Canary estava em sua cela, tentando cortar um pedaço de madeira de sua cama, para fazer uma pequena arma. Quando ela ouviu a porta de sua cela sendo destrancada, rapidamente ela se sentou, como se nada estivesse fazendo. Ela se sobressaltou, quando uma fêmea jovem, de cabelos castanhos de pele bronzeada e expressão séria, se aproximou a puxando pelo braço. -- quem é você? -- mas a fêmea se manteve em silêncio, enquanto a levava para fora. -- nós... Nós podemos conversar? Você é alguma amiga de Klaus? -- mas ela se manteve em silêncio, enquanto a puxava pelas escadas. -- olha eu... -- ela parou bruscamente enfrente a porta do banheiro, e apontou logo em seguida, para que Canary entrasse. -- por favor eu... -- ela empurrou Canary. Ela engoliu em seco, e adentrou logo em seguida. Canary bufou furiosa, já tirando seu vestido. Mas se sobressaltou quando viu Klaus dentro da banheira. Ali ao lado havia um pequeno banquinho, alguns sabonetes e uma esponja. -- olá delícia, venha até
*Vahem* Já faziam cinco dias desde o desaparecimento de Canary e Vahem sentia-se cada vez mais desgastado mentalmente. Todos os licanos estavam nas regiões próximas, procurando por Klaus, mas o irmão se quer parecia ter existido. Vahem estava assentado no trono de seu pai, com uma expressão feroz no rosto, enquanto um dos licanos traziam algumas pessoas para serem interrogadas. Um velho senhor de aparência franzina, foi jogado aos pés do trono. Seu rosto era magro, ele estava esquelético. Mas ainda sim o homem tinha uma expressão rígida em seu rosto. -- sabe de algo sobre Klaus? - Vahem questionou sem demora. O velho senhor ergueu o rosto para olhar para ele, mas o homem se manteve quieto. Vahem respirou fundo e se recostou em seu trono. -- irei perguntar novamente... Sabe de algo sobre Klaus? -- o homem engoliu em seco, fazendo um gesto com a mão, como se pedisse água. Um dos licanos se aproximou com um copo de água, mas Vahem o mandou ficar onde estava. Lentamente ele se pôs d
Canary estava sentada em sua cama, terminando de comer alguns pedaços de carne cozida, quando ouviu a porta de sua cela se abrindo. Ela se manteve onde estava, terminando de engolir sua comida. Aquela jovem fêmea de cabelos castanhos, surgiu.Ela carregava diversos vestidos, junto de si. Que logo ela pôs em cima da cama, bem ao lado de Canary. Ela fitou as roupas, todas em tons quentes. Todos vermelho, ou laranja. -- o que significa isso? -- a fêmea se manteve quieta, a encarando com sua expressão séria. -- para que todas essas roupas? -- ela se pôs de pé furiosa. -- você pode por favor...-- são um presente. -- Canary se sobressaltou ao ouvir sua voz tão fina e doce, seu rosto era tão sério. -- ele quer que eu vista isso? -- aparentemente sim, ele me fez trazer tudo isso até aqui. -- Canary a encarou, ainda surpresa. -- para quê?-- eu não posso contar, mas saiba... Ele quer muito sua presença. -- Canary se enrijeceu ao tocar nos tecidos, eram macios, chamativos. Ela se vol
Naquela noite, Canary não conseguiu dormir. O modo como Klaus havia falado, o modo como as coisas estavam se encaminhando, um baile. Ela engoliu em seco, enquanto tentava dormir. As coisas que ele havia dito sobre Vahem, sobre o que ele estava fazendo, ecoavam em sua mente. Ela não queria acreditar, não queria. Mas todas as vezes, a lembrança dele falando sobre como destruiu a capital azul inteira, o modo como ele já havia sido, voltavam em sua mente. Ela estava se revirando na cama, quando se assustou ao ver Heloíse parada ao lado de sua cama. -- PELOS DEUSES! -- ela se sentou na cama, Heloise sorriu. -- me desculpe, não queria assustar. -- bem... Não funcionou. -- Heloíse sorriu se aproximando. -- o que está fazendo aqui a essa hora? -- Ele pediu sua presença. -- Canary se encolheu na cama. -- a essa hora? Sério! Por quê ele me quer agora? -- ela deu de ombros, estendendo a mão para Canary. -- ele só me pediu para buscá-la. -- ela engoliu em seco, fitando Heloíse. E logo se
