CAPITULO 2

Zeus Galanis

Já faz uma hora e meia que corro pelo Central Parck, hoje é sábado e não precisei ir para o hotel, teria o final de semana livre para relaxar, após uma semana inteira árdua de trabalho.

Faz uma semana que a funcionará que Teté contratou trabalha para mim, porém nunca nos encontramos, mas sempre que chego em casa, após um dia cansativo de reuniões tem uma comida deliciosa e como sempre seus bilhetinhos se referindo a mim como um senhor de idade avançada.

Ao contrário da Teté a nova funcionária não dorme no trabalho e como minha semana foi agitada sempre chego em casa mais tarde e a Manuela não está mais, porém a casa está sempre impecável.

Chego em frente ao meu prédio, sigo para as escadas, hoje eu estou com a energia de Hércules, porém esbarro com uma pessoa no hall do prédio.

— Opa desculpe — a moça havia se desequilibrado e caído com o tombo, percebo que é o avião loiro do elevador de uns dias atrás — A senhorita se machucou? — dou-lhe a mão para ajudá-la a levantar.

— Estou bem — pega na minha mão e fica me olhando hipnotizada por alguns segundos — Me chamo Kate, como nunca nos vimos pelo prédio antes? Um monumento desse não passaria despercebido por mim.

A moça é muito bonita, mas tem uma voz fina não muito agradável aos ouvidos.

— Prazer só na cama, satisfação, me chamo Zeus — beijo a sua mão e ela se derrete toda sobre o meu olhar predador, não lhe contei que já nos vimos no elevador afinal daria muita moral já que pelo visto ela mal me olhou naquele dia.

—  Nome de Deus grego, você faz jus ao nome e pelo visto falamos a mesma língua — me olha sugestiva, parece que não precisarei ir a minha caçada hoje.

Olho mais detalhadamente para a roupa que ela usa, um short jeans que parece ter sido costurado em seu corpo, cobre aquela bundinha empinada e só cobre ela mesmo, uma blusinha apertada marca bem seus seios em um decote que deveria ser proibido uma hora dessa do dia.

— Na minha casa ou na sua? — pergunto sem nenhuma cerimônia pois da forma que me olha indica o que ela quer e não irei me fazer de inocente.

— Prefiro na sua — pondero uns segundos pois nunca havia levado uma conquista de apenas uma noite na minha casa.

Dane-se, pego a moça que nem lembro mais o nome pela cintura e sigo rumo ao meu apartamento, entramos no elevador e aperto o botão da cobertura.

Quando as portas de ferro se abrem em meu apartamento puxo aquela mulher para mim e vou tocando em todo seu corpo, ela corresponde à altura não se fazendo de puritana e nem se importando com o meu suor, ela tenta beijar minha boca, mas a afasto pois não gosto de beijar na boca de qualquer uma, eu acho um contato íntimo demais para duas pessoas que só querem se satisfazer.

A gostosa senta em meu colo e começa a rebolar beijando todo meu pescoço, retiro sua blusa e toco naqueles seios médios durinhos e percebo de cara que usa prótese de silicone, não que eu me importe com isso.

— Você gosta assim? — pergunta rebolando em cima de mim e esfrega seus mamilos no meu rosto.

A tiro do meu colo, giro nossos corpos ficando por cima e começo a sugar seus mamilos, em resposta ela arqueja e começa a gemer, a essa altura não me importo com sua voz extremamente fina e que não é nada excitante quando geme.

Retiro seu short, vejo que a safada está com uma micro calcinha de renda branca, vou beijando sua barriga e indo em direção a sua vagina coberta pela calcinha ...

— Aaaah — saio de cima da mulher seminua rapidamente com o susto e olho para onde veio esse grito estridente.

— Mas o que você está fazendo aqui? — pergunto impaciente olhando para a garota assustada com as mãos nos olhos presumo que seja a tal funcionária nova pois ninguém entraria no apartamento sem permissão.

