ELIJAH
Eu precisava socar alguma coisa, não qualquer coisa e sim alguém. Precisava tirar essa raiva de dentro de mim, minha pele formigava e minha carne tremia com tudo o que estava acontecendo. Minha respiração estava pesada como se tivesse corrido tanto ao ponto de chegar ao extremo cansaço, só que eu nunca canso. Nesse caso, era só a raiva mesmo.
Diane não estava mais com sua atenção para mim, seus olhos estavam fixos em sua filha, ela estava ao lado de Ravina, passando a mão em seus longos cabelos negros e pude ver o quanto a mais velha estava sofrendo com aquela situação. Meus olhos acompanhavam todos os movimentos da mão da mãe de Ravina em seu cabelo, o cuidado e amor que ela transmitia através daqueles toques.
Adam se aproximou de mim com cuidado, ele sabia a guerra que havia dentro de mim e sabia, também, que eu estava sob pressão. Pressã
KARINEstava olhando o meu reflexo no espelho, como me tornei esse ser deplorável? Meus cabelos tingidos por todos esses anos em uma cor que não era a minha tudo para entrar dentro desta casa e me misturar. Abri mão da minha própria liberdade por um bem maior. Já não havia nada que pudesse me parar, na verdade, nada me segurava antes e agora, depois de ser expulsa, os meus planos vão se iniciar e a vontade dos meus pais e familiares irá ser concretizada.Vamos destruir aqueles vampiros miseráveis que nos roubaram o trono. Eles verão a fúria dos Brixtons, tive que esperar pacientemente, jurei que estaria aqui dentro, vendo de camarote a desgraça dos Rudolphs, mas as coisas mudaram e vou ter que me retirar, porém será melhor assim. Afinal, o que eu vou fazer vai ser uma festa... de desgraças.Olhei meu re
JUSTIN Todo o meu corpo estava em uma dor profunda e horripilante. Sentia como se estivesse sendo queimado, minhas veias pareciam conter ácido e minha cabeça estava a ponto de explodir. Não sei explicar ao certo como era aquela tortura, mas de alguma forma parecia ficar pior à medida que tentava mexer meu corpo. Eu sentia que estava no inferno, cada poro do meu corpo ardia como se estivesse em brasa. Meu consciente estava ali presente, sentindo tudo e também ouvindo, mas não conseguia se concentrar devido a tanta dor. Cheguei a pensar que aquilo não teria fim, que ficaria sofrendo aquela dor e agonia para sempre. Dentro da minha mente eu gritava para que me tirassem daquele inferno, clamava por socorro, mas ninguém parecia me ouvir e tudo aquilo só me fazia ter certeza que aquela dor jamais cessaria. Não sei se aquilo durou dias ou horas, mas para mim pareceu uma eternidade. Como se eu já estivesse sofrendo tudo aquilo há muitos e muitos anos.
ELIJAHDIAS DEPOISJá se faziam dias que estávamos a espera de alguma melhora, já não sabíamos mais o que poderíamos fazer, eu estava a ponto de um ataque de fúria. Aqueles dois já estavam em um estado crítico, a cada dia que se passava eles morriam um pouco mais. A essência deles ia embora.Samuel estava ficando cinza, sim, cinza. Sua pele, antes, amendoada estava sem brilho e morbita. Ravina estava tão pálida que estava irreconhecível. Fato era que, eles estavam morrendo aos poucos. E toda aquela situação já estava me deixando irado. Não posso ter um ataque de fúria, caso contrário, aquele lado virá a tona e tudo se tornará ainda mais dificil toda aquela situação.Estava lutando comigo mesmo todos os dias para me manter são, mas a cada segundo que se passava e me e via naquela situação a minha carne tremia.Vampiros não costumam ter um ataque de ansiedade, mas acho eu que estou preste a ter um, talvez eu esteja exagerando, mas ta
ELIJAHElas haviam, enfim, chegado, foram dias ruins, na verdade, horríveis e desesperadores. Mas agora tudo iria mudar. As bruxas estavam ali para reverter aquela situação. Aquele sofrimento iria acabar.Encarei aquela mulher que tanto me odeia, Martha me encarou de volta com uma determinada friesa em seus olhos. Não a julgo, até mesmo eu me olharia daquela maneira. Ficamos, por alguns segundos, encarando um ao outro, olhares nada agradáveis devo dizer. Limpei a garganta depois de um tempo, percebendo como aquela situação estava tensa.- Martha. - Cumprimentei-a com um aceno de cabeça. Ela, gentil como sempre, desviou os olhos de mim e encarou a cama onde seu sobrinho e Ravina estavam. Seus olhos se cerraram e depois de alguns segundos ela fixou seus olhos em mim. Sua expressão não estava as das melhores.- Saia da minha frente. - Disse com a voz seca e sua expressão em desgosto. Suspirei pesadamente e fiz o que ela mandou. Martha passou por mim in
ELIJAHAs bruxas me olharam com ódio, Martha me mataria com o olhar se pudesse, mas também havia algo no olhar delas, medo. Estava bem escondido por trás de sua íris que transmitiam raiva, mas eu podia ver. Elas haviam parado, mas para mim não era o suficiente. Martha e suas irmãs tentaram me enganar e isso não vai ficar assim.- Solte-a Elijah. - Martha disse com os dentes trincados. Olhei no fundo dos seus olhos e um sorriso maldoso nasceu em meus lábios. O lado que elas liberaram, aquele em que eu lutei tanto para manter sob controle, estava tentando me dominar a todo custo. Sinto sob minha pele, aquele formigamento por todo o meu corpo, aquela sede de matança e aquele desejo insaciável de beber sangue. Estava tomando todo o meu controle e cada vez era mais difícil manter a sanidade.Elas nos enganou, mate-as.As bruxas merecem morrer, acabe com todas elas!Mate-as! Mate-as! Mate-as! Mate-as! <
JUSTINSe estávamos mortos? Provavelmente, na verdade eu não tinha nem dúvida de que isso poderia acontecer, Elijah estava transtornado e com sede de sangue. Aquelas bruxas não tinham ideia do que acabaram de fazer. Meu primo nos encarava com olhar predatório e um sorriso frio em seus lábios. Senti um frio na espinha quando aquela besta, sim besta, porque diante de mim estava uma criatura desconhecida.Elijah estava irreconhecível, seus olhos totalmente negros, suas mãos haviam garras longas e afiadas e sua aparência estava ficando cada vez mais estranha, sua pele estava ficando meio cinzenta e sua face estava ficando animalesca. Eu nunca vi nada parecido com isso, Elijah estava assustador. Meu primo gargalhou e me encarou com firmeza.- Ah primo, você é bem mais inteligente do que eu pensei. De alguma forma você me conhece, por isso será o primeiro que vou matar. - Falou aqu
JUSTIN- Fera? Que fera? Eu só vejo um garotinho mimado, inconsequente e imprudente. - Falei com aquela típica maldade no tom de voz e Elijah rosnou para mim. - Vejo um vampiro que se acha rei, que mostra para todos que é invencível, mas a verdade, Elijah Rudolph, futuro rei de Kings Landin's, você é um nada. Você sequer tem um legado, vive esboçando uma riqueza e grandeza que não é sua. Tudo isso não lhe pertence, não ainda. Fico me perguntando, o que seu pai acharia do merda que você estar se tornando? Do ser fraco que estar se monstrando? Porque você é um fraco, Elijah. - Completei venenoso, se fosse possível conseguiria até sentir o gosto amargo de minhas palavras, Elijah trincou o maxilar e cerrou os punhos. A respiração acelerada dele se tornou lufadas de ar, sua expressão deixava claro seu ódio e seus olhos fixaram em minha dire
JUSTINMeus olhos se abriram, minhas palpebras estavam pesadas e meus olhos turvos. Quando minha visão se acostumou ao ambiente em que eu estava tive que arregalar os olhos e me erguer rapidamente. Com certeza aquela sala não era nenhuma que existia na mansão onde morava, eu sabia muito bem que não havia nenhuma sala daquela forma porque conheço cada canto daquele lugar. Olhei ao redor a procura de alguém, franzi o cenho em confusão. Onde eu estava? Que lugar era esse? Será que as bruxas me sequestraram? Estava a ponto de gritar para ver se havia alguém ali, mas não foi preciso.- Ora, ora. Se não é meu primogênito. - Uma voz grave e levemente rouca falou nas minhas costas. Me virei com pressa, senti minha boca secar e engoli com dificuldade. - Olá Justin? - Falou meu pai com um sorriso presunçoso nos lábios.Fiquei meio minuto em choque imaginando como eu fui parar ali, justamente perto da pessoa que menos queria ver em toda a minha vida. Meu pai, Edmundo Black, não havia mudado muit