Estou aqui no meio da cozinha pensando tudo que falei para ela e todo confuso. Não vou mentir, quero muito que a Giulia não tenha dado a chave para o babaca do Andrea. Pelo estado que vi a menina e ele… Tomara que não tenha acontecido nada com ela. Já basta o que ela passou com aquele pai dela, velho filho da puta! Mattia fez bem tirar ela de lá. Ele é um cara maneiro, só não reconhece isso quem é um tremendo vacilão. Eu posso falar isso, se ele não tivesse me ajudado, estaria aí nas ruas, mendigando por prato de comida… Mas graças a Deus que ele apareceu na minha vida. Hoje eu moro aqui nessa mansão, tenho estudo, sou seu braço e também ele é meu melhor amigo. Nenhum dos caras sabe dessa nossa amizade, acham que que ele é meu chefe, mas não, somos amigos, quase irmãos e vê-lo daquele jeito quando viu a garota. Ele vai matar o Andrea, isso tenho toda certeza. Olho para o lado e Giulia está ao lado do fogão, apago o fogo da sopa. Sou completamente apaixonado por ela, mas preciso ter ce
Abri os olhos, mas estou vendo tudo embaçado. Levo as mãos para o meu rosto, assim que esfrego os meus olhos, sinto uma dor, ai. Já enxergando melhor e levo uma das minhas mãos no meu cenho, bem perto do meus lábios e sinto a dor que estava sentindo antes, ai, ai. Então noto que estou deitada e com uma toalha por cima do meu corpo. Tento me levantar e sinto uma dor no meu corpo. Ai… Porque está doendo e… Ergo a mão até toalha para levantar, sim, estou nua, mas não consigo me lembrar o por que estou aqui e desse jeito? Então faço um esforço para tentar ficar sentada, com uma mão seguro a toalha no meu corpo e com a outra uso de apoio para ficar sentada, ai, ai… Conseguir… E olho para frente e reparo o Mattia está batendo em alguma coisa no chão, eu acho, não estou conseguindo ver direito, ele está na frente. Pelo seu jeito parece com muita raiva… Mas por quê? Tirou algo e depois colocou no seu ombro, olhando daqui parecia… Sangue? Meu Deus! De quem é esse sangue? Logo ele levantou a p
Estava lá na cozinha junto com a Giulia e Carlinhos, que continuava insistindo para ajudar o seu amigo quando levamos um susto. — NÃOOO! — Ouvimos aquele grito e tenho toda certeza que não era do Andrea. Quando estava indo subir as escadas o Carlinhos e Giulia vieram atrás de mim. — Ei, vocês estão indo pra onde? — Pergunto, virando e fitando eles. — Quero ver o meu amigo, vê se ele está bem? — Disse o Carlinhos. — Esquece! Você não vai lá e não insista! — Ordeno, ela faz uma cara feia, porém me obedece. Depois olho para Giulia. — E você? Por que está indo lá pra cima? — Quero saber quem deu aquele grito? — Indaga, olhando para mim. — Posso garantir que não é do Andrea Parece ser de uma mulher, acho que é da novinha… —Tive a impressão que o semblante dela mudou depois que disse isso. — Ah… Mas quero ir lá ver como está aquela pirra… — Arqueio a sobrancelha. E se corrige. — Quer dizer, como está a menina… Pra gritar desse jeito deve ter acontecido algo, não acha que devo lá ajud
Acabei de chegar. A casa está lotada, isso não é novidade. As mulheres mais belas, morenas, negras, loiras e ruivas. Umas são magras e outras com um corpo de cintura fina, e quadril largo. E outras são bem cheinhas, mas que são bem gostosas. Aqui o que não falta são mulheres para se divertir, rs. Me aproximo do bar, já vou sentando e vem até mim a bartender. Outra diferença daqui. Só mulheres que trabalham aqui. Isso porque a dona prefere assim. — Boa noite, senhor Di Lauro. Vai querer o que pra beber? — Pergunta a bela morena de cabelos longos negros preso no rabo de cavalo. Estava usando uma blusa bem decotada mostrando seus belos seios avantajados e uma boca bem carnuda com um batom bem vermelho. — Pode ser uma caipirinha mesmo. — Digo, dando um leve sorriso pra ela. Que logo se distancia para preparar a minha bebida. Me viro e a bela loira de cabelos longos ondulados,estava vindo na minha direção. Está usando um mini vestido preto todo rendado com tiras, estava perfeitamente no
— Explica melhor isso! Estou confusa. É muita informação. — Ela está sentada com o corpo todo virado para mim. Dou um salto do sofá ficando distante, estou de costas para ela. — Mattia, fala o que aconteceu? Está me deixando preocupada! — Eu já disse! Eu perdi o controle… Sei que faz um tempo que tinha controlado esse lado… — Me viro e olho para ela, que continua sentada, está com as pernas cruzadas e com a coluna reta, encostada no seu sofá vermelho. — Mas quando a vi daquele jeito… — Abaixei a cabeça, com a mão apoiada na mesa, fechei o punho e dou um soco na mesa. — Ei, ei? Se acalma. — Ela levantou do sofá, veio até mim e levantou suas mãos no meu rosto. — Respira Mattia! Respira! — Olho para ela e faço o que ela disse. Comecei a respirar fundo e depois soltei o ar. — Isso. Vou pegar uma bebida pra você, ok? — Viro o meu rosto e assenti, sacudindo a cabeça. Ela foi até a sua adega, pegou um copo, colocou três pedras de gelo e depois colocou o conhaque. Se virou e caminhou até mi
— Mas está acontecendo igual quando você tinha dezesseis anos. Você fez exatamente quando ele fez com a pessoa que você amava e perdeu o controle… — A Vittoria tenta se aproximar, mas me afasto. Me viro de costas para ela, não quero me lembrar daquela situação horrível!***14 anos atrásEstava no meu quarto estudando para a prova que ia ter no dia seguinte, quando ouço a minha mamãe brigando com o papai.— Vai sair agora? — Ela chamou atenção dele. Estava ouvindo lá do meu quarto. Meu quarto é perto da sala e também a porta estava entreaberta. Estava em choque, não conseguia acreditar no que meus olhos viam. Ali, no chão, estava minha mãe, caída e sem vida. Seu pescoço marcado e roxo me deixou com um misto de tristeza e raiva. As lágrimas continuavam caindo sem controle enquanto eu a pegava delicadamente e a colocava em meu colo. Seu cabelo solto estava desarrumado, assim como sua roupa rasgada e amassada. Era uma imagem que não conseguia suportar, mas ali estava ela, morta… Minha querida mãezinha. Com as costas das mãos enxuguei meu rosto, tentando controlar o luto avassalador que tomava conta de mim. Saber que alguém havia machucado minha mãe dessa maneira era insuportável. Com todo o cuidado do mundo, levei-a para o seu quarto. Passo a passo, caminhando devagar em meio ao turbilhão de emoções que tomavam conta de mim. Finalmente cheguei ao quarto e coloquei-a com cuidado na camCapítulo Trinta e Sete - Mattia
Deito na cama e fecho os olhos, tentando afastar aquele momento desagradável da minha mente. Respiro fundo e me concentro nas lembranças do céu azul que tanto me encantava. A sensação de paz que ele trazia era reconfortante, como se todos os problemas desaparecessem por um instante. Enquanto descanso na cama, consigo sentir a brisa suave entrando pela janela aberta. O cheiro de grama recém-cortada invade o quarto, trazendo uma sensação ainda mais relaxante. Sinto-me em paz no meu cantinho azul. Mas antes de conseguir me deitar, a porta se abre novamente e Mattia entra no quarto. Ele me olha com preocupação e se aproxima lentamente. — E aí, tudo bem? — Uma voz de homem me tira do meu devaneio. Me viro e vejo que não é o Mattia, mas um dos seus funcionários. Ele é moreno, alto, tem o cabelo bem curto e escuro. Está vestindo uma camisa cinza e uma calça jeans preta. — A porta estava aberta. Como você está se sentindo? — Ele pergunta, mas eu desvio o olhar. Fico sentada na cama, abraçan