Já fazia alguns dias que Luca e Sofia haviam retornado da lua de mel, mas o intenso trabalho na administração dos shoppings StarRed estava mantendo o casal afastando. Ela trabalhava durante o dia, enquanto ele passava as noites administrando as cargas que chegavam. Luca havia imaginado que teria mais tempo para ficar com ela ao se dedicar apenas à máfia, mas se enganou. Assim que Sofia chegava, ele já estava de saída. — Oi, grandão. Você já está de saída? — perguntou Sofia ao vê-lo se preparando para sair. — Sim, pequena! Preciso ir. Estamos investigando alguns furtos em uma base a cerca de duas horas daqui. — Poxa... Não ficamos juntos desde a lua de mel. Estou com saudades. — Eu também, amor. Ela o beijou e, sem perder tempo, pulou em seu colo. — Pequena, não faz isso. Estou sem tempo e preciso mesmo ir. — Então, hoje você vai se atrasar por cinco minutos. No colo dele, Sofia tirou o vestido, tocando no ponto fraco de Luca. Como sempre, ele não resistiu e a levou p
Dwayne estava em seu quarto, sentindo-se cansado. O motivo era claro: não estava se alimentando bem e trabalhava demais. Depois de um banho, deitou-se na cama, apenas com uma toalha enrolada na cintura, refletindo sobre algumas coisas. Foi então que Alice entrou sem bater. — O que você quer, Alice? Sua mãe não te ensinou a bater antes de entrar? — perguntou ele, irritado. — Eu não sabia que você estava de toalha, me desculpa — respondeu ela, mas permaneceu olhando para ele. Dwayne se levantou, impaciente. — Fala logo, garota. Não é legal você estar aqui no meu quarto sem a minha mulher por perto. — Sua mulher não tem parado em casa... Você deve estar se sentindo carente, né? — E isso é da sua conta por quê? Ah, é... Não é da sua conta. Agora sai daqui. Quando Dwayne se virou para ir até o closet, Alice se jogou sobre ele, desequilibrando-o. Os dois caíram no chão, com ela por cima dele. — Ai, me desculpa, eu tropecei — disse ela, aproveitando a posição para se esfregar
Sofia não estava se sentindo bem. Achava que havia pegado um resfriado, então avisou a Emilly que não iria ao escritório naquele dia. Emilly foi sozinha, mas o pessoal de lá era muito prestativo e, com certeza, a ajudaria no que fosse necessário. — Pequena, você está com 39,5°C de febre. Vou te levar para o médico, não acho que seja apenas um resfriado comum — disse Luca, preocupado. — Não, grandão. Tomei um antitérmico e preciso esperar para ver se faz efeito — respondeu Sofia, tentando acalmá-lo. — Dá para ver que você está cansada e está com dificuldade para respirar. Me deixa te levar ao médico. — Estou assim porque meu nariz está entupido. Olha, amor, se a febre não baixar em uma hora, descemos para o doutor Lewis me examinar. Tá bom? Luca suspirou, contrariado. — Minha pequena teimosa... Então vou deitar aqui com você, tá bom? — Tá, amor... Sofia não havia dormido bem na noite anterior, então pegou no sono rapidamente. Luca observou enquanto Sofia dormia, mas percebeu q
A última coisa que Dwayne lembrava era de ter tomado uma dose de uísque que estava na mesinha ao lado da cama. Depois disso, tudo começou a parecer estranho—um calor intenso, um formigamento no corpo e um desejo incontrolável. Ele se recordava vagamente de Alice se aproximando e começando a tirar a roupa, mas tudo estava confuso. Em meio à névoa de sua mente, teve certeza de que viu Emilly. Depois que tudo se resolveu, Dwayne foi até Alice, que estava na sala de descanso dos seguranças, enrolada apenas em um lençol. Ele já sabia que Sofia a tinha entregue para eles. Quem mexia com a máfia precisava estar ciente das consequências—não havia piedade. — Então, Alice, acho melhor começar a falar — disse Dwayne, friamente. — Esses brutos abusaram de mim! Isso não vai ficar assim! — ela gritou, tentando demonstrar indignação. Dwayne riu, sem humor. — Mas não era exatamente isso que você planejava fazer comigo? Então me diz, qual é a diferença? Ah, entendi... É porque eu sou homem e voc
