Luca acordou com uma dor de cabeça latejante. Ao abrir os olhos, percebeu que Sofia não estava na cama ao seu lado. Sentando-se, notou Dwayne sentado no sofá, de frente para ele. — Por favor, sem sermão agora — resmungou, passando a mão pelo rosto. — Deixa minha cabeça parar de doer primeiro. Dwayne cruzou os braços, impassível. — Tem remédio e suco de laranja bem aí do seu lado. Toma logo. Sem alternativa, Luca pegou o copo e o comprimido, engolindo-os rapidamente. Depois, olhou para o irmão. — Você sabe onde a Sofia está? — Não sei. Mas, conhecendo vocês dois, provavelmente ela está dançando com o perigo. É o que vocês mais gostam de fazer. — Dwayne suspirou. — Ela saiu há umas duas horas e não disse para onde ia. Luca arregalou os olhos. — O quê? Ela saiu e ninguém foi atrás dela ou tentou impedi-la? — Primeiro, ela não foi sozinha. Levou vários seguranças com ela. Segundo, por que você não enxerga a mulher que ela se tornou? Você ainda a vê como a garota inocente
Agora que Sofia e Emilly eram oficialmente as novas donas dos shoppings StarRed, precisavam organizar tudo em casa, especialmente com as crianças. Para isso, chamaram Irina, a governanta, e Nora, a babá, para uma conversa. — Meninas, agora que passaremos parte do dia fora e, em alguns momentos, precisaremos viajar por um ou dois dias, vocês acham necessário contratarmos mais alguém para ajudar com as crianças? — perguntou Sofia. — Não, senhora! — respondeu Irina com firmeza. — Não precisamos de estranhos perto das crianças. — Concordo com ela! Eles já estão acostumados com a gente — acrescentou Nora. Emilly suspirou, mas manteve sua posição. — Mesmo assim, vou chamar pelo menos uma pessoa para testar. Se realmente não for necessário, dispensamos. Tudo bem assim? Sofia percebeu que Irina e Nora não gostaram muito da ideia, mas, no fim, aceitaram. Com essa questão resolvida, era hora de renovar o guarda-roupa. As duas passaram o dia comprando novas roupas, escolhendo peças que mos
O primeiro dia como dona dos shoppings StarRed havia chegado, e Emilly sentia-se nervosa. Nunca administrou nada na vida, e Sofia também não, mas Dwayne garantiu que reunirá uma equipe excepcional para ajudá-las. Ele também deixará claro que, em caso de dúvidas, poderiam chamá-lo a qualquer momento. — Amiga, está pronta para o nosso primeiro dia como patroas? — perguntou Sofia, animada. — Nem um pouco… e, ao mesmo tempo, firme e forte. Vai entender! As duas riram antes de criarem coragem para entrar na sala de reuniões. Luca e Dwayne haviam organizado o encontro para apresentá-las como as novas donas da empresa. Sofia insistiu que fossem sócias igualitárias, e tudo transcorreu perfeitamente. Com o fim do expediente, retornaram para casa, pois Emilly esperava a chegada da nova babá, que ajudaria nos cuidados com as crianças. Ao entrarem, encontraram uma jovem sentada no sofá, vestindo roupas justas e curtas. — Quem é você? — perguntou Sofia, séria. — Sou a nova babá. E você? —
Já fazia alguns dias que Luca e Sofia haviam retornado da lua de mel, mas o intenso trabalho na administração dos shoppings StarRed estava mantendo o casal afastando. Ela trabalhava durante o dia, enquanto ele passava as noites administrando as cargas que chegavam. Luca havia imaginado que teria mais tempo para ficar com ela ao se dedicar apenas à máfia, mas se enganou. Assim que Sofia chegava, ele já estava de saída. — Oi, grandão. Você já está de saída? — perguntou Sofia ao vê-lo se preparando para sair. — Sim, pequena! Preciso ir. Estamos investigando alguns furtos em uma base a cerca de duas horas daqui. — Poxa... Não ficamos juntos desde a lua de mel. Estou com saudades. — Eu também, amor. Ela o beijou e, sem perder tempo, pulou em seu colo. — Pequena, não faz isso. Estou sem tempo e preciso mesmo ir. — Então, hoje você vai se atrasar por cinco minutos. No colo dele, Sofia tirou o vestido, tocando no ponto fraco de Luca. Como sempre, ele não resistiu e a levou p