— Desculpe senhor, eu vim buscar um pertence que esqueci ontem e não sabia que o encontraria em um momento íntimo — a garota fala de uma vez em um único fôlego e continua com as mãos nos olhos, mas agora de costas.

— Quem é essa garota? — a mulher questiona visivelmente alterada.

— Ham, será que você poderia ir embora, depois falamos é... — qual é o nome dela mesmo? Tento me lembrar.

— Você que sabe — fala vestindo sua roupa e sai do meu apartamento pisando duro.

— Pode se virar agora é ...

—  Manuela, senhor?

—  Zeus — respondo sondando suas feições, porém é difícil notá-la mais detalhadamente já que a sala está com pouca luz.

Vou até o interruptor e a sala fica iluminada revelando o rosto daquela bela garota e nossa, meu coração falha uma batida.

—  Eu sinto muito senhor Zeus, eu vim buscar um livro que esqueci aqui ontem e eu precisava muito dele — diz se justificando enquanto eu fico admirando sua beleza embasbacado — O senhor está bem?

Saio do meu estado hipnótico e começo a fazer uma análise completa.

Cabelos castanhos, pele branquinha, seios fartos, corpo torneado cheio de curvas e olhos azuis completam aquela deusa Afrodite.

— Pensei que fosse mais velho — saio do meu devaneio com sua fala.

— Percebi pelas suas cartinhas — comento com um meio sorriso e noto suas bochechas ganharem um tom mais vermelho e aquela mulher não poderia ficar mais bonita.

— Preciso ir, segunda estarei de volta, tenha um bom final de semana senhor Zeus, com licença — sai deixando-me sozinho naquele apartamento enorme e pela primeira vez sinto meu coração acelerado por uma mulher.

— Tchau bela — respondo baixinho sabendo que ela não iria mais me escutar.

Resolvo tomar um banho para tirar esse suor do corpo e me aliviar um pouco.

No banho enquanto me toco só consigo pensar naqueles olhos azuis e nos seios fartos, após chegar no meu ápice e sair do banho começo a refletir sobre o que eu acabei de fazer, isso só pode ser falta de sexo.

Meu celular começa a tocar, me enrolo na toalha e caminho até ele para ver quem é.

—  Oi Pedro, quanto tempo — Pedro é meu amigo de farras, nos conhecemos em um congresso de direito que teve no meu hotel a um ano e nos tornamos parceiros de noites regada a muita bebida e a muita mulher.

— Fala meu amigo, hoje é a inauguração da boate Burning Pepper, partiu? — analiso sua proposta

— Te encontro lá as 22:00

— Certo — desligo a chamada e vou me arrumar pois já são 21:20.

  ***********

Chego em frente à boate e ela está super lotada, encontro com Pedro e seguimos juntos para seu interior, passamos direto pela fila de espera, o dono da Burning é amigo do Pedro, então temos entradas Vips.

Não reparo muito nessas paradas de decoração, mas a boate está realmente bem decorada, pelo menos é o que parece olhando superficialmente.

Fomos para o bar pegar uma bebida.

— Então cara, quanto tempo não saímos juntos — comenta Pedro

— Ando cheio de problemas para resolver e chego em casa acabado — respondo, pois, essas últimas semanas têm sido exaustivas, abri uma nova filial do Hotel Galanis não é nada fácil.

— Sei, mas hoje é dia de relaxar, já viu quanta gata tem aqui, vamos a caça — pega sua bebida e vai em direção a uma ruiva que dança rebolando no meio da pista e eu fico ali olhando tudo ao redor, até que meus olhos caem sobre uma criatura encantadora do outro lado do bar com um olhar perdido.

Resolvo ir até ela.

— Está perdida? — sussurro em sua orelha e a jovem dá um pulo do banco super assustada.

— Ah, oi de novo senhor Zeus, o que faz aqui? Quer dizer, desculpe eu não sei o que eu estou fazendo aqui — começa a falar e me parece nervosa.

— Não me parece o tipo de lugar que você gosta de frequentar.

— Eu não sei onde estava com a cabeça quando aceitei vim aqui com a Stephanie, minha amiga e colega de casa, eu queria estar no meu quarto estudando, tenho prova segunda e — ela para de repente — Desculpe eu falei igual uma tagarela, devo estar estragando sua noite.

— Tem que parar de me pedir tantas desculpas — falo a deixando corada e analiso seu traje, um vestido tubinho azul que cai perfeitamente em seu corpo  —  Nos vimos mais em uma noite do que em uma semana não é mesmo ? — pergunto humorado, o que está acontecendo comigo? Essa mulher é uma tentação, não pode estar mexendo tanto comigo.

— Parece que sim senhor.

— Por favor me chame de Zeus, aqui somos apenas conhecidos.

— Ham, prefiro manter a formalidade, afinal o senhor é meu patrão, não vamos confundir as coisas, embora eu tenha pensado que o senhor fosse velho e descoberto de uma forma bem inusitada que não, diga-se de passagem, e lindo a propósito, já deu para perceber o tipo de homem que é o senhor.

— E que tipo de homem eu sou para você Manuela? — falo seu nome de forma sedutora saboreando cada letra — Além de lindo, claro — brinco.

— O tipo de homem que quero bem longe de mim, aquele tipo que pega e não se apega, eu não sou esse tipo de mulher senhor, espero que me desculpe pelo atrevimento mais percebi como me olhou e eu preciso muito do emprego não quero ser mais uma conquista.

Fico em choque com suas palavras, a final o que eu estava fazendo? Ela é minha funcionária tenho que tratá-la como tal.

— Peço que me perdoe se passei essa impressão, mas eu só quis ser educado e acho que a senhorita bebeu além da conta pois não te olho com malícia — minto.

— Ufa, que bom, já passei por tanta coisa que me obrigo a viver sempre na defensiva e sinto muito ter sido tão evasiva, eu estava apenas te sondando — sorri nervosa olhando o salão a procura de alguém.

— Aí está você — Pedro chega tocando em meu ombro e percebo a Manuela trincar o maxilar e nos encarar assustada.

— Vou indo, com licença — Manuela sai disparada para o meio da multidão.

— Uma gata não é Zeus? — pergunta ele olhando na direção em que ela foi e aquilo me deixa com raiva — Uma pena ...

— Uma pena o que? — pergunto mais ríspido do que deveria.

— Ser tão rodada, sabe amigo, notei um leve interesse da sua parte, mas essa daí eu conheço bem, é mais rodada do que a porta do seu hotel, ela era de quem pagasse mais — diz rindo — Ela estagiou no escritório do meu pai um tempo e passou pela mão de quase todos os funcionários do andar — raiva é o que define meu estado nesse momento.

— Tenho que ir — digo já me afastando

— Já? Acabamos de chegar — ele vem atrás de mim.

— Estou com dor de cabeça, fica para uma próxima cara.

Eu não sei por que o fato dela ser uma moça rodada me incomodou tanto, a final cada um faz o que quer da sua vida e principalmente do seu corpo, mas isso não faz sentido pra mim.

Pego meu carro na mão do manobrista da boate e saio catando pneu.

Mais adiante em um ponto de ônibus deserto avisto uma cabeleira castanha que está habitando meus pensamentos, minha vontade é partir sem me importar, mas paro o carro em sua frente e sua expressão mostra medo.

— Vamos te dou uma carona — ofereço e sem pensar duas vezes ela entra quando me reconhece.

— Obrigado, estava com muito medo de ficar aqui sozinha — diz relaxando no banco do carona e mais uma vez as palavras do Pedro não faz sentido, se ela realmente fosse esse tipo de garota por que me daria aquela prensa na boate?

São muitas incógnitas, ela me fala o endereço e seguimos ruma a sua casa.

— Chegamos — digo a olhando

— Obrigada e tenha uma boa noite senhor — agradece e sai do carro, aguardo ela entrar na sua casa e seguir rumo a minha com muitas interrogações na cabeça.

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo