Edgard assistia a encenação de Giovana espantado.- Não há dúvidas que você me drogou, as imagens não mentem, por sorte eu dormi e nada de mais grave aconteceu. Edgard esclareceu o ocorrido.- Fiz isso por nós, para provar que o casamento dele não é real. Ela se dirigiu a Jácomo.- Ora, pelo amor de Deus! Como você pode dizer isso? Você sempre esteve com ele, você drogou a mulher dele! Jácomo disse irritado, ele não suportava ser trocado por Edgard.Todos os presentes olharam para Giovana e Jácomo.- Você sabia! Você até deu fim no homem! Ela disse com raiva, se ia cair não cairia sozinha.- Para te proteger! naquele dia você me convenceu que tinha feito aquilo para acabar com o casamento dele e eu que te amava eliminei as provas.Edgard tinha quase certerza que Jácomo armou com a família Mazinni para mata-lo, mas ele não tinha provas ainda. Ele queria tirá-lo da casa de seu avô, para isso ele usou Giovana, sabia que ela também queria prejudica-lo, assim ele deu corda e facilitou as c
Subindo uma pequena colina ele entrou em um portão, estacionou em frente a uma construção diferente da maioria que ela tinha visto pelo caminho, esta era mais moderna. Ela o ajudou a descarregar os lírios que ele havia trazido da Itália. - Para quê estas flores não estou vendo nenhuma floricultura por perto. Ela perguntou. - No centro da cidade tem apenas duas, mas aqui as flores são usadas para perfumaria. Pierre disse fechando o furgão. Alana achou interessante. - Bonjour Pierre, comment s'est passé le voyage? (Bom dia, Pierre, como foi a viagem?). Perguntou Camile. Alana notou que os olhos dela brilharam ao ver Pierre. - C'était un bon voyage, voici mon amie Alana, elle est nouvelle en ville et à la recherche d'un emploi. (Foi uma boa viagem, esta é minha amiga Alana, ela é nova na cidade e está procurando emprego). - C'est un plaisir, Alana. (É um prazer Alana). Camile cumprimentou Alana. - É um prazer Camile. Alana disse a ela estendendo a mão de forma educada. - Falo u
O pai de Camile trabalhava em uma marina, sua mãe apenas cuidava da casa. Ela também tinha uma irmã, já casada, que morava em Paris. Camile era alegre e um pouco mais velha que Alana e era um pouco mais nova que Pierre. A noite, Camile contou a Alana que conhecia Pierre desde sua adolescência, os dois foram vizinhos e que ela gostava dele desde então, mas nunca se declarou. - E ele teve alguma namorada neste meio tempo? Alana perguntou. - Não que eu saiba. Camile respondeu pensativa. - Talvez ele goste de você, mas esteja no mesmo impasse que você. Alana concluiu. - Será? Camile ficou contente em ouvir as palavras de Alana. Em Arezzo, Edgard tinha colocado seus homens para procurar Alana, ela não tinha pego o trem, não havia saído da cidade em ônibus. Os homens de Edgard estavam seguindo os Veronese e também os Panini, Edgard temia que eles pudessem fazer mal a ela. Sem jantar, Edgard tomava seu vinho na sala, era quase impossível não se lembrar das conversas que tinh
Alana e Gaston seguiram pelo centro.- O que devemos pegar primeiro as flores ou os vasos? Ele perguntou.- Preciso ver os vasos primeiro, para saber os tamanhos, depois vemos as flores e voltamos para pegar os vasos. Ela disse segura.Gaston viu que ela sabia do que estava falando, não mentiu quando disse que tinha experiência com flores.Assim os dois passaram nas lojas para ver os vasos e depois foram as floriculturas, apenas duas por ali.Alana pensativa escolheu lírios rosas e também rosas na cor rosa, lírios brancos com astromélias brancas.- É uma pena não ter orquídeas e flores de laranjeira, dariam belos vasos. Ela disse pensativa.Gaston a observava atentamente, quando ela deixou um dos buquês em sua mão, ele instintivamente os cheirou, as rosas com os lírios casaram muito bem.Na loja as vendedoras estranharam quando Alana e Gaston entraram com lindos vasos espelhados e quatro buques.Estrategicamente os dois colocaram os quatro vasos, com seus arranjos perfeitamente montad