*Vahem* Ele estava sentado no banco de madeira, próximo as enormes árvores vermelhas. Seus olhos estavam apagados, inchados, ele estava cheio de olheiras. Ele estava encarando fixamente a floresta, enquanto tocava sua meia lua lentamente. -- Canary... Canary por favor, fale comigo. -- ele tocou em sua meia lua, chamando-a pedindo por ela. -- eu fui um tolo, maldito estúpido! Deveria tê-la ensinado a se comunicar comigo por aqui, deveria tê-la ensinado a se defender melhor. -- ele parou por um instante, sentindo os olhos arderem. -- agora eu chamo por você, quero você e você... Você não está aqui. -- ele sentiu sua voz embargada. -- ela irá voltar. -- ele ouviu a voz fria de Verona, atrás de si. -- vá embora. -- Vahem, pelos deuses... Fale comigo, está aqui há horas! Não comeu, não bebeu... Venha vamos... -- VÁ EMBORA CARALHO! -- ela ficou imóvel, o encarando. -- você ainda sente ela? -- Vahem encarou a floresta. -- sente Vahem? -- sinto. -- então ela não morreu. -- ele ap
Naquela manhã, Canary acordou em seu novo quarto novamente. Ela ainda não podia acreditar que estava a total mercê de Klaus. Ela havia tentado vomitar diversas vezes durante a noite, mas nada saiu. Ela se sentou na cama, encarando o sol que adentrava pela sacada. Lentamente ela se pôs de pé e andou até lá, enquanto tirava sua camisola de seda. Ela ficou nua, em frente ao sol. Sentindo aquele calor adentrando em sua pele, e por um instante ela chamou Vahem, tocando em sua meia lua. Mas só havia silêncio. -- nossa. -- ela se virou rapidamente, Heloíse estava parada em frente a porta. -- eu... Eu não sei bem o que fazer agora. -- Canary abriu um sorriso sem felicidade, enquanto pegava sua camisola e vestia-se novamente. -- eu queria sentir o sol. -- você tem um corpo incrível. -- Canary sorriu para ela, que por sua vez parecia envergonhada. -- deixe-me adivinhar, aquele cretino me quer com ele? -- Heloise deu de ombros. -- na verdade, ele quer que nós estejamos no local onde o
Canary estava sentada no colo de Klaus, enquanto ele a apertava contra si. Instigando Vahem, que não tirava os olhos do irmão. -- nossa Vahem, como você está tenso! Respire um pouco. -- ele disse cheio de ironia. -- fazem anos que não nos vemos, e você... Nem se quer me dá um "oi" isso é muita falta de educação, não foi isso que a mamãe ensinou. - Vahem se aproximou ainda mais do trono, Klaus apertou ainda mais o pescoço de Canary, fazendo Vahem dar para trás alguns passos. -- bom menino, agora... Como está? -- Canary podia sentir a fúria e o ódio que emanavam de Vahem. O macho engoliu em seco, como se estivesse tentando não morder sua língua ao falar. -- eu vou arrancar essa sua maldita mão, e enfiar dentro do seu cu. -- ela pôde sentir o ódio de suas palavras, Klaus sorriu jogando a cabeça para trás. -- que boquinha suja, era essa boca que você usava para chupar Canary? -- ele agarrou seu queixo, fazendo-a se voltar para ele. -- aposto que ela tem um gosto incrível. -- Vahem r
Canary estava ajoelhada no chão do casarão, sentindo todo seu ser quebrado. Todos os convidados já estavam indo embora, saindo um por um. Ela ergueu sua mão, tocando o sangue que estava derramado no chão. Ela apertou sua meia lua, lentamente. Já sem força alguma. Seu rosto estava inchado, de tanto chorar. Ela ouviu passos se aproximando dela, fazendo-a apenas fechar seus olhos. -- quanto drama, vamos lá. -- Klaus falou atrás dela. Um ódio intenso se acendeu dentro de Canary. -- olhe vamos lá... -- ela se pôs de pé rapidamente, rumando até a porta do casarão. Klaus caminhou atrás dela com dificuldade, mancando um pouco. A carruagem estava parada ao lado da porta, Canary logo adentrou. Enquanto encarava montanha vermelha ao longe. Klaus adentrou logo em seguida, gemendo de dor. Sentando-se de frente para ela. Canary se encolheu no canto da carruagem, sentindo seu corpo exausto. Klaus a fitou, seu rosto estava roxo. Ele deu a ordem e a carruagem começou a andar. A viagem