Ele plantou os pés na minha frente, me impedindo de entrar pela porta. — Eu sinto muito…Eu não posso fazer isso Al. Ele me fez prometer… — Ethan pareceu engolir o nó que se formou em sua garganta. — Ele me fez prometer que se algo desse errado, que eu tiraria você dessa, custe o que custar. — Você não pode fazer isso Colle! Ele é seu amigo. — Choro inconformada. — E ele ainda está lá. — É por isso que o fiz! Você não entende? — falou amargurado. — Ele me fez prometer… O maldito me fez prometer… — Ele esfregava as palmas suadas no rosto. Uma mão alcançou meu ombro, logo me virei e me deparei com Nicole. Seus olhos estavam marejados e seu rosto vermelho, como se tivesse chorado muito. Então seus braços estavam em mim, sufocando-me, me apertando. Ela soluçava alto e sentia suas lágrimas umedecendo meus ombros. Abracei-a forte, no entanto com medo de machucá-la já que estava na sua forma mais redonda. Abri meus olhos e percebi meus pais. Todos me olhando como se eu tivesse a c
As coisas passaram em instantes, em um minuto estava presa na minivan de um desconhecido, por horas, e depois estava sendo jogada em um cômodo qualquer. Acordei novamente enjoada, nem sabia onde estava, me virei para o lado e vomitei. Minha cabeça doía feito o inferno. Meu corpo também. Com um breve gemido de dor eu abri meus olhos lentamente. Meus pensamentos estavam confusos, mas uma lembrança ocorreu-me de forma brutal… O jantar. Thomas… oh céus… Thomas… meus olhos logo se encheram de lágrimas e chorei, encarando as vigas do teto acima de mim. — Thomas… — chamei seu nome enquanto soluçava alto, não me importando mais nada. Até que um barulho me chamou a atenção e percebi que não estava sozinha. Me levantei devagar, e me assustei ao ver pelo menos dez pares de olhos me olhando com medo e curiosidade. Lembrando-me completamente do que havia acontecido, pânico se instalou em mim, e antes que pudesse falar qualquer coisa, corri da cama, cambaleando em meus próprios pés, quase
Logo ela gritou ordens para que os homens me tirassem de cima dela. Em seguida eu estava em pé, com um homem me segurando com força, torcendo meus pulsos de forma dolorosa nas costas. Ela se levantou, ajeitando os cabelos, tentando soar elegante, mas um nervo se contraiu em seu rosto, mostrando que estava perto de perder o controle. — Você tem sorte que meus compradores são exigentes… senão eu juro que você se arrependeria profundamente disso — disse entredentes. — Ou melhor, você vai se arrepender, Adrian é um cliente extremamente difícil, se ele lhe escolher, vou deixar claro que você precisa de bons modos. Miguel! — gritou ao homem que havia me levado até ali. — Levea. Antes que eu pudesse assimilar algo, estava sendo arrastada pelos corredores, tropeçando em meus próprios pés, e gritando a plenos pulmões. Eu queria poder gravar algo sobre aquele lugar, o que percebi foi que a sala onde acordei tinha uma grande porta de ferro reforçada impossibilitando qualquer um de ar
Girei o corpo para encontrar atrás de mim ninguém mais que Salvatore, um soldado da família Gambino, um soldado que jurou lealdade aos Gambino. Senti-me muito doente, a ponto de desmaiar. — Salvatore… — minha voz era um sussurro rouco. — Alice! — Ele pareceu agitado. — Ah, isso não é necessário Miguel. Ele direcionou seus olhos para a mão de Miguel que segurava ainda com força meu braço. Ele me liberou, e eu soltei um suspiro de alívio. — Vejo que não estão te tratando bem. — Ele passou na minha frente, e se apoiou na mesa cruzando os braços sobre o peito. — Isso é um ultraje — disse, exasperado. — Você quer um chá, querida? Parece um pouco pálida. — Você… você me trouxe para cá… — falei baixo, sentindo lágrimas ameaçarem a voltar. — Você trabalha para os Costello? — Não! Não querida! — Ele uniu as sobrancelhas em indignação. — Queria poder lhe dizer que isso era realmente culpa dos pobres Costello, aquilo tudo foi apenas para tirar o foco de nós, e fazê-los no mínim
