O que a gente tem que aguentar Fingir o que não sente, O que a gente tem que passar Nesta vida indecente. O beijo que dou não quero beijar Os lábios que sinto não quero sentir... Sorrio, enquanto quero chorar, Aguento o que não quero aguentar! Isso é vida? Pergunto-me... Muitas vezes imagino; quantas mulheres (neste mundo), Que querem outro destino. Vida dura, vida puta! Essa vida sem sentido... Fingir estar contente, quando no fundo querem gritar; Gritar, para que todo mundo ouçam; Essa vida não é minha! É somente uma ilusão da vida que eu não tinha. Vida dupla! Vida amarga! Prostituta? Talvez... Quem inventa nomes, quem diz ser quem não é; Quem finge amar quando odeia, o que é? Uma mulher, várias faces... Mesmo chorando tem que s
Tenho algumas informações que extrai de jornais e outras da internet. Agradeço as fontes que me cederam essas informações. Pois me foram de grande ajuda. Esta que vem a seguir foi extraída da revista Cláudia e tem tudo a ver com o conteúdo deste livro. Boa leitura! --------------------------------------------------------------------Matéria extraída da REVISTA CLAUDIA, ED. ABRIL. Brasileira = PROSTITUTA. É ASSIM QUE A EUROPA NOS VÊ. “Mulheres que escolhem Portugal e Espanha para estudar, fazer negócios ou simplesmente mudar de ares têm que provar o tempo todo que não estão lá para se prostituir ou arrumar marido. Fomos aos dois países rastrear as origens do preconceito – que se espalha pela Europa e está cada dia mais agudo.” Patrí
Até meados do século passado eram os portugueses que buscavam acolhimento no Brasil – e esses lembrem-se, também foram rotulados de “burros”. Recentemente, o quadro se inverteu. A partir de meados dos anos 80, os brasileiros começaram a emigrar para a Terrinha. Primeiro, gente de classe média-alta, profissionais feitos, como publicitários, economistas, especialistas em informática, engenheiros e dentistas. Como Portugal passava por um forte período de modernização, pós-adesão à Comunidade Econômica Europeia, essas pessoas eram necessárias e bem-vindas (a não ser no caso dos dentistas que entraram em concorrência direta com os profissionais locais). No final da década de 90, houve uma mudança no perfil do imigrante brasileiro que passou a desembarcar, aos
Uma história de maus tratos, sexismo e arrogância. “Meu nome é Patrícia Camargo Magalhães, tenho 23 anos e sou mestranda em física na USP. Dia 9 de fevereiro, embarquei no voo IB6820, saindo de Cumbica (Guarulhos) com destino a Madrid, local em que faria escala e seguiria ao destino final: Lisboa. Em Lisboa, iria apresentar meu trabalho de pesquisa na conferência Scadron70, que começou dia 11/02 e termina 16/02. No entanto, a falta de documentos em mãos que provassem a minha estadia em Lisboa fez com que ficasse retida na aduana, sob a desculpa inicial de verificação da quantidade de dinheiro que eu carregava. Ainda sem entender ao certo o que estava acontecendo, me dirigi ao local indicado e esperei ser chamada. Cheguei ao aeroporto de Madrid 9h30 da manhã de domingo. Às 13h30 ainda esperava que alguém
Começamos os nossos primeiros relatos com a história de Denise, uma carioca de 30 anos que passou por um constrangimento somente por acreditar em uma ilusão. E COMEÇA ASSIM... Denise nos conta:“Ontem, Cláudia ligou me convidando para jantar com um amigo de seu amigo. Fomos a um restaurante comum, mas de bom gosto. Ela estava vestida lindamente com sua minissaia justa, meias de rede e umas botas de cano alto. Cláudia chama muito a atenção, pois é uma mulata bonita, com os seus cabelos longos e louros. É falso, mas é dela. Está pago!(Como ela diz). Achei muita graça quando me disse isto. Olhei pela janela e vi o Porche vermelho, parado à minha porta (sempre fazem isso para impressionar, vem nos buscar com o melhor carro. Às vezes até emprestado, mas a primeira vista, <
Conheci a Marta em um bar de música brasileira na cidade do Porto, Portugal. Acabei por ficar sua amiga, pela sua simpatia e alegria de viver, embora sua vida não tenha assim tantos motivos para comemorações (...). Pouco a pouco fui me envolvendo em sua intimidade e acabei por descobrir que o que havia detrás daquela mulher alegre e descontraída era uma vida dura e cruel... Um dia lhe comentei que estava escrevendo um documentário sobre as brasileiras em Portugal e lhe perguntei se gostaria de fazer parte da nossa história. Ela aceitou, mas me pediu para assistir de perto um dia do seu “trabalho”. Em princípio senti um pouco de medo, mas depois pensei bem e decidi que isso enriqueceria de detalhes o meu livro, então aceitei! Ela me contou que viveu na Espanha. Trabalhava em um clube noturno, onde a dona era uma br
Conversei com uma moça de Pernambuco que me emprestou seu diário para que eu mostre ao mundo o que ela e muitas outras mulheres passam em Portugal por falta de oportunidade. Saem do Brasil com a ilusão de conseguir bastante dinheiro, mas quase nunca conseguem. E a vida se transforma de conto de fadas a pesadelo. Veja o que nos conta Camila, vinte e nove anos. E viaje neste submundo de tristeza, angústia e solidão. “Hoje começa minha loucura por arranjar um meio de sair desse buraco negro em que me encontro”... 31-01-99Gastei os meus últimos escudos telefonando para alguém me tirar do caos. Tenho que me virar de cabeça para baixo, mas tenho que conseguir dinheiro para pagar minhas contas; aluguel, água, luz, enfim, todas as despesas normais de uma família... Fui parar em Aveiro, depois de tanta
Perguntei a várias moças como que elas vieram parar em Portugal e as respostas foram variadas, mas quase todas se resumem de uma mesma maneira. São de vários estados do Brasil, mas ultimamente o que mais encontramos são mulheres de Goiânia e arredores. Entre outras, nordestinas, mineiras e outros variados Estados brasileiros. Vivo fora do Brasil hà 14 anos, mas às vezes sinto um pouco de vergonha em ser brasileira e ver tantas mulheres do meu país ter que se submeter a esse tipo de vida por falta de oportunidade de trabalho e falta de possibilidade em ter uma vida digna, sem sair do seu país. Gostaria muito que fosse diferente. Se Deus quiser o nosso Brasil vai mudar e então poderemos viver dignamente perto de todos que amamos.Fui visitar um café-bar perto de Guimarães, em um povoado pequeno onde trabalhavam algumas meninas brasileiras. Pedi a um amig