Elisabeth. ― Ah, vá se foder, Alex, você é chato pra caralho! ― Thomas fala, bem irritado com o irmão. Chegamos ao aeroporto para a nossa viagem a mais ou menos duas horas e, do nada, esses dois começaram a brigar por algo que não faço ideia do que seja. ― Pessoal, pelo amor de Deus, parem com essa briga infantil de vocês. ― Dylan ralha, um tom tão calmo que chama a atenção dos dois. ― A culpa é do Thomas, Dylan. Ele vive pegando no meu pé por coisas idiotas — Alex cruza os braços. ― Culpa minha porra nenhuma! Dylan revira os olhos, cansado dessa briga estúpida e sem sentido. ― Eu não quero saber de quem é a culpa, eu quero que vocês parem com isso agora. ― Seu tom é sério e os outros dois bufam, acatando a ordem, mas não antes de mostrarem a língua um para o outro. São mesmo infantis quando querem ser. Estamos indo para a França. Sempre quis conhecer esse lugar e parece que os meninos possuem uma casa lá, portanto, a decisão foi unânime. Todos tivemos que acordar bem ce
Elisabeth. Desapareça… ninguém vai sentir sua falta… Começo a soluçar de tanto chorar e assusto-me quando sinto alguém me abraçando, só não grito porque logo reconheço o cheiro. ― Por que está chorando, meu amor? O que está acontecendo? ― Dylan pergunta, preocupado. ― A-a-as vozes. ― Sussurro. ― Vozes? Assinto com a cabeça. ― D-d-dizendo que ninguém me ama… q-q-que eu deveria morrer. ― Gaguejo com muita dificuldade e volto a chorar, o abraçando com força. ― Meu amor, não escute essas vozes porque não é verdade. Todos nós te amamos tanto que somos capazes de fazer qualquer coisa por você. Não escute essa voz, ela está mentindo, sua vida é muito importante para nós. ― Ele beija a minha testa com carinho. ― Te amamos tanto, Elisa, lembre-se sempre disso. ― M-m-m-mas elas dizem… dizem que amei os toques daqueles homens. ― O abraço com mais força e molho a sua camisa. ― Meu amor. ― Ele passa suas mãos em meus cabelos, com carinho. ― Nós sabemos que você não gostou de nada que a
Elisabeth.Retiro-me imediatamente do jardim, sentindo uma forte dor de cabeça. Não posso estar tão louca a ponto de ficar alucinando, isso não pode acontecer, de jeito nenhum. Adentro na mansão velozmente e passo por Dylan, sem falar nada, e me esbarro em Jéssica por estar devidamente desatenta. ― Garota, que pressa é essa? ― ela pergunta, massageando o seu ombro por causa do impacto. ― N-não é nada demais. ― Desvio os meus olhos e fito o chão, não tenho coragem de encará-la, mesmo sabendo que tudo não passou de ilusão. — Só estou com dor de cabeça. Vou me deitar um pouco. ― Tudo bem, então. Tome um remédio e vá dormir. ― Ela sorri e vai embora, deixando-me sozinha no corredor. Esfrego minha testa e decido ir à biblioteca. Talvez ler algum livro possa me distrair um pouco. Ando um pouco devagar e, ao entrar, olho em volta, surpresa ao ver Lorenzo deitado no sofá de couro com as pernas para cima, de óculos de grau e lendo. Ando até ele, que tira a atenção do livro e me encara, so
Dylan Thompson. Estou no escritório resolvendo algumas coisas da máfia e logo começo a ouvir uma gritaria no andar de baixo. Que merda está acontecendo? Saio em disparada do escritório e atravesso o corredor numa velocidade inumana. — O que está havendo, pessoal? — Desço as escadas, mas paro no último degrau ao ver Elisa no chão, desacordada e com a cabeça sangrando, enquanto Alex tenta pressionar o sangue para contê-lo. — Que porra vocês estão fazendo parados aí? Temos que levá-la ao hospital imediatamente! Vamos, Lorenzo, ligue para a ambulância! — Grito, assustando-os. Não demora muito para a ambulância chegar e assisto à remoção dela com um peso chato no peito. O sangue escorre sem parar, sua pele está translúcida de tão pálida. Christopher a acompanha enquanto eu e os demais seguimos no carro logo atrás. — E Jéssica? — pergunto, sem tirar os olhos da ambulância logo à frente. — Ela saiu para dar uma volta antes de Elisa cair da escada — Alex explica. — Ela estava muito a
