Fui visitar um café-bar perto de Guimarães, em um povoado
pequeno onde trabalhavam algumas meninas brasileiras. Pedi a umamigIsabela vive clandestina em Portugal. Tem um namorado de quem gosta muito e segundo ela, é a única pessoa que realmente lhe importa aqui, neste país. Segundo também me conta, ele prometeu ajudá-la a se legalizar. Mas até agora nada se resolveu. Até porque está quase impossível, porque ela já tem uma carta de expulsão. E omais grave é que até o passaporte está caducado. E ela tem medo de tentar tirar outro e ser pega de vez. Só escrevo um pouco sobre ela, porque me pediu que a ajudasse. E a única coisa que pude fazer foi hospedá-la em minha casa por um mês, até que o seu namorado veio buscá-la. Morre de medo da polícia, por isso não viaja de trem, nem de ônibus, para muito longe. Com razão, porque agora a polícia pede documentos até nas estações e rodoviárias. E
Muitas mulheres que trabalham na prostituição se transformam em pessoas completamente frias em relação à vida amorosa e sem grandes apetites sexuais pelo sexo oposto. Talvez, depois de tanto aturar homens de todas as classes, desde o mais alto ao mais baixo nível, desde o mais limpo e educado ao o mais sujo e grosseiro... Talvez por encararem o sexo como algo profissional, o gosto pelo sexo oposto está se afastando de muitas mulheres. E elas acabam optando por experimentar uma relação homossexual. E muitas acabam descobrindo um prazer que antes, não conhecia. Dai as relações homossexuais entre as mulheres relacionadas com a prostituição vem aumentando cada vez mais. Falei com várias mulheres que depois de trabalharem algum tempo “nesta vida”, começaram a se relacionar com outras mulheres, pois dizem não sentir mais nenhum ti
Paula trabalhava em um bar noturno em Bragança a mais ou menos dois anos. Como de costume, tinha os “clientes” habituais e os selecionados. Nesses selecionados, havia um que se tornou em mais que um “cliente.” E todos os fins de semana ele aparecia para tomar o seu copo e pagar umas bebidas para ela. Começou com uma, depois mais e mais até que, enquanto ele estivesse no bar, ela não saía de sua mesa e conseguintemente não ia a nenhuma outra mesa. Resumindo; quando ele estava no bar, Paula não trabalhava com mais ninguém! No começo vinha às sextas feiras, depois começou aparecer aos sábados e domingos. E as coisas começaram a ficar mais sérias para eles. Depois, até no meio da semana ele aparecia de surpresa. E Paula começou a ocupar todo o seu tempo com João. As chamadas telefônicas fora de horas começaram a ser
Por se tratar de uma história que por acaso aconteceu em Bragança, vamos entrar no tema que foi notícia durante algum tempo, não só em Portugal, mas também em alguns países como Estados unidos e Alemanha, entre outros, não sei se no Brasil, por se tratar de cidadãs brasileiras. Tenho um publicado do jornal Correio da Manhã (um dos jornais mais lidos em Portugal) que diz:PROSTITUIÇÃO. RTL SEGUIU CAMINHO DA TIME. Mães de Bragança na televisão Alemã. A saga das quatro mulheres que se insurgiram contra as brasileiras volta dar que falar. Luis C. Ribeiro - Vila RealDepois da edição europeia da ‘Time Magazine’ ter apresentado Bragança como o “novo bairro Europeu da prostituição”, vários órg&
Prostituta faz "jejum sexual"Tatiana tem 36 anos e é brasileira. Durante a noite faz “salgadinhos” numa panificadora “Uma prostituta brasileira, residente em Bragança, vai passar os dias de quinta e sexta feira santa a orar, impondo a si mesma um jejum sexual nestes dias da quadra pascal. Garante que nenhum dinheiro do mundo a levará a violar a meditação que se propõe realizar. “São dias de Deus e eu vou aproveitar para lhe agradecer a luz que tem colocado no meu caminho e a força que Ele me da para suportar tudo aquilo que porque sou obrigada a passar”, explicou Tatiana, natural do estado de Goiás, Brasil. Está em Portugal há dez meses e prostitui-se entre as 14 e 20 horas. No início da noite, depois de um banho retemperado e do
Vamos ao relato de uma menina que conheci na estação de trem em Abrantes, Sudeste de Portugal.Em uma e outra conversa, sentamos a tomar um café enquanto esperávamos ao atrasadíssimo trem que ia para Lisboa. Ela fez questão de participar e colaborar neste livro, relatando o que se passou com ela em Portugal e o quanto sofreu...Letícia nos conta: “Quando cheguei a Portugal, pensei que tudo seria mais fácil. Tinha um sonho de conseguir um trabalho e continuar os meus estudos. Como as aulas já iam começar, resolvi primeiro ir à escola me matricular (para não perder a vaga). Estava super contente por voltar a estudar e completar o que faltava para depois tentar uma faculdade na Brasil, (porque aqui seria impossível. Não tenho verba suficiente). Quando cheguei à escola tive a primeira grande decepç&atild
Intercambio de mulheres entre patrões Vou entrar agora em um tema um tanto quanto difícil e polêmico, mas que relata a mais pura e cruel realidade da vida de quem passa ou passou por tudo isso.Há vários tipos de chulos, que no fundo tudo vai dar no mesmo: Há os chulos patrões, que exploram ao máximo as mulheres que estão ao seu serviço. Há os chulos “maridos” de várias mulheres que normalmente trabalham juntas (e se tratam por cunhadas) e também os típicos chulos disfarçados de namorados, que um dia está sem dinheiro, no outro se esqueceu da carteira e acabam se acostumado a pedir (emprestado) algum dinheiro a namorada, que também acaba se acostumado com a ideia.Mas o relato que vos escrevo agora é um ‘pouco’ chocante, mas não posso deixar de mostrar as pessoas que desconhece
Escrever este livro é uma vontade antiga, que acabou se tornando uma necessidade, após anos de luta tentando conseguir uma vida estável sem nunca ter conseguido. Depois de ver tanta gente do meu país e também de outras nações, serem maltratados e humilhados como eu também fui tantas vezes, apenas por sermos estrangeiros. Decidi que urgentemente escreveria em forma de protesto, solidariedade e cumplicidade com pessoas que sofrem tentando encontrar um lugar ao sol. Dedico à todas pessoas que participaram com seus depoimentos, que me foram de uma grande ajuda. À vocês, brasileiros e estrangeiros de outras nações; que passam o mesmo ou pior do que nós passamos. Dedico principalmente à todas as mulheres, do dia ou da noite, “putas ou santas”. Que se sacrifica por uma vida melhor.