Dwayne, Draco e Luca precisavam ir para MarkHam, uma cidade distante. A base local estava enfrentando grandes problemas, e a viagem não seria curta. Eles teriam que permanecer lá por pelo menos um mês ou mais, o que tornava tudo ainda mais difícil, pois já tinham pouco tempo para a família. — A Emilly e eu decidimos não ir ao escritório hoje, já que vocês viajam esta noite — Sofia disse a Luca. Ele passou o dia com a família e, ao anoitecer, ficou com as crianças, brincando com elas até que se cansassem e adormecessem. — Você sai em uma hora… será que ainda tem tempo para mais uma coisa? — Sofia sussurrou com um sorriso sedutor. Ela o beijou e o empurrou para a cama, tornando o momento íntimo tão intenso que Luca acabou se atrasando. Quando saiu correndo para o carro, Dwayne já o esperava. — Cheguei aqui há trinta segundos, então acho que temos o mesmo motivo para o atraso — Dwayne comentou, rindo. — Sim, nosso atraso tem nome e nosso sobrenome — Luca respondeu, enquanto seguiam
Emma tinha uma mulher incrível ao seu lado. Ela e Victoria se conheceram em um grupo de Alcoólicos Anônimos (AA). Emma estava lá porque, em um dos episódios mais graves de sua vida, atropelou uma pessoa enquanto dirigia embriagada. Na verdade, já era a terceira vez que aquilo acontecia. Como parte de sua condicional, era obrigada a frequentar as reuniões do grupo de apoio. No começo, foi contra sua vontade, mas, olhando para trás, percebia que aquela havia sido a melhor decisão de sua vida. Foi lá que viu Victoria pela primeira vez. Linda, ruiva... Logo pensou: — “Quero essa ruivinha para mim.” Oi, me chamo Emma. E você? — Muito prazer, Emma. Eu sou Victoria. O que te trouxe aqui? Emma decidiu ser sincera. Se quisesse que aquilo desse certo, não poderia mentir. — Uma das condições da minha condicional era vir para essas reuniões. — Eu também estou aqui por causa da condicional... — Victoria sorriu de canto e, sem rodeios, perguntou: — O que você fez para ir presa? — Atropelei
Sofia chegou a Markham sob uma forte chuva. Estava ali para surpreender Luca, depois de tirar três dias de folga. Quando voltasse, Emilly viajaria para ficar com Dwayne. Ela estava ansiosa para vê-lo, afinal, já fazia meses desde a última vez que se encontraram.Ao chegar à base, foi recebida por Dwayne, que lhe informou que Luca estava no quarto. Ele a levou até a porta e, ao abri-la, Luca se surpreendeu ao vê-la.— Amor, você por aqui? Eu estava com tanta saudade — disse ele, abraçando-a com força.Para a surpresa de Sofia, ele começou a chorar. Ela também sentia falta dele, mas algo no comportamento de Luca parecia errado.— Aconteceu alguma coisa? — perguntou, preocupada.— Eu só quero sentir você mais uma vez, amor, só mais uma vez. — ele respondeu, antes de beijá-la e começar a despi-la.Fizeram amor intensamente, e Sofia percebeu o quanto Luca estava concentrado nela. Aquilo só reforçou sua suspeita de que algo estava errado.O jeito como ele apertava o corpo dela contra o dele
Sofia voltava para a base, mas, sinceramente, não queria olhar para Luca naquele momento. Assim que entrou no quarto, ele se levantou para ir até ela, mas sua voz o deteve. — Pare onde está. — Amor, eu sint... — Para de falar também. Ela ainda não havia decidido o que faria, mas, ao encará-lo e lembrar-se da história de Emma e Victoria, finalmente soube como agir. Além de ser uma forma de lidar com sua mágoa, ajudaria Luca a mudar. — Você vai me deixar? — ele perguntou, apreensivo com a voz embargada. — Eu deveria, não é? Mais uma vez, você me traiu. Mesmo que tenha sido sem intenção, ainda assim me traiu... Ou quase. Ainda não sabemos ao certo. — Amor, eu... — Eu não disse que você pode falar — cortou ela. — Aqui estão as minhas condições para eu não pedir o divórcio agora mesmo. Luca assentiu rapidamente. — Se você não me deixar, faço qualquer coisa. — Primeiro, você vai se inscrever no AA. Isso é inegociável. Segundo, você nunca mais vai colocar uma gota de álcool na boc