Zeus Galanis No dia seguinte enquanto tomo meu café totalmente, ignorado pela Manuela, leio uma matéria na internet falando que a frente fria passou e todos podem sair da quarentena, é um alívio, pois poderei acompanhar o estrago causado no meu hotel. Termino meu café, me arrumo e sigo para o hotel, mas quando abro a porta do apartamento encontro Poseidon saindo do elevador. — Fala mano — chega me saudando — Vim tomar café da manhã com meu irmão preferido, que Hades não me ouça — fala a última parte cochichando como se tivesse mais alguém além de nós dois. — Chegou tarde, já tomei café e estou de saída. — Estou com fome cara, eu sei que você tem cozinheira aí, Teté me disse que conseguiu contratar uma moça antes de viajar — fala com cara de cachorro sem dono — Não aguento mais comer comida enlatada. — Ah está bom, mas seja rápido quero chegar logo no hotel para ver o tamanho do estrago — falo, por fim, rendido. Caminho para a cozinha e encontro a Manuela concentrada em um livro,
Zeus Galanis Acordo sobressaltado e ofegante após mais um miserável pesadelo, marcas do passado que luto para esquecer, mas estão enraizadas no meu ser a ponto de quase me deixar louco. Resolvo levantar e fazer minha higiene matinal, hoje não terei que ir ao hotel, pois já está tudo encaminhado para a nova reforma e se precisarem de mim, ligarão. Saio do banheiro, vou para o closet, visto uma calça moletom cinza, Nova York como já era de se esperar está fria e cinza, resolvo ficar sem camisa, a casa tem aquecedor mesmo, sigo em direção a cozinha o cheiro de café está muito convidativo. — Bom dia Manuela — saldo a jovem que está coando o café quando adentro o local. — Bom dia, senhor — fala e então vira a cabeça em minha direção me analisando minunciosamente parando em seguida no meu peito nu e ficando levemente ruborizada, que gracinha, então de repente o café quente começa a cair para o lado queimando sua delicada mão — Ai ai ai — ela grita e corro igual Aquiles para o seu lado,
Zeus Galanis Foi um dia exaustivo, problemas deveria ser meu nome do meio, a caminho de casa observo a cidade de pedras que é Nova York, tão cinza, tão viva, minha mãe não entende como me acostumei aqui tão fácil depois de crescer cercado pela imensidão azul do mar Egeu, nem eu sei por que gosto de viver aqui, talvez por que não me traz lembranças. Chego no meu apartamento e está tudo muito arrumado em um clima de boate boemia, tenho que admitir, Poseidon sabe se meter em confusão quando quer e eu um louco por permitir isso no meu apartamento. Caminho pelo apartamento, vendo um monte de gente pra lá e para cá terminando os últimos detalhes, na área da piscina vejo muitas mesas e cadeiras a sua volta, um pequeno bar já está montando e o DJ já prepara o som. — Você chegou irmão — Poseidon vem até mim vestindo uma bermuda preta com uma camisa de gola polo cinza com um tênis preto finalizando seu traje. — Por que eu permitir essa festa mesmo? — pergunto levemente incomodado, no fim eu
Zeus Galanis — O que você quer? — ouço Manuela com a voz embargada. — Eu quero você — responde Pedro cinicamente — Sabe, lembrar os velhos tempos eu, você, um sofá ou uma cama não sou exigente sabe disso. Raiva me consome, fico em ponto de entrar lá e socar a cara do desgraçado por desejar tê-la, ela é minha caramba, só não sabe ainda, mas o que mais irrita é que não posso simplesmente entrar lá e socar o filho da puta. — Por favor Pedro, alguém vai entrar aqui — fala com medo, medo de serem pegos? Estou quase enfartando aqui de ódio. — Calma Manuzinha, ninguém vai sentir nossa falta, podemos aproveitar, vai ser gostoso, você vai gostar, ainda está como a deixei? Sabe que vou ficar triste se a resposta for não, sabe que estou te procurando a muito tempo? — pergunta, mas não obtém resposta — Te vi aquele dia na boate e só, você anda fugindo muito de mim, me deixou magoado — fala com a voz rouca. — Pedro não por fav...— então ela se cala e eu penso duas vezes antes de abrir a por
Manuela Smith A vida realmente é uma filha da mãe as vezes, agora deitada na cama observando o teto branco do quarto, começo a repensar em todos os acontecimentos da minha vida, quando tudo começou a ruir? Desde a morte de meus pais que uma dor sufocante se apodera do meu ser, não é fácil ser sozinha no mundo, vagando pela terra sem ter onde chamar de lar, muito menos ter alguém para voltar. Passei um tempo sozinha tomada pela dor do luto, mas minha amiga Stephanie me ajudou a seguir em frente e com o tempo fui me sentindo confiante em voltar a ser a mesma Manuela alegre e divertida que sempre fui com minha família. A um tempo conheci um rapaz, Pedro, na verdade um monstro, mas só descobrir tarde demais, porém, enquanto estava na inocência pensei gostar daquele patife que tornou a minha vida um inferno, e bom, naquela época a Manu doce que sonhava com contos de fadas morreu. Começo a relembrar dos últimos acontecimentos, em Pedro tentando me forçar a ter relações, em Zeus me ajudan
Zeus Galanis Sinto uma raiva mortal ao escutar aquelas palavras, nenhuma mulher merece passar por um relacionamento abusivo, e esse sentimento que aflora no meu ser por essa jovem é desconcertante, nunca me sentir dessa forma, desejo tomá-la para mim para cuidar e proteger, mas tenho que ter calma ela já sofreu demais, tenho que mostrá-la que posso cuidar dela, ser um homem bom que ela merece, embora haja controvertias. Ela ainda está em meus braços chorando o que me machuca, não sei o que falar para acalmá-la, pois tudo que sinto é raiva daquele desgraçado, me enganando, me fazendo acreditar que ela era prostituta. — Desculpe pela cena, na maioria das vezes não sou tão sentimental — fala quando sai do meu abraço — É que relembrar tudo machuca e saber que não posso me defender sozinha é agoniante, logo eu que não tenho ninguém no mundo — fala. — Tem a mim — falo alisando seu belo rosto e encarando seus olhos azuis, ela dá uma gargalhada nervosa. — O senhor é apenas meu patrão, que
Zeus Galanis Saber que minha bruxinha passou por maus bocados dói na minha alma, aquele desgraçado não tinha o direito de tentar forçá-la, saber que eles ficaram juntos meses e nunca transaram me faz pensar que ficarei no cinco contra um por algum tempo, mas tudo pela minha bruxinha, o que sinto por ela vai além do desejo carnal. Vou ficar aqui na casa dos meus pais, quero que nos tornemos íntimos, quero conquista-la e mostrar que posso ser um príncipe para ela, nem comentei que aquele maldito falou que ela era prostituta, ela correu muito perigo, pois essa informação maldosa a deixaria em maus lençóis. Agora estou aqui deitado no sofá de couro do meu escritório com minha doce bruxinha nos meus braços e tentando digerir toda essa merda. — Por que eu? — pergunta baixinho depois de um tempo — Sabe, sou tão comum, sem muitos atributos físicos e com um baita problema — fala levantando e olhando nos meus olhos. — Acho que você não tem espelho em casa meu bem, você é linda pra caralho e
Zeus Galanis É difícil evitar o sorriso no rosto quando levanto da cama para tomar banho e enfrentar mais um dia longo de trabalho. Acabo por lembrar da minha bruxinha o que me faz ter uma sensação de borboletas no estômago, entro no box e começo a relembrar dos beijos quentes no escritório da casa em Alpine e me masturbo parecendo um maldito adolesceste em plena puberdade. Depois de me enfiar em um terno, sigo para a cozinha e encontro Manuela servindo o café, ela está tão linda, os dias que passamos na casa dos meus pais fizeram bem para ela, pude conhecê-la um pouco o que me deixa cada vez mais apaixonado e o mais estranho é que foi muito rápido, logo eu um cara machucado me rendi tão rápido por essa pequena jovem. — Bom dia minha menina — enlaço sua cintura, lhe dou um beijo e só me afasto quando estamos sem fôlego. — Bom dia — diz docemente parecendo um tomate de tão vermelha, o que me faz pensar que sua imaculada ... balanço a cabeça espantando meus pensamentos. — Tome café