transformou no rouge. Ele uivou para a lua e saiu correndo em direção a floresta, procurando o cheiro de Klaus mas não havia nada. Ele procurou pelo cheiro de Canary, mas também não havia nada. Ele se chocou contra as árvores e pedregulhos, havia fogo correndo por suas veias. De repente seus licanos que estavam na floresta escondi