Alejandro— Não me convidara para entrar, Helena? — Alejandro inquiriu sério. Ela estava parada feito uma estátua. Decidida a vê-lo no dia seguinte, não se preparou para encontrá-lo em sua porta tão lindo e carrancudo.— Fique a vontade, senhor Sanches! — Deu passagem a ele. Alejandro entrou ainda com o semblante sério, ele olhava tudo com um olhar clínico, inspecionando cada milímetro do ambiente.— Então, vai se demitir! — Ele não perguntou e sim afirmou. Ela constatou o quanto ele estava chateado e magoado.— Senhor…— Hum, agora é senhor, não é mais Alejandro ou Alê? — Questionou com intensidade. Alejandro lhe tratava com frieza, mas a alegria por vê-lo tão bem e enxergando apagava qualquer coisa.— Eu…— Responda-me! — Ordenou. Helena o encarou descontente.— Porra, se me deixar concluir. — Ela se calou pondo a mão na boca — Me perdoe eu…Alejandro segurou ambos os braços dela com um sorriso lindo.— Você nunca havia xingado, Helena? — Perguntou. Ela balançou a cabeça em positivo
Alejandro— Que sorriso idiota é esse cara? — Pablo indagou zombeteiro. Ele já sabia quem estava nos pensamentos de seu amigo, apenas quer ter certeza.Por outro lado, Alejandro está pensando no quanto Helena o faz feliz, o tornou um homem muito melhor, ou pelo menos lhe deu o combustível para quer isso. A verdade é, que não sabe como será sua casa sem ela, já estava acostumado com sua presença, tanto dela, quanto da pequena gata. Sorriu ao lembