Isa
Acordei e levei um tempo para me sintonizar no tempo e espaço. Olhei ao redor, na penumbra do quarto desconhecido e tentei me mexer. Tinha uma coberta em cima do meu corpo que não era a minha, levantei e descobri duas coisas, uma, estava nua, duas tinha um braço moreno ao redor da minha cintura. As imagens da noite passada vieram em minha mente.
Senti meu rosto corar, meu corpo doer e uma satisfação vibrar por todos os meus ossos. Fui comida duas vezes muito bem, sério, as minhas experiências anteriores foram um nada perto do que vivi com Maurício, gostei da sedução lenta da primeira vez e a urgência da segunda. Transar dava energia, queria pular dali e fazer alguma coisa, mas meu companheiro estava dormindo tão gostoso que achei melhor fazer tudo bem silenciosamente.Tirei seu braço de mim e me arrastei para outro lado. Levantei da cama e caminhei para a porta que não era a de entrada, abri e me deparei com um banheiro limpo e organizado, dei um passo no chão frio de azulejos pretos e me olhei no espelho. Minha pele morena tinha várias marcas vermelhas, principalmente ao redor dos seios. Sorri para imagem, usei o sanitário e fiquei na dúvida se voltava para o quarto e caçava minhas roupas. Resolvi fazer um café da manhã para o meu gigante moreno.Será que ele vai se importar?Isso é normal? Qual o protocolo pós-sexo?Respirei fundo e achei melhor ir fazer o café, se ele achasse ruim pediria desculpa, me fingiria de egípcia e nunca mais o veria. É exatamente por isso que não gosto de dormir na casa dos outros, são tantos protocolos.Respirei fundo e peguei uns shorts e uma camiseta que estava atrás da porta e vesti, queria tanto achar pelo menos o meu sutiã. Andar com os meninos balançando não era legal, mas a chance de acordar Mau Mau eram muitas, achei melhor não arriscar. Saí do banheiro e entrei no quarto e ele estava na mesma posição que deixei. Caminhei silenciosamente para fora e sai no corredor, iluminado. Olhei para mim e quase ri, estava muito engraçada com aquelas roupas, o calção folgado e a blusa comprida, apesar de sermos quase do mesmo tamanho o homem tinha um peitoral bem largo. Voltei o caminho que fiz na noite anterior, passei por um quarto que estava com a porta aberta, aparentemente feminino, deveria ser o da Emily. A curiosidade era grande, mas continuei meu caminho, mais a frente escutei barulho de chuveiro. Tinha mais gente em casa, dei uma olhada em mim e eu estava decente. Desci as escadas chegando à sala.— Bom dia.— Puta que pariu. — Coloquei a mão no coração e olhei para menina sorridente que apareceu do nada. — Acho que minha alma foi dar uma volta agora.— Desculpa. — Essa deveria ser a Emily, os traços dela não negavam o parentesco com os homens, apesar de ser mais baixa que eu, tinha lindos cachos castanhos, olhos expressivos, pele dourada, perfeita para ser modelo com aquele rosto de anjo.— Você deve ser a Emily?— Essa sou eu. Você é quem e está com quem?— Sou Isadora ou Isa, e estou com o Mau Mau, quer dizer Maurício. — Sorri para ela sem jeito.— Mau Mau foi ótimo. — Ela retribuiu o sorriso. A mocinha vestia um shortinho e camiseta de pijama de ursinho, delicado igual ela. — Eu estava indo para a cozinha fazer o café, quer ir comigo?— Só se você me deixar ajudar.— Visita não vai para cozinha.— Besteira. Me mostre o caminho. — Ela me levou para esquerda, onde entramos em um cômodo aconchegante, uma mesa de seis cadeiras, armários de madeira, eletrodomésticos brancos estavam dispostos no lugar e ainda tinha um bom espaço para transitar.— Vou esperar Ethan descer, e mandar ele ir comprar pão, o esquecido não parou na padaria depois do plantão. — Ela revirou os olhos.— Trabalhar a noite não é fácil.— Você trabalha com o quê?— Sou cirurgiã.— Em qual hospital?— São Paulo.— Então conheceu os meus irmãos lá? — Parece que eu iria passar por um questionamento.— Maurício, sim, Vê é namorado de uma amiga minha e o outro eu não sei quem é. — Dei de ombros.Emily foi em um armário e tirou um caneco, enchendo-o com água e o colocando no fogo.— Quantos anos você tem? Onde mora? Além de ser cirurgiã, faz o quê? — Dei uma risadinha e fui respondendo às perguntas.— Tenho trinta anos, moro em um apartamento perto do hospital, meu pai é o diretor do lugar, além de cirurgiã, eu escrevo como hobby, tento ir à academia, ando de patins no condomínio, tenho um irmão mais novo, nunca fui presa, nem processada no serviço. Faço trabalho voluntário em uma clínica. — Emily parou que estava fazendo e me encarou. — Vou fazer um mochilão pelo Brasil, comprei uma moto para isso a pouco tempo, nunca fui casada, não tenho filhos, faço aniversário em novembro, dia dezoito e amo comemorar ele, cor preferida é vermelho, morro de medo de ciganos e prefiro a Marvel do que a DC.Emily gargalhou. Tentei me antecipar a todas as perguntas que eu faria se meu irmão aparecesse em casa com alguém. Não quis dizer para ela que não tenho filhos porque não posso, não sou casada porque não acredito em casamento e que quero curtir a vida adoidado. Achei melhor guardar isso para mim.— Bem, eu iria perguntar qual suas intenções com o meu irmão?— Não sei. — Dei de ombros. — Como eu disse, vou fazer um mochilão pelo Brasil, Maurício é um cara bem legal, mas não sei te dizer o que o futuro nos reserva, vamos deixar as opções em aberto?— Muito bem, não vou interferir, mas se você causar problemas vai se ver comigo, posso não ser tão grande quanto eles, mas sei acabar com quem os machucar. — Concordei com a cabeça.— Está certa, faria o mesmo. — Olhei para o local, vi um liquidificador e tive uma ideia. — Que tal fazermos panquecas? Tipo no estilo americano?— O que vai precisar? — Passei a receita para ela e enquanto foi buscar tudo caminhei até a pia e lavei as mãos de novo, mania médica. — Essa receita dar quantas panquecas? — Emily olhou por cima da porta da geladeira?— Umas oito.— Então é melhor fazer três receitas, os meninos comem demais, ainda mais que tem geleia e nutella na geladeira, se você colocar essas duas coisas eles vão pedir mais. — Concordei com a cabeça, já sabia sobre a fascinação por doces que eles tinham.Começamos a trabalhar e a conversar. Emily estava na faculdade de fisioterapia, tinha dezenove anos e cuidava de tudo por ali, divertida e alegre, dava gosto de conversar com ela. Resolvi fazer ovo mexido com bacon e a menina esquentou uns pães de ontem no forno, ela me explicou que a quantidade que tinha não iria alimentar os meninos.Quando estava quase terminando de arrumar a mesa, o enfermeiro bonitão apareceu só de shorts e com a camiseta na mão. Minha nossa senhora das mulheres loucas por gominhos, o abdômen dele era sarado, peitoral largo, uma tatuagem tribal no braço, um belo homem, mas faltava algo, que não sabia dizer até que por trás dele vi Maurício aparecendo, de calça e camisa.Senti a minha boca secar e a calcinha que nem estava usando molhar. Uau, o homem era um gato com G maiúsculo, com a cara fechada e aquele olhar penetrante me dava vontade de ir lá e pular em cima dele.— Bom dia, meninos. — Emily foi até os irmãos e ganhou um beijo de cada um.— Que cheiro bom é esse? — Ethan olhou para mim e franziu a testa. — Doutora Isadora?— Oiee. — Coloquei o prato com as panquecas em cima da mesa posta por Emily e fui cumprimentá-lo. — Que mundo pequeno. Você é o Ethan que o Vê tanto fala.— É tudo mentira, não acredita em nada que o bobão, falou. — Ele deu um sorriso torto.— Tudo bem. — O cumprimentei e fui até Mauricio. Oi!— Bom dia, Isa. — Ganhei um beijo na testa. — Acordou cedo.— Ah, sou um bicho madrugador, não gosto de ficar muito tempo na cama de manhã, e confesso que estava com fome, minha barriga estava fazendo barulhos horríveis e achei que ia te acordar, aí desci e encontrei Emily, fizemos o café da manhã, para um batalhão.— Panqueca doce, torrada, ovos e café. — Emily apontou para mesa. Os dois irmãos maiores sentaram em seus lugares, Mau Mau puxou uma cadeira e esperou por mim. Ele ocupou a cabeceira. Nenhum dos menores se mexeu até que ele estendeu a mão para o irmão que estava à sua direita, e para mim.— Ethan faz a oração. — O gigante moreno sorriu para mim e pegou a minha mão. Seguindo o exemplo, fechei meus olhos, segurei as mãos e fiquei quieta ouvindo a oração de agradecimento pelo alimento. Aqui era novo para mim, achei bonito. — Agora podemos comer.— Certo. — Soltei as mãos deles e fui para o prato de panqueca na mesa. Peguei uma e a Nutella e fiz uma camada do creme em cima com todos me olhando. — Que foi?— Nunca comi panqueca doce. — Maurício não tirava os olhos do meu prato.— Aqui. — Peguei o prato e troquei o dele pelo meu. — Fique com o meu. — Fiz o mesmo processo com outra panqueca.— Também quero. — Ethan me olhou com olhos suplicantes.— Faça a sua. — Maurício disse.— Por que, quero igual a sua. — Olhei para os dois homens sem acreditar.— É sempre assim? — Perguntei para Emily.— Você não viu nada, você acaba de colocar uma bandeira vermelha na frente de dois touros. — Emily deu de ombros.Revirei meus olhos e fiz o mesmo processo passando o alimento para Ethan que sorriu convencido para o irmão. O café foi recheado de insultos, brincadeiras e muita comilança. Os meninos comeram praticamente quase todas as panquecas, os ovos e torradas, fiquei me perguntando para onde ia tudo aquilo. Quando terminamos, Mau Mau mandou Ethan cuidar da cozinha e não me deixou fazer aquilo, pois quem cozinha não lava, ordens da casa.Emily foi para o quarto se trocar e ir à faculdade. Parecia que teria alguma coisa mesmo sendo sábado. Percebi que ambos os homens ficaram com cara azeda para a menção de que o namoradinho da irmã viria buscá-la, mas não falaram nada. O esporro que Agatha deu neles um tempo atrás deve ter surtido o efeito. Subimos para o quarto dele, afinal tinha que me trocar e pegar o caminho da roça.— Foi difícil? — Perguntei para ele quando entramos no cômodo claro, Maurício arrumou o quarto e aberto a janela. — Cuidar deles? Sentei em sua cama e cruzei as pernas. — Vê me contou por cima a sua história.— Sim. Em um momento estava curtindo a minha vida e no outro perdendo meus pais, tendo que lutar pela guarda dos meus irmãos, consegui nos sustentar. — Ele veio e sentou ao meu lado. — foi um desafio e tanto.— Que você ultrapassou com louvor. — Ele concordou com a cabeça enquanto pegava minha mão.— O que vai fazer hoje?— Terminar de arrumar a minha mochila, acertar alguns pontos do itinerário, ter uma conversa com a pessoa que vai ficar de olho no meu apartamento e escutar sermão do meu pai dizendo como sou louca por fazer isso.— Você tem certeza que é isso que você quer? — Fiz que sim com a cabeça — Pois bem. Nem todos têm maturidade para descobrir o que é melhor para si mesmo, tome cuidado, se precisar de ajuda é só me ligar. — Concordei com a cabeça.Acho que aquela era minha deixa. Levantei e peguei a minha roupa, que estava dobrada no outro canto da grande cama e fui para o banheiro. Parecia besteira, mas me sentia tímida em me trocar em sua frente. Saí minutos depois descalça e o encontrei no mesmo lugar pensativo. Sentei ao seu lado e calcei as minhas botas.— É nessa hora que te agradeço?— Por quê? — Ele virou para mim.— Pela boa transa?— Boa? — Ele sorriu e segurou meu rosto em sua mão. — Se você considerou boa, então tenho que melhorar na próxima. — Dei um beijo em sua mão e abrir um sorrisão.