Elisabeth. Cinco anos depois. Sinto meus olhos muitos pesados e isso me incomoda bastante. Remexo na cama e finalmente consigo abri-los, irritando-os imediatamente com a claridade. Respiro fundo várias vezes e tento abri-los de novo, desta vez conseguindo fitar o teto branco. Eu morri? Onde estou?Pisco algumas vezes para tentar me acostumar com a claridade, e olho em volta, percebendo que estou em um lugar que se parece com quarto de hospital. Por que estou aqui? Onde estão os meninos? Ouço a porta ser aberta e olho para o lado, encontrando uma enfermeira carregando um carrinho auxiliar com um soro pequeno e mais alguns outros instrumentos, e, assim que ela me encarou, deu um grito alto, que me fez fechar os olhos devido à dor em minha cabeça. ― Meu Deus! Você finalmente acordou. ― Ela diz, toda eufórica. ― Eu já volto! Rapidamente sai do quarto, deixando-me completamente sozinha de novo. Suspiro e sinto minha garganta extremamente seca. Fico louca para beber água e comer al
Elisabeth.Continuamos olhando uma para outra, sem dar um pio. Jéssica parece travada até soltar uma lufada e agir por impulso. — Elisa? — Vem correndo até mim e me abraça com tanta força, que logo sinto suas lágrimas molharem o meu ombro. — E-e-eu senti tanto sua falta — diz, com a voz embargada. Emocionada, não controlo o meu choro e a abraço de volta. ― E-e-eu também senti muito a sua falta, amiga, muito mesmo. Nos apertamos. ― Eu já estava perdendo a esperança, Lisa. ― Solta-me com bastante cautela e segura meu rosto. — Todos os dias eu vinha aqui e nada de melhoras suas, até que os médicos disseram que você poderia não acordar mais. — Eu sinto muito por isso — sussurro e logo ela nega. — Não tem que sentir nada, amiga, não foi sua culpa. O que importa nesse momento é que você acordou! — beija minha testa. — Mas você vai demorar a ter alta, né? ― Sim, não sinto as minhas pernas direito, Jéssica. ― Ela me encara com espanto. — O médico disse que isso é normal, muito te
Elisabeth. Descrente, Lorenzo corre até mim e me abraça fortemente. — Meu amor, você finalmente acordou. ― Ele beija o meu ombro e continua atado em meus braços. ― L-L-Lorenzo… Não consigo respirar direito. Rapidamente me solta. ― Desculpa, meu amor. ― Ele sorri. ― Ainda não acredito que você finalmente acordou e tá aqui com a gente, viva. Dou um sorriso para ele. — Sim, finalmente acordei. — Olho para os outros, que ainda estão congelados no lugar. — Não vão nem me dar um abraço? Eles piscam e rapidamente vêm até mim, os quatro me abraçam bem forte. ― Elisa! Você acordou! ― Thomas beija a minha testa. ― Sim, Tom — depois de cinco anos. Christopher beija a ponta do meu nariz. ― Sentimos tanto a sua falta, meu amor. Você não faz ideia do quanto sentimos saudades de você. Sorrio com isso. ― Eu também senti muita falta de vocês. Muita, mesmo. Dylan deposita um beijo em meu ombro e Alex em minha testa. ― Foi um grande tormento ficar sem você na nossa vida. ― Dylan di
Elisabeth.Algumas semanas se passam e finalmente sou liberada do hospital. Estou muito feliz, principalmente porque minha recuperação foi totalmente satisfatória. Meu corpo respondeu à fisioterapia e estou andando e movimentando meu corpo perfeitamente, minha voz recuperou seu timbre normal. Acredito que o motivo de tudo isso tenha sido os meninos. Eles ficaram comigo durante todo o tempo, só se ausentavam para comer e tomar banho. Me sinto renovada, me sinto bem. Até ganhei peso. Nesse momento estou arrumando minhas coisas, já de banho tomado e cheirosa para os meus homens. Jéssica me trouxe roupas e escova de dentes. É hoje que quero beijar todos eles, sinto muita falta disso. Termino de colocar meu vestido vermelho e Jéssica reaparece, com um bico nos lábios por eu ter decidido me mudar para a Itália com os meus homens. — Ainda estou brava com você por isso. Sorrio e aproximo-me dela. — Sei que está. Realmente sinto muito por não passarmos muito tempo juntas, Jess. Ela s