Estava lá na cozinha junto com a Giulia e Carlinhos, que continuava insistindo para ajudar o seu amigo quando levamos um susto. — NÃOOO! — Ouvimos aquele grito e tenho toda certeza que não era do Andrea. Quando estava indo subir as escadas o Carlinhos e Giulia vieram atrás de mim. — Ei, vocês estão indo pra onde? — Pergunto, virando e fitando eles. — Quero ver o meu amigo, vê se ele está bem? — Disse o Carlinhos. — Esquece! Você não vai lá e não insista! — Ordeno, ela faz uma cara feia, porém me obedece. Depois olho para Giulia. — E você? Por que está indo lá pra cima? — Quero saber quem deu aquele grito? — Indaga, olhando para mim. — Posso garantir que não é do Andrea Parece ser de uma mulher, acho que é da novinha… —Tive a impressão que o semblante dela mudou depois que disse isso. — Ah… Mas quero ir lá ver como está aquela pirra… — Arqueio a sobrancelha. E se corrige. — Quer dizer, como está a menina… Pra gritar desse jeito deve ter acontecido algo, não acha que devo lá ajud
Acabei de chegar. A casa está lotada, isso não é novidade. As mulheres mais belas, morenas, negras, loiras e ruivas. Umas são magras e outras com um corpo de cintura fina, e quadril largo. E outras são bem cheinhas, mas que são bem gostosas. Aqui o que não falta são mulheres para se divertir, rs. Me aproximo do bar, já vou sentando e vem até mim a bartender. Outra diferença daqui. Só mulheres que trabalham aqui. Isso porque a dona prefere assim. — Boa noite, senhor Di Lauro. Vai querer o que pra beber? — Pergunta a bela morena de cabelos longos negros preso no rabo de cavalo. Estava usando uma blusa bem decotada mostrando seus belos seios avantajados e uma boca bem carnuda com um batom bem vermelho. — Pode ser uma caipirinha mesmo. — Digo, dando um leve sorriso pra ela. Que logo se distancia para preparar a minha bebida. Me viro e a bela loira de cabelos longos ondulados,estava vindo na minha direção. Está usando um mini vestido preto todo rendado com tiras, estava perfeitamente no
— Explica melhor isso! Estou confusa. É muita informação. — Ela está sentada com o corpo todo virado para mim. Dou um salto do sofá ficando distante, estou de costas para ela. — Mattia, fala o que aconteceu? Está me deixando preocupada! — Eu já disse! Eu perdi o controle… Sei que faz um tempo que tinha controlado esse lado… — Me viro e olho para ela, que continua sentada, está com as pernas cruzadas e com a coluna reta, encostada no seu sofá vermelho. — Mas quando a vi daquele jeito… — Abaixei a cabeça, com a mão apoiada na mesa, fechei o punho e dou um soco na mesa. — Ei, ei? Se acalma. — Ela levantou do sofá, veio até mim e levantou suas mãos no meu rosto. — Respira Mattia! Respira! — Olho para ela e faço o que ela disse. Comecei a respirar fundo e depois soltei o ar. — Isso. Vou pegar uma bebida pra você, ok? — Viro o meu rosto e assenti, sacudindo a cabeça. Ela foi até a sua adega, pegou um copo, colocou três pedras de gelo e depois colocou o conhaque. Se virou e caminhou até mi
— Mas está acontecendo igual quando você tinha dezesseis anos. Você fez exatamente quando ele fez com a pessoa que você amava e perdeu o controle… — A Vittoria tenta se aproximar, mas me afasto. Me viro de costas para ela, não quero me lembrar daquela situação horrível!***14 anos atrásEstava no meu quarto estudando para a prova que ia ter no dia seguinte, quando ouço a minha mamãe brigando com o papai.— Vai sair agora? — Ela chamou atenção dele. Estava ouvindo lá do meu quarto. Meu quarto é perto da sala e também a porta estava entreaberta. Estava em choque, não conseguia acreditar no que meus olhos viam. Ali, no chão, estava minha mãe, caída e sem vida. Seu pescoço marcado e roxo me deixou com um misto de tristeza e raiva. As lágrimas continuavam caindo sem controle enquanto eu a pegava delicadamente e a colocava em meu colo. Seu cabelo solto estava desarrumado, assim como sua roupa rasgada e amassada. Era uma imagem que não conseguia suportar, mas ali estava ela, morta… Minha querida mãezinha. Com as costas das mãos enxuguei meu rosto, tentando controlar o luto avassalador que tomava conta de mim. Saber que alguém havia machucado minha mãe dessa maneira era insuportável. Com todo o cuidado do mundo, levei-a para o seu quarto. Passo a passo, caminhando devagar em meio ao turbilhão de emoções que tomavam conta de mim. Finalmente cheguei ao quarto e coloquei-a com cuidado na camCapítulo Trinta e Sete - Mattia
Deito na cama e fecho os olhos, tentando afastar aquele momento desagradável da minha mente. Respiro fundo e me concentro nas lembranças do céu azul que tanto me encantava. A sensação de paz que ele trazia era reconfortante, como se todos os problemas desaparecessem por um instante. Enquanto descanso na cama, consigo sentir a brisa suave entrando pela janela aberta. O cheiro de grama recém-cortada invade o quarto, trazendo uma sensação ainda mais relaxante. Sinto-me em paz no meu cantinho azul. Mas antes de conseguir me deitar, a porta se abre novamente e Mattia entra no quarto. Ele me olha com preocupação e se aproxima lentamente. — E aí, tudo bem? — Uma voz de homem me tira do meu devaneio. Me viro e vejo que não é o Mattia, mas um dos seus funcionários. Ele é moreno, alto, tem o cabelo bem curto e escuro. Está vestindo uma camisa cinza e uma calça jeans preta. — A porta estava aberta. Como você está se sentindo? — Ele pergunta, mas eu desvio o olhar. Fico sentada na cama, abraçan
Depois que a Guilia subiu para levar a sopa para novinha, não estava com a cara muito boa. Mas pelo o que ela viu, também ficaria daquele jeito. Quem sabe com a Guilia, ela come alguma coisa. Nisso estava na cozinha procurando alguma coisa pra comer, mas com isso que aconteceu perdi a fome. Não paro de pensar no que o fez com o Andrea. Depois o que ele fez com a novinha, claro, que tinha que levar uma lição mas… Como eu e até a Guilia fomos pro quarto e vimos o corpo… Todo quebrado, com vários cortes e furos no corpo… Nossa… Fazia muito tempo que não via o fazer aquilo… Ele torturou o cara e o pior na frente da novinha… Não entendi por que fez isso? Vou até a geladeira e pego uma garrafa d'água, depois a fecho, em seguida vou para pia onde estava o copo. Depois coloco a garrafa e o copo na mesa, em seguida puxo a cadeira pra sentar. Não demora muito ouço passos vindo das escadas, me viro e vejo e a Guilia sorrir quando me ver, mas por quê? — É com você mesmo que queria falar. — El
Passamos pelo quarto da pirralha. Pelo menos fez o que falei. Ficar quietinha e deixar a porta fechada. Paramos e estávamos na frente da porta da suíte do Mattia, claro que sair fechei a porta. Ele virou e olhou para mim, sacudindo a cabeça fazendo que sim. Ele virou e colocou a mão na maçaneta para abrir. Penso que está indo tudo como planejado. E vou transar com Riccardo, mas queria que fosse o Mattia, mas ele nunca vai me trazer aqui, então vai o Riccardo mesmo. Confesso que o estou me vingando dele. Porém, transar com ele é bem gostoso. Logo entramos na suíte, fui pra cama, deitei e senti aquele lençol de seda. E de repente notei o Riccardo ali no meio do quarto e olhando o lado esquerdo por uns cinco minutos. Me levanto e vou até ele, tocando no seu ombro. — Gatinho tudo bem? — Pergunto. — Foi aqui que o vi… — Ele estava apontando, acho que estava falando do babaca do Andrea. Putz, bem na hora que ia usufruir daquela cama para transamos ele vai ficar pensando no morto. Pelo men