— Não posso, você vai ficar convencido. — Ele agiu rápido, muito rápido para um homem daquele tamanho. Quando vi já estava montando suas pernas e cara, cara com ele. A dorzinha nas minhas partes íntimas se fez presente e eu dei um gemido. Ele agarrou meus lábios no dele e me beijou, um beijo dominante possessivo, como se quisesse mostrar algo. Passei minhas pernas por sua cintura e colei nossos corpos. O homem sabia beijar, minha nossa senhora. — Tá bom. — Disse após recuperar o fôlego. — Foi uma excelente transa.Ele concordou e me deu outro beijo de arrancar todo o ar dos pulmões. Levantei depois desse último, antes que caísse na tentação de arrancar as roupas dele e ter um Bis.Maurício me levou até a porta e nos despedimos. Parecia estranho, mas algo dentro de mim, mudou, seja pela transa, ou pela família, ou pelo homem, enfim, algo mudou e foi para melhor, acelerei minha moto e cortei as ruas da cidade de São Paulo com o meu desejo renovado para aventuras.IsaNada melhor que a liberdade de estar em uma moto, tem vários cavalos de potência ronronando no meio das suas pernas, o vento correndo por seu corpo, a sensação de liberdade. Eu queria gritar de felicidade por finalmente está saindo em meu mochilão.Foi difícil, meus pais encrencam, brigamos e agora nenhum dos dois queria falar comigo. Minha mãe por querer me colocar dentro de uma caixa de vidro, meu pai por estar acabando com o meu futuro perfeito, o único que me apoiou e me desejou sorte foi o meu irmão, ele até queria vir comigo, mas sendo menor de idade não podia. Por isso eu o levei de casa durante o sábado e domingo, pegamos o carro e fomos para a baixada, nós surfamos, quer dizer ele surfou e eu só cai, pulamos de paraglider, fizemos uma trilha e eu fiquei morta com farofa no domingo à noite.Gustavo era um menino inteligente,
MaurícioQuando liguei para Isadora no finalzinho da tarde foi para resolver um problema do hospital, um paciente estava querendo processar a gente por negligência médica e ela foi uma, dos médicos, que atenderam o dito cujo. Eu analise todo o prontuário dele e apesar de não ser da área estava muito claro para mim que ele falava merda.Seria uma ligação rápida para informar da necessidade de ela comparecer ao hospital, mas quando mencionou o acidente fiquei preocupado. Minha irmã estava aprendendo a dirigir, iria tirar carta de carro e moto e só de pensar nela em algo desse tipo me dava um medo desgraçado.Então fiz uma coisa sem pensar. Larguei tudo e peguei meu carro e fui atrás dela. Pela localização que me passou pesquisei os hospitais mais pertos, tinha dois e eu teria que tentar a sorte. Enquanto dirigia fui tentando falar
IsaVoltei para casa com Mau Mau, liguei para um reboque levar a minha moto para a capital, porque não estava afim de passar não sei quantas horas na estrada e sinceramente queria conversar mais com ele e fazer a nossa lista de coisas para fazer. Maurício era meio caladão, mas estava verdadeiramente encantada por ele ter vindo até mim. Aposto que se meu pai soubesse do acidente nem ia ligar.— Vamos lá. — Estava descalço com os pés no painel. — Dez coisas para fazer antes de morrer.— Ainda está nisso? — Fiz que sim com a cabeça e peguei a caneta e o bloquinho que a dona da pousada me deu. — Não sei o que falar.— Então vou começar. — Pensei por um tempo e depois escrevi no bloquinho. — Quero fazer todos os esportes radicais que tiver, começando como pular de paraquedas.— Est
MaurícioEla estava toda falante com o advogado que não tirava os olhos de Isadora. Nos reunimos para pegar o depoimento dela sobre o caso de negligência, além dos prontuários falamos com todos os envolvidos no tratamento do paciente, o caso era que ele acusava o hospital pela trombose na perna, uma consequência do grande ferimento que teve, juntando com o fato dele ser fumante e não ter seguido as orientações médica, o que era de baixo risco virou algo grande e ele corria o risco de perder a perna.— Muito obrigado, senhorita Pereira. — O advogadinho disse, ele era baixinho e estava soando como se estivesse numa sauna.— Que isso, Arthur, pode me chamar de Isa e eu só vim ajudar. — Ela sorriu para ele. — Mesmo não sendo de muita ajuda já que eu fiz um reparo no baço e não na perna dele.&mdash
IsaQueria matar a tal da Natacha, isso porque além do meu juramento eu era contra a pena de morte. Nesse exato momento sabia que Maurício estava guardando seus sentimentos para si, sei que se pressionar ele não iria falar então vamos agir com palhaçada, para desanuviar o tema pesado.— Como foi para você explicar para Emily sobre absorventes? — Idiota pelo assunto.— Eu a levei em um hospital. — Olhei sem entender. — Pedi para uma enfermeira explicar para ela, peguei dicas para comprar aquilo, tinha que ser o certo.— Imagino você no corredor do supermercado olhando para absorvente sem entender para que funciona.— Foi um pesadelo. — Ele riu. — O mais difícil foi controlar os meninos Vincent e Ethan brigava por qualquer coisa.— Sério isso?— Sim, até hoje eles fazem isso, Ethan provoc
MaurícioOs dias se passaram rápido, quando eu vi já era quinta-feira, só me toque porque minha casa foi invadida, Angel foi a primeira a chegar com os braços cheios, nem sei o que era, mas tinha o cheiro bom e eu queria. Mal fechei a porta e Agatha apareceu, junto com um homem que pelo o que entendi era o motorista do Uber que pegou a ajudando a trazer mais comida. Quando a mesa estava posta a minha campainha tocou por uma terceira vez e lá estava ela, a mulher que estava tirando o meu juízo. Isadora, com ela vinha um adolescente e nem precisava perguntar quem era. O rapazinho era a versão mais nova e masculina da morena.— Mau Mau, esse é o Gu, Gu esse é o Mau Mau. — O garoto olhou para os braços cheios e ficou na dúvida de como fazer para me cumprimentar.— Seja bem-vindo, cara. — Dei um tapinha em seu ombro. O menino estava bem vestido
IsaTudo deu errado, primeiro o meu carro não queria pegar, chamei o seguro e eles só poderia me entregar na segunda. Peguei o carro reserva e assim que colocamos o pé na estrada começou a chover, ficamos paradas na serra por uma hora e quando finalmente chegamos na baixada o pneu do carro furou. Os idiotas do seguro iria demorar, então lá fui eu trocar pneu na chuva.Sim, fiz curso, meu pai não me deixava fazer nada, tudo tinha que depender dele. Nunca fui em um show, ou passar final de semana na casa de algum amigo. Dormir fora? Já mais. Eu tenho certeza que ele pagou para que eu passasse na universidade em São Paulo só para me controlar, então eu me rebelei, fui fazer faculdade no interior do estado. Vendi todas as minhas coisas e usei o dinheiro para me manter até arrumar alguma coisa. Briguei com o meu pai feio, ele disse palavras odiosas e eu me magoei tanto que f
MaurícioFazia um tempo que eu não falava ou via Isadora, eu até tentei depois daquela explosão dela no telefone, mas ela não me atendeu. Sei de notícia dela através e meu irmão que está em Portugal e está bem e em busca do que fazer da vida, segundo Vê ela está parecendo O elo perdido.Entrei no elevador do hospital para verificar algo em uma das alas, antes de encerrar o meu turno quando meu celular tocou com mensagem de Emily dizendo onde estava. As meninas nos abriram os olhos sobre o tratamento dado a nossa princesa, e sinceramente estava puto da vida não com Isadora e Agatha e sim comigo mesmo.As portas se abriram e eu dei de cara com o Gustavo. Ele estava todo sorridente, mas assim que me viu fechou a cara, deveria mencionar o terminou com Isadora?— Olha quem finalmente apareceu. — Sentir a raiva na voz dele, isso me deixou