— Você tem certeza disso? — perguntei enquanto ela sentava à uma cadeira. — Sim, eu tenho. — Confirmou. O tatuador olhou impaciente para nós. Uma hora passou até que estivesse pronta. — Está lindo. — Ela olhou encantada para a tatuagem de âncora em seu pulso. Era aquarela, laranja, rosa, azul e verde. Uma âncora com umas pequenas rosas enfeitava seu pulso. Não era uma tatuagem grande, mas era suficientemente linda. — Precisamos comemorar. Afinal, agora você é minha senhora Thomas. E depois poderemos comemorar a noite toda no nosso barco. Compramos um pequeno barco, que estava ancorado no cais ao norte da Cidade, não era luxuoso, mas era bonito e bem dividido. Mais tarde eu compraria um champanhe, e nós faríamos amor. Ela sorriu de alegria, seus olhos brilhando de emoção. Estava tão feliz. — Ah, preciso ir àquele pequeno PuB de Jazz! — pediu com a alegria de uma criança. Chegamos ao pequeno Pub, estava cheio. Pegamos uma mesa, pedimos bebidas e comidas. A música
Alice Corri, como se minha vida dependesse disso. E dependia. A única coisa que queria fazer era ficar, mas não pude. Estava congelada de medo. Não só por mim. Mas por ele. Meu corpo tremia, e parecia uma eternidade até que eu conseguisse chegar na porta dos fundos. Ele me prometeu… Me prometeu que não me deixaria… Que sempre me encontraria. Ele prometeu. Já podia ver a luz da porta. Tudo ficaria bem. Tudo ficará bem… Ou não. — Sentiu minha falta Principessa? Meu corpo estremeceu. Ele estava bloqueando a saída. — Ja-a-ami-i-i-ie… — gaguejei. — Em carne e osso. — Para trás! — gritei. — Me deixe ir… Para trás… Ele vestia terno e luvas pretas, sua arma estava na sua mão. Ele agachou um pouco e soltou a arma no chão. Depois levantou devagar abrindo bem as mãos. Mostrando que não estava armado. — Eu não vou machucar você Principessa. — Eu não vou voltar — afirmei. — Você não vai me obrigar. — Dei passos para trás. — Você não deveria ter fugido. El
Eu não costumo fazer as coisas assim. As fiz, no entanto pela insistência de Colle. Santo Colleri! Quando consegui sair vivo daquele pub em New Orleans, graças a John eu vi Alice entrar desacordada no carro de Jamie. Sim! Eu quis matar o homem. Mas John também insistiu para que eu agisse racionalmente. Jamie tinha muitos homens, e estava muito bem armado. Eu estava sozinho, e sozinho eu não conseguiria. Então deixei que a levassem. John me prometeu que cuidaria dela. Mesmo que eu quisesse quebrar o nariz dele. E eu quase quebrei quando o vi. O maldito deveria nos encobrir, e não ajudar a nos achar. Depois que eles se foram, liguei para Colle, e pedi para que ligasse para Jamie com a respectiva história. E explicasse que já estava pronto para voltar. O homem não estava contente, mas aceitou. Ele sabia, afinal, ninguém cuidava de Alice como eu. Ninguém. — Onde está Alice? — Nicole perguntou exatamente o que gostaria de perguntar, mas não podia. — Bem ali, veja. Vi Alice
Ele plantou os pés na minha frente, me impedindo de entrar pela porta. — Eu sinto muito…Eu não posso fazer isso Al. Ele me fez prometer… — Ethan pareceu engolir o nó que se formou em sua garganta. — Ele me fez prometer que se algo desse errado, que eu tiraria você dessa, custe o que custar. — Você não pode fazer isso Colle! Ele é seu amigo. — Choro inconformada. — E ele ainda está lá. — É por isso que o fiz! Você não entende? — falou amargurado. — Ele me fez prometer… O maldito me fez prometer… — Ele esfregava as palmas suadas no rosto. Uma mão alcançou meu ombro, logo me virei e me deparei com Nicole. Seus olhos estavam marejados e seu rosto vermelho, como se tivesse chorado muito. Então seus braços estavam em mim, sufocando-me, me apertando. Ela soluçava alto e sentia suas lágrimas umedecendo meus ombros. Abracei-a forte, no entanto com medo de machucá-la já que estava na sua forma mais redonda. Abri meus olhos e percebi meus pais. Todos me olhando como se eu tivesse a c
