CAPÍTULO 50 Don Antony Strondda Hoje vim para a boate decidido a resolver muitas coisas. Estou cansado de sentir que a Susany é um problema, quando eu sei que não é, então eu irei investigar isso a fundo. Hoje, também instalariam a barra vertical que mandei colocar no meu quarto. Quero ver a Fabiana dançando poli-dance só pra mim. Na boate: Cumprimentei o Enzo, e estranhei a sua cara de descontentamento. — O que foi, primo? Algo está errado? — perguntei ao entrarmos na sala VIP, e eu fechar a porta. — Temos dois assuntos para conversar, bem importantes! — sentei na minha cadeira, movi as sobrancelhas, esperando que continuasse. — Fale, sou todo ouvidos! Estou centrado o suficiente, hoje... nada vai me tirar do foco. — ergui as duas pernas cruzadas numa banqueta, enquanto ele nos servia uma bebida. — Primeiro... a sua cunhada é muito largada, não chama a atenção de ninguém! O certo seria dar um adiantamento a ela para comprar roupas, a mulher usa
CAPÍTULO 51 Susany (Contém gatilhos) Eu não aguento mais ficar presa nesse quarto. O Antony pensa que me deixando aqui vai me esconder da sua esposinha ridícula, mas eu darei um jeito de contar a ela que o filho que eu espero é dele, embora eu saiba que não seja, porque eu mesma programei isso. Fiz questão de ficar grávida do soldado Matias, porque é bem parecido com o Don, então ninguém vai desconfiar. O problema é que estou farta de ficar aqui, o meu plano não está dando certo, e ele não acreditou totalmente em mim, nunca vem me ver. Quando avisaram na portaria que um homem queria subir, eu logo arranquei a roupa que eu estava e coloquei uma camisola, sem sutiã, nem calcinha. Baguncei os cabelos e passei perfume. Abri a porta empolgada, mas quase fiquei sem ar quando vi quem era... — Matias? O que faz aqui? Eu não passei esse endereço... — eu mal terminei de falar e o soldado entrou e enfiou a mão no meu pescoço. Ele estava sem controle, assim como
CAPÍTULO 52 Don Antony Strondda Sem reação, continuei na beira da porta. — Entra! Andei treinando alguns movimentos na parte da tarde... — convidou Ela, com aquele sorriso safado no rosto. Eu não quis decepcionar, então entrei. Ela colocou a mão no meu peitoral e me empurrou levemente, mas, como com ela eu me deixo levar, acabei sentando na cama conforme me conduzia. — Esse roupão está cobrindo demais! — comentou com um tom baixo, e fechei os olhos, ao sentir a maciez da sua mão me despindo... como pode ser tão diferente quando estou com ela? Fui surpreendido com um beijo, e por mais tenso que eu estivesse, com ela eu relaxei. As minhas mãos apalparam com gosto a sua bunda, ela estava perfeita naquela lingerie preta. Mas, em seguida ela se afasta me deixando com um gostinho de “quero mais”, e caminha sensualmente a alguns passos de mim. Fico observando, prefiro não comentar nada, deixarei que ela me conduza por agora. Ela aperta um botão e começa a tocar
CAPÍTULO 53 Rebeca Prass E mais uma vez estou aqui... trabalho como garçonete, mas vivo escondida atrás desses balcões, na área da limpeza. Sem contar que a maior parte da noite eu passo escondida no galpão, praticamente lustrando aquelas garrafas tão caras de bebidas de ricos. — Não vai para o bar, hoje? — uma garçonete com uma roupa minúscula pergunta ao entrar na despensa da boate. — Estou ocupada, não vê? — fechei a cara, pois estou cansada de perguntas com segundas intenções. Estou agachada numa pilha de coisas para limpar, mal conseguem me ver e ainda conseguem zombar. — É por isso que vai continuar aí! Além de vir trabalhar toda ridícula com essa roupa de mendiga, ainda é arrogante! Não vai conseguir agradar cliente nenhum! Quem vai te querer? — Ao ouvir a sua frase, a minha vontade era de matar com uma pancada daquela garrafa esquisita que eu segurava. Se não custasse uma fortuna, eu a atacaria. Mas, claro que eu não deixaria barato, e voei naquela
CAPÍTULO 54 Fabiana Prass Como pude ser tão burra? Ele nunca vai me amar, o seu interesse é no meu corpo. Se ele não tivesse dito nada seria ainda pior, eu ficaria iludida, pensando que ele apenas ainda não estava pronto como eu estou, mas essa é uma ilusão que só existe na minha mente. Eu me entreguei sem reservas, dei tudo de mim, mas parece que não foi o suficiente. Sei que estou amarrada a ele, mas se ele não me ama, esse seu jeito de me tratar não vai durar, e ele muito em breve terá as suas amantes de volta. Fiquei bastante tempo no banheiro, não tinha coragem de sair de lá. Quando criei coragem abri a porta bem devagar, ele estava dormindo, e foi melhor assim. Fiquei olhando para ele um bom tempo, observando as suas feições do rosto, o seu cabelo desalinhado dando àquele charme, e só consegui dormir quando me aproximei, acho que me acostumei com o seu cheiro, o calor do seu corpo. Ele, mesmo dormindo me puxou para si, e mesmo sendo humilhante, eu me senti melhor ali, sou um
CAPÍTULO 55 Don Antony Strondda Acordei cedo e não quis acordar a Fabiana. O soldado Matias me ligou e agendou para conversar no anexo 2 da máfia italiana. — O que foi, soldado? — questionei assim que entrei. — O senhor já solicitou os exames da puttana? — acendeu um charuto. — É muito cedo, o médico me alertou dos riscos! Mas, eu vou descobrir isso hoje mesmo, estou a caminho do apartamento, e se não me responder, eu mesmo a matarei! — Posso pedir que me dê a puttana se o filho for meu? Porque se for seu, eu acabo com isso em fração de segundos! — soltou a fumaça devagar. — Eu vou pensar! A minha paciência acabou para com ela! — Entendo... — Vou até o apartamento, quer me acompanhar? Duvido que não confesse com o cano da minha pistola na garganta! — Vou com o meu carro! — assenti e fui para o apartamento em que ela estava, porém, não gostei nada do que descobri. — Soldado, onde está a puttana que estava aqui? — questionei com o que fico
CAPÍTULO 56 Fabiana Prass Que ódio estou desse homem. E, pior é a Rebeca não me ajudar, simplesmente obedeceu o Don e entrou nesse carro. — Ele parece dizer a verdade, está muito bravo... — cochichou no meu ouvido, mas fechei a cara para ela. O carro estava trancado, eu fiquei no meio do banco de trás, a Rebeca na esquerda e o Antony do meu lado direito. Ele é tão ciumento que preferiu que outro dirigisse e fez questão de tentar me controlar de novo, ficando do meu lado, como se fosse santo. Tentou me encostar o tempo todo, mas eu não deixei, de agora pra frente, ele vai se arrepender de ter me feito tudo o que fez, deixarei a vida dele virar um inferno. — Vem, vamos descer! — esticou a mão para me ajudar, mas eu o ignorei. Esperei a Rebeca descer e então desci por outro lado, andei afastada dele. Não fiz escândalo, não deixei os funcionários da casa perceberem o que acontecia, até porque não pretendo ficar aqui, no máximo de manhã eu já estarei bem longe, e esse mentiroso não
CAPÍTULO 57 Fabiana Prass — Estou dentro! — respondi sem nem pensar muito, era a minha única chance no momento. — Então vamos! No banheiro primeiro, depois pegamos por dentro. — ela se levantou e vi que agora era para valer, eu sumiria da vista do Antony. Reparei que muitos nos olharam quando levantamos, provavelmente aos comandos do Don, mas como pegamos o corredor para os banheiros, foi tranquilo. Laura ficou de olho em tudo, pelo visto eu não a conhecia o suficiente, é muito esperta. Entramos num quarto imenso que tinha muitas roupas e acessórios, provavelmente das putas. — Sejamos rápidas! Tire essa roupa, coloque essa! — olhei para um pedaço de pano vermelho, tentando entender de que lado vestia, o treco tinha um pedaço que cobria apenas a bunda e os seios. — Como usa isso? — ela pegou de volta, virou o tecido e ajeitou para que eu vestisse. — Virá no meu funeral? — ela gargalhou. — Minha filha... O meu irmão nunca vai imaginar que é você, vai por