Estava em choque, não conseguia acreditar no que meus olhos viam. Ali, no chão, estava minha mãe, caída e sem vida. Seu pescoço marcado e roxo me deixou com um misto de tristeza e raiva. As lágrimas continuavam caindo sem controle enquanto eu a pegava delicadamente e a colocava em meu colo. Seu cabelo solto estava desarrumado, assim como sua roupa rasgada e amassada. Era uma imagem que não conseguia suportar, mas ali estava ela, morta… Minha querida mãezinha. Com as costas das mãos enxuguei meu rosto, tentando controlar o luto avassalador que tomava conta de mim. Saber que alguém havia machucado minha mãe dessa maneira era insuportável. Com todo o cuidado do mundo, levei-a para o seu quarto. Passo a passo, caminhando devagar em meio ao turbilhão de emoções que tomavam conta de mim. Finalmente cheguei ao quarto e coloquei-a com cuidado na cam
Deito na cama e fecho os olhos, tentando afastar aquele momento desagradável da minha mente. Respiro fundo e me concentro nas lembranças do céu azul que tanto me encantava. A sensação de paz que ele trazia era reconfortante, como se todos os problemas desaparecessem por um instante. Enquanto descanso na cama, consigo sentir a brisa suave entrando pela janela aberta. O cheiro de grama recém-cortada invade o quarto, trazendo uma sensação ainda mais relaxante. Sinto-me em paz no meu cantinho azul. Mas antes de conseguir me deitar, a porta se abre novamente e Mattia entra no quarto. Ele me olha com preocupação e se aproxima lentamente. — E aí, tudo bem? — Uma voz de homem me tira do meu devaneio. Me viro e vejo que não é o Mattia, mas um dos seus funcionários. Ele é moreno, alto, tem o cabelo bem curto e escuro. Está vestindo uma camisa cinza e uma calça jeans preta. — A porta estava aberta. Como você está se sentindo? — Ele pergunta, mas eu desvio o olhar. Fico sentada na cama, abraçan
Depois que a Guilia subiu para levar a sopa para novinha, não estava com a cara muito boa. Mas pelo o que ela viu, também ficaria daquele jeito. Quem sabe com a Guilia, ela come alguma coisa. Nisso estava na cozinha procurando alguma coisa pra comer, mas com isso que aconteceu perdi a fome. Não paro de pensar no que o fez com o Andrea. Depois o que ele fez com a novinha, claro, que tinha que levar uma lição mas… Como eu e até a Guilia fomos pro quarto e vimos o corpo… Todo quebrado, com vários cortes e furos no corpo… Nossa… Fazia muito tempo que não via o fazer aquilo… Ele torturou o cara e o pior na frente da novinha… Não entendi por que fez isso? Vou até a geladeira e pego uma garrafa d'água, depois a fecho, em seguida vou para pia onde estava o copo. Depois coloco a garrafa e o copo na mesa, em seguida puxo a cadeira pra sentar. Não demora muito ouço passos vindo das escadas, me viro e vejo e a Guilia sorrir quando me ver, mas por quê? — É com você mesmo que queria falar. — El
Passamos pelo quarto da pirralha. Pelo menos fez o que falei. Ficar quietinha e deixar a porta fechada. Paramos e estávamos na frente da porta da suíte do Mattia, claro que sair fechei a porta. Ele virou e olhou para mim, sacudindo a cabeça fazendo que sim. Ele virou e colocou a mão na maçaneta para abrir. Penso que está indo tudo como planejado. E vou transar com Riccardo, mas queria que fosse o Mattia, mas ele nunca vai me trazer aqui, então vai o Riccardo mesmo. Confesso que o estou me vingando dele. Porém, transar com ele é bem gostoso. Logo entramos na suíte, fui pra cama, deitei e senti aquele lençol de seda. E de repente notei o Riccardo ali no meio do quarto e olhando o lado esquerdo por uns cinco minutos. Me levanto e vou até ele, tocando no seu ombro. — Gatinho tudo bem? — Pergunto. — Foi aqui que o vi… — Ele estava apontando, acho que estava falando do babaca do Andrea. Putz, bem na hora que ia usufruir daquela cama para transamos ele vai ficar pensando no morto. Pelo men
Desligo o celular com um gesto brusco e depois o jogo com força contra a parede. A ira fervilha dentro de mim, um vulcão prestes a entrar em erupção. Por que ela fugiu? Por que, diabos?— Mattia, se acalme. O que aconteceu? — Ouço a voz calma de Vittoria, fazendo-me virar abruptamente para encará-la.— Me acalmar? A Emma fugiu! Mas o Riccardo vai pagar por isso. Dei uma ordem, uma ordem para mantê-la vigiada... E ela fugiu? — Minha voz soa carregada de indignação e frustração.— Mattia, ela fugiu com medo de você... — Vittoria dá um passo na minha direção, seus olhos fixos nos meus.— Medo de mim? EU NUNCA FARIA MAL A ELA! O QUE
Antes de procurar-lá vou passar em casa. Preciso saber o que aconteceu? Como ela fugiu? Assim que entro, vou indo pro salão e noto o Riccardo vindo, colocando a camisa. Fico grilado. Por que ele estava sem camisa? Vindo até mim, ergo a mão impedindo dele falar, que obedece na hora.— Pode me falar com ela conseguiu sair daqui já que estava trancada aquela porta? — Aponto para a porta que acabei de entrar. Ele abaixou a cabeça. Começo a ficar nervoso e também estou sem paciência. Pego no seu pescoço, ele olha pra mim. — EU FIZ UMA PERGUNTA?— Beleza… Solta o meu pescoço… Vou falar… — E o solto com força que perdeu um pouco de equilíbrio, mas continua em pé. Está com a mão no pescoço,
Merda! Agora estou aqui bem na sua frente e não sei o que fazer? Pensa Guilia! O que vou dizer pra ele? Só um momento… Me lembrei… É isso! Dou um leve sorriso e Riccardo levanta a sobrancelha não entendendo. Antes dele perguntar algo viro o meu rosto para o Mattia que estava me fuzilando.— Mattia tem uma explicação bem plausível para isso.— Sério? Qual seria? — Questionou, a voz sai ríspida, cruzando os braços na altura do seu peito.— Sim. Você.. . — Ele arqueia sobrancelha, me corrijo. — Bom, o senhor não tinha ordenado para o próprio Riccardo para limpar o seu quarto depois… — Aponto para seu quarto, tentando lembrar do ocorrido que aconteceu
— Emma! Acorda! — Ouço uma voz me chamando. Mas estou tão cansada. — Emma! Emma! — Sinto alguém me sacudindo. Levei as mãos nos meus olhos, esfregando. Logo, abri-los e vejo a dona Sheila na minha frente. Fico tão feliz que dou um salto do banco e vou pra cima dela abraçando. Fica surpresa, mas me abraça.— Que bom. Pensei que não fosse ver a senhora… — Lágrimas caem do meu rosto.— Mas por que você está aqui? — Se afasta e leva as mãos no meu rosto, depois enxuga as minhas lágrimas. — Está tão pálida e com essas olheiras… — Ela olha pra secretária que fica nos observando. Depois volta a olhar pra mim. — Vamos lá dentro conversar. Pega sua mochila.
Estava apertando o seu pescoço. Essa mulher está me impedindo de eu levar o meu anjo? Está querendo morrer.— Mattia! Solta ela! — Ela vai até o meu braço fazendo força para eu soltá-la. — Por favor… Está machucando ela…— Bem que merece! Está me atrapalhando de levar você pra casa!— Eu volto! Mas solta ela.— Se eu soltar você volta pra casa? — Pergunto, olhando para ela, fixamente. Que assente, sacudindo a cabeça por concordar. Na mesma hora a solto que cai no chão, tossindo. Em seguida, Emma se abaixou para ajudar aquela mulherzinha.—