As coisas passaram em instantes, em um minuto estava presa na minivan de um desconhecido, por horas, e depois estava sendo jogada em um cômodo qualquer. Acordei novamente enjoada, nem sabia onde estava, me virei para o lado e vomitei. Minha cabeça doía feito o inferno. Meu corpo também. Com um breve gemido de dor eu abri meus olhos lentamente. Meus pensamentos estavam confusos, mas uma lembrança ocorreu-me de forma brutal… O jantar. Thomas… oh céus… Thomas… meus olhos logo se encheram de lágrimas e chorei, encarando as vigas do teto acima de mim. — Thomas… — chamei seu nome enquanto soluçava alto, não me importando mais nada. Até que um barulho me chamou a atenção e percebi que não estava sozinha. Me levantei devagar, e me assustei ao ver pelo menos dez pares de olhos me olhando com medo e curiosidade. Lembrando-me completamente do que havia acontecido, pânico se instalou em mim, e antes que pudesse falar qualquer coisa, corri da cama, cambaleando em meus próprios pés, quase
Logo ela gritou ordens para que os homens me tirassem de cima dela. Em seguida eu estava em pé, com um homem me segurando com força, torcendo meus pulsos de forma dolorosa nas costas. Ela se levantou, ajeitando os cabelos, tentando soar elegante, mas um nervo se contraiu em seu rosto, mostrando que estava perto de perder o controle. — Você tem sorte que meus compradores são exigentes… senão eu juro que você se arrependeria profundamente disso — disse entredentes. — Ou melhor, você vai se arrepender, Adrian é um cliente extremamente difícil, se ele lhe escolher, vou deixar claro que você precisa de bons modos. Miguel! — gritou ao homem que havia me levado até ali. — Levea. Antes que eu pudesse assimilar algo, estava sendo arrastada pelos corredores, tropeçando em meus próprios pés, e gritando a plenos pulmões. Eu queria poder gravar algo sobre aquele lugar, o que percebi foi que a sala onde acordei tinha uma grande porta de ferro reforçada impossibilitando qualquer um de ar
Girei o corpo para encontrar atrás de mim ninguém mais que Salvatore, um soldado da família Gambino, um soldado que jurou lealdade aos Gambino. Senti-me muito doente, a ponto de desmaiar. — Salvatore… — minha voz era um sussurro rouco. — Alice! — Ele pareceu agitado. — Ah, isso não é necessário Miguel. Ele direcionou seus olhos para a mão de Miguel que segurava ainda com força meu braço. Ele me liberou, e eu soltei um suspiro de alívio. — Vejo que não estão te tratando bem. — Ele passou na minha frente, e se apoiou na mesa cruzando os braços sobre o peito. — Isso é um ultraje — disse, exasperado. — Você quer um chá, querida? Parece um pouco pálida. — Você… você me trouxe para cá… — falei baixo, sentindo lágrimas ameaçarem a voltar. — Você trabalha para os Costello? — Não! Não querida! — Ele uniu as sobrancelhas em indignação. — Queria poder lhe dizer que isso era realmente culpa dos pobres Costello, aquilo tudo foi apenas para tirar o foco de nós, e fazê-los no mínim
— Não se preocupe querida — ela falou com deboche. — São apenas exames básicos. O comprador que adquiri-la vai querer usá-la sem pudor. Nós entregamos a mercadoria com certeza que esteja pronta para uso. Oh meu deus, eu estou passando mal… estou passando muito mal. Eu cambaleei para o lado, e apoiei os braços em uma prateleira qualquer. Tinha certeza que estava branca como neve. Não conseguia respirar… oh céus… não consigo respirar… me senti tonta, minhas mãos estavam tremendo, estava suando frio. — Dê água a ela Salvatore, não queremos que ela morra antes de ser vendida. — Sua mãe revirou os olhos. Logo Salvatore se aproximou de mim com um copo de água. Minha boca estava seca, então bebi tudo rapidamente, para logo depois vomitar tudo. Sujei o chão e o Oxford bem engraxado de Salvatore. Meu estômago se contorcia de dor. — Sua puta nojenta — ele gritou e se afastou com nojo. — Há quanto tempo essa menina não come? — Sua mãe perguntou, me olhando como se fosse um rato