Dwayne estava em seu quarto, sentindo-se cansado. O motivo era claro: não estava se alimentando bem e trabalhava demais. Depois de um banho, deitou-se na cama, apenas com uma toalha enrolada na cintura, refletindo sobre algumas coisas. Foi então que Alice entrou sem bater. — O que você quer, Alice? Sua mãe não te ensinou a bater antes de entrar? — perguntou ele, irritado. — Eu não sabia que você estava de toalha, me desculpa — respondeu ela, mas permaneceu olhando para ele. Dwayne se levantou, impaciente. — Fala logo, garota. Não é legal você estar aqui no meu quarto sem a minha mulher por perto. — Sua mulher não tem parado em casa... Você deve estar se sentindo carente, né? — E isso é da sua conta por quê? Ah, é... Não é da sua conta. Agora sai daqui. Quando Dwayne se virou para ir até o closet, Alice se jogou sobre ele, desequilibrando-o. Os dois caíram no chão, com ela por cima dele. — Ai, me desculpa, eu tropecei — disse ela, aproveitando a posição para se esfregar
Sofia não estava se sentindo bem. Achava que havia pegado um resfriado, então avisou a Emilly que não iria ao escritório naquele dia. Emilly foi sozinha, mas o pessoal de lá era muito prestativo e, com certeza, a ajudaria no que fosse necessário. — Pequena, você está com 39,5°C de febre. Vou te levar para o médico, não acho que seja apenas um resfriado comum — disse Luca, preocupado. — Não, grandão. Tomei um antitérmico e preciso esperar para ver se faz efeito — respondeu Sofia, tentando acalmá-lo. — Dá para ver que você está cansada e está com dificuldade para respirar. Me deixa te levar ao médico. — Estou assim porque meu nariz está entupido. Olha, amor, se a febre não baixar em uma hora, descemos para o doutor Lewis me examinar. Tá bom? Luca suspirou, contrariado. — Minha pequena teimosa... Então vou deitar aqui com você, tá bom? — Tá, amor... Sofia não havia dormido bem na noite anterior, então pegou no sono rapidamente. Luca observou enquanto Sofia dormia, mas percebeu q
A última coisa que Dwayne lembrava era de ter tomado uma dose de uísque que estava na mesinha ao lado da cama. Depois disso, tudo começou a parecer estranho—um calor intenso, um formigamento no corpo e um desejo incontrolável. Ele se recordava vagamente de Alice se aproximando e começando a tirar a roupa, mas tudo estava confuso. Em meio à névoa de sua mente, teve certeza de que viu Emilly. Depois que tudo se resolveu, Dwayne foi até Alice, que estava na sala de descanso dos seguranças, enrolada apenas em um lençol. Ele já sabia que Sofia a tinha entregue para eles. Quem mexia com a máfia precisava estar ciente das consequências—não havia piedade. — Então, Alice, acho melhor começar a falar — disse Dwayne, friamente. — Esses brutos abusaram de mim! Isso não vai ficar assim! — ela gritou, tentando demonstrar indignação. Dwayne riu, sem humor. — Mas não era exatamente isso que você planejava fazer comigo? Então me diz, qual é a diferença? Ah, entendi... É porque eu sou homem e voc
Dwayne, Draco e Luca precisavam ir para MarkHam, uma cidade distante. A base local estava enfrentando grandes problemas, e a viagem não seria curta. Eles teriam que permanecer lá por pelo menos um mês ou mais, o que tornava tudo ainda mais difícil, pois já tinham pouco tempo para a família. — A Emilly e eu decidimos não ir ao escritório hoje, já que vocês viajam esta noite — Sofia disse a Luca. Ele passou o dia com a família e, ao anoitecer, ficou com as crianças, brincando com elas até que se cansassem e adormecessem. — Você sai em uma hora… será que ainda tem tempo para mais uma coisa? — Sofia sussurrou com um sorriso sedutor. Ela o beijou e o empurrou para a cama, tornando o momento íntimo tão intenso que Luca acabou se atrasando. Quando saiu correndo para o carro, Dwayne já o esperava. — Cheguei aqui há trinta segundos, então acho que temos o mesmo motivo para o atraso — Dwayne comentou, rindo. — Sim, nosso atraso tem nome e nosso sobrenome — Luca respondeu, enquanto seguiam