— Não se preocupe querida — ela falou com deboche. — São apenas exames básicos. O comprador que adquiri-la vai querer usá-la sem pudor. Nós entregamos a mercadoria com certeza que esteja pronta para uso. Oh meu deus, eu estou passando mal… estou passando muito mal. Eu cambaleei para o lado, e apoiei os braços em uma prateleira qualquer. Tinha certeza que estava branca como neve. Não conseguia respirar… oh céus… não consigo respirar… me senti tonta, minhas mãos estavam tremendo, estava suando frio. — Dê água a ela Salvatore, não queremos que ela morra antes de ser vendida. — Sua mãe revirou os olhos. Logo Salvatore se aproximou de mim com um copo de água. Minha boca estava seca, então bebi tudo rapidamente, para logo depois vomitar tudo. Sujei o chão e o Oxford bem engraxado de Salvatore. Meu estômago se contorcia de dor. — Sua puta nojenta — ele gritou e se afastou com nojo. — Há quanto tempo essa menina não come? — Sua mãe perguntou, me olhando como se fosse um rato
— Eu vou matar você! — gritei. — Eu vou te matar! — Eu juro que não vão faltar oportunidades — resmungou entredentes, com o punho fechado. — Você não tem ideia — ele sacudiu sua cabeça para os lados e deu um sorriso doentio —, dos meus planos para você. Você não faz ideia das formas que eu imaginei matar você. — Ele apontou a adaga que estava na sua outra mão para o meu pescoço, aplicando uma suave pressão. — Eu poderia acabar com isso tão rápido. — Sua voz pareceu melódica, calma, mas seus olhos eram pura ira. Estiquei meu pescoço na tentativa de afastar a pressão da adaga, que parecia bem afiada. Não queria ser degolado, no entanto não iria implorar, se eu tivesse que morrer, que fosse com orgulho. Podia até sentir um fio de sangue descendo por meu pescoço e peito. Mas então ele afastou a adaga. — A gente pode fazer isso de duas formas, você me ajuda a resgatar Alice, e se der sorte, pode sair disso tudo vivo, ou você não me ajuda, e morre de qualquer forma. O que prefere?
Quatro dedos, seis dentes, e um cheiro infernal de carne queimada. O homem desmaiou incontáveis vezes, mas Jamie sempre o acordava, o homem tinha estômago, era um sádico doente. Minhas entranhas doíam só de pensar em Alice com ele, e o inferno que passou. Diversas vezes passou um filme na minha cabeça, onde eu o matava. Mas sabia que precisava do cara. Ele tinha contatos e informações que eu precisava para achar Alice. Mas eu só o manteria vivo até resgatá-la, um homem como ele não merecia viver, ele era tão monstruoso quanto os homens que levaram Alice. — AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHH — O grito agoniado do homem cortou o cômodo. — Eu falo… — ele disse com a voz entrecortada — por favor, eu falo o que eu sei! — Lágrimas saltavam dos seus olhos inchados. — Por favor, não faça mais. — Ele se encolheu ao ver Jamie aproximar o maçarico do seu rosto. — Vamos, desembucha. — Jamie não perdeu tempo. — E-e-eu só levo as mulheres até ao ponto de encontro. Elas veem em contêineres, d
— O filho da puta a comprou! — ele disse enojado. — Ela não fala muito bem o seu idioma, é italiana. Diz que veio em um contêiner com mais dez mulheres, foi comprada por Adrian em um leilão há quase dois meses. Não sabe o endereço, veio vendada. Mas garante que ele sabe. — Não… Isso não é verdade! — disse desesperado. — Essa Mulher é só uma prostituta! — Não, ela não é! — Jamie atravessou a sala como um raio e acertou o rosto do homem com o punho da arma. O rosto do homem sangrou. — Onde acontece esse evento? — Eu não tenho certeza! — Ele assumiu, com a voz trêmula. — Sempre são dois endereços, mas em apenas um acontece o leilão. — Isso é mentira! — Jamie gritou nervosamente. — Por que eles dariam endereços falsos? — A polícia! — disse. — Estavam tendo problemas com a polícia. Então eles passaram a mudar sempre o endereço, são sempre dois endereços, mas apenas um é verdadeiro. Sempre levo um representante, para que um de nós dois possa conseguir efetuar a compra. Ouv