Enzo estava fora de si.- Onde está aquela maldita? Você e ela se juntaram para me arruinar! Onde ela está?Enzo começou a procurar nas salas. – Ela deve estar por aqui com você, ela não está mais na floricultura, nem trabalhando ela está mais! Ele dizia com raiva.- Porque esta balburdia? Hum? Você colocou as propriedades à venda, comprei para presentear minha esposa, você não fez o mesmo? Não presenteou sua mulher e uma de suas filhas? Edgard o perguntou de forma irônica.- Você sabe o que isso significa não sabe? Você fez de propósito! Quer tirar tudo de nós e dar a ela.- Não posso negar! Quero de volta a casa da mãe dela! Te ofereço um bom preço! Edgard disse.- Nunca! Este gosto não darei a ela. Ele disse, com raiva.- Veremos! Edgard disse fazendo um sinal para que os seguranças tirassem Enzo para fora.- Devolvo seu dinheiro! Enzo disse antes de passar pela porta.- As propriedades são da minha esposa e não estão à venda! Edgard disse satisfeito.Com o sumiço de Alana ele aca
Edgard procurava manter-se ocupado e quando não estava, bebia pensando em Alana.- Quando é a reunião na empresa dos Panini? Edgard perguntou.- Quarta que vem. Luigi respondeu.- Está certo, preciso comprar mais algumas ações, procure os sócios e os chame para uma reunião.Enquanto isso em Florença, Giancarlo e Jácomo orquestravam com outros membros do grupo para derrubar Edgard, estavam oferecendo vantagens para que votassem na reunião contra Edgard.Edgard estava usando o trabalho para não pensar em Alana. Quando estava só, a imagem dela sorrindo no carrossel e sua voz chamando seu nome o torturavam.Rodrigo deu falta de Alana, não a via há muito tempo, esteve inclusive na floricultura, mas a notícia que teve era que ela não trabalhava mais lá. “ Edgard a prendeu na mansão? ” Ele perguntou-se.Leticia e Michele também não encontraram mais Alana para perturbá-la, assim as duas dedicaram seus dias em disputar, de modo velado, a atenção de Rodrigo que, ou estava preocupado com sua em
Os dois não desistiam. - Vamos confiar nossas vidas e segurança a um aleijado que se deixa tapear por uma mulher? Jácomo quis ridicularizá-lo! - Sua mulher! Cabe lembrar. E não fui tapeado, vocês foram! Apenas dei corda a vocês! E se é por causa dessa cadeira tenho uma revelação para você! Edgard disse. Edgard se levantou da cadeira de forma imponente e com sua presença marcante caminhou até Jácomo, o segurou pela gola da camisa e disse em seu ouvido. – Eu sei que foi você! E assim que terminar de reunir as provas vou expulsar você desta família como um cão sarnento. Ah! Se eu descobrir que você está por trás daquele acidente há cinco anos, você terá dias muito difíceis em minhas mãos. Edgard o soltou com um tranco, Jácomo quase caiu, sob os olhares espantados de todos os presentes, ninguém esperava por aquela revelação. Giancarlo que estava ao seu lado estava branco, ele não contava com isso. Todos na sala não sabiam o que fazer, alguns estavam contentes e outros assustados.
A lua alta iluminava parte da praia, que também tinha pequenos postes que iluminavam a orla.Enquanto caminhavam cada um seguia com seus pensamentos, Gaston tinha os seus em Alana, ela, porém não estava pensando em nada, apenas repassando em sua mente os dias ali em Grasse, as pessoas que conheceu e tudo que aprendeu.-Vamos lá é bem ali, gosta de peixe? Gaston perguntou.- Não é algo que como com frequência, mas gosto. Ela disse olhando entusiasmada para uma construção bem iluminada com um deque de madeira cheio de pequenas mesas.O lugar tinha música, estava até movimentado, mas do lado de fora era tranquilo as pessoas bebiam e sorriam, leves e felizes. Alana se lembrou do passeio no parque em Siena, se sentiu assim leve, alegre e em paz.Gaston a tirou de seus pensamentos quando puxou para ela a cadeira para que sentasse.Logo que se sentou ele deu a ela o cardápio. Alana olhava o cardápio com estranheza, não entendia quase nada do que estava ali.Gaston percebeu e sorrindo disse.