Você é a nossa obsessão.
Você é a nossa obsessão.
Por: Jihyo_Gostosa
♥ CAPÍTULO UM♥

Elisabeth.

Tenho muito medo de deixar os meus chefes bastante irritados, sobretudo os irmãos Christopher e Lorenzo, porque eles não são muito tolerantes a barulhos quando estão concentrados seus trabalhos. Se alguém fizer qualquer som, algo terrível acontecerá com essa pessoa. Não faço ideia do que seja, mas faço de tudo para me manter na linha, e não pretendo descobrir. Parece que eles trabalham com algumas coisas ilegais, não sou louca para perguntar sobre isso, então prefiro ficar na minha. 

Eu trabalho na mansão há cinco meses, fiquei muito feliz por ser contratada de imediato por eles, já que eu vivia no orfanato e não tinha nenhuma experiência com trabalho, mas realmente me sinto agradecida a eles por terem me dado essa grande oportunidade. Só que há algo que acho muito estranho. Há outras empregadas na casa e sou a única pessoa que pode entrar nos quartos deles para limpar, eles não aceitam nenhuma outra empregada a não ser eu, isso é bizarro. Além de ser muito cansativo para mim, subo e desço as escadas o tempo todo.  

As demais empregadas da mansão me odeiam por acharem que sou a favorita deles, pelo acesso livre aos quartos e, consequentemente, tocar em seus pertences. No entanto, existe uma outra ordem que me deixa confusa. Nenhum homem da casa pode se aproximar ou falar comigo. Até agora estou querendo entender o porquê disso. Sempre me faço essa pergunta, mas, infelizmente, não tenho a resposta para isso.  

07:50― Mansão dos senhores Thompson ― Nova York ― EUA. 

― Elisabeth! O que você está fazendo? Vá fazer suas obrigações! ― Tomo um susto com o grito de dona Vânia. 

― Me desculpe, senhora, já estou indo. ― Falo calmamente e curvo minha cabeça em respeito a ela, caminhando em direção ao quarto do senhor Thomas. 

Ah, quase ia me esquecendo da principal regra desta casa: nunca, jamais olhe nos rostos dos donos da mansão se quiser continuar vivo. Dona Vânia disse que, certa vez, teve uma empregada na casa que morreu ao olhar para a face de um dos chefes. Não quero morrer, então, faço de tudo para não os deixarem bravos. 

Entro no quarto do senhor Thomas e vou em direção à sua cama para arrumá-la. Tiro os lençóis e os travesseiros, coloco sobre o pequeno sofá que tem no quarto, bato na cama com o lençol da cama mesmo e forro o colchão, deixando bem organizado como sempre faço. Pego os lençóis de se enrolar e dobro-os sobre a cama e depois coloco os travesseiros de volta.  

― Prontinho. ― Sorrio curto. 

Vou até o banheiro para pegar as roupas sujas no cesto para lavar, é tão cansativa essa rotina de subir e descer que, às vezes, tenho vontade de falar com eles sobre estar ficando difícil para mim, mas eles são assustadores e não quero morrer. 

Ao passar pela cozinha — que dá acesso à área de serviço —, ouço alguns burburinhos.

― Olha, meninas, se não é a favorita dos chefes. ― Vitória fala para me provocar, como sempre faz. 

Ela é uma jovem muito bonita, é alta, tem um corpo cheio de curvas, seus cabelos são vermelhos e a cor dos seus olhos é verde. Muito linda, mas é uma cobra chata pra caralho, vive pegando no meu pé, junto das outras empregadas. 

― Já vai começar. ― Suspiro.  

― Eu acredito que ela vive dando essa boceta feia para os chefes em troca… ― Nem a deixo terminar.

― Olha aqui, Valeria, em primeiro lugar, eu não sou como vocês, que querem dormir com os chefes para se tornarem a dona da casa. Em segundo lugar, ainda sou virgem e pretendo perder a minha virgindade com alguém que amo. Então, pare de ficar destilando seu veneno sobre mim, porque não estou afim de cobras no meu pé. Agora, com licença. 

Deixo-as falando sozinhas e caminho até a área de serviço. Pego as roupas sujas do senhor Thomas e vou colocando peça por peça dentro da máquina. Depois aperto o botão para encher a máquina e coloco três barras de sabão, fecho a tampa e saio da área de serviço. O bom da máquina de lavar é que, enquanto enche, ela faz todo o resto sozinha, nem preciso ficar esperando. 

Saio da cozinha sem encarar elas e retorno ao quarto de Thomas, para finalizar o resto. Posteriormente, adentro no quarto do chefe Alex, sentindo-me satisfeita, porque o quarto dele é um dos mais organizados da casa. O meu único serviço é, somente, pegar as roupas sujas do cesto e lavá-las. 

Hoje os chefes saíram bem cedo da mansão, parece que tiveram que resolver algo muito importante. 

― Elisabeth, estou te chamando faz dois minutos. ― Puta que pariu, que susto do caralho.

Rapidamente, fito o chão.  

― M-Me perdoe, Sr. Christopher, eu estava muito distraída. — Falo, observando seus sapatos caríssimos. 

― Eu percebi, mas não precisa se preocupar com isso. Gostaria de saber se você viu alguma pasta preta no quarto do Thomas. Viu? 

― Não, senhor. Eu acabei de arrumar o quarto do senhor Thomas e não vi nenhuma pasta, sinto muito. ― Digo, ainda olhando para os seus sapatos. 

― Tudo bem. ― Sinto sua mão acariciar os meus cabelos. 

― Se encontrar a pasta preta, ligue para um de nós. ― Fala suavemente. 

― Sim, senhor. ― Ele tira a mão do meu cabelo e vai embora, só escuto seus passos se afastando de mim, soltando um suspiro de alívio com isso. 

Coloco a mão no peito ao escutar o meu coração bastante acelerado.

Essa foi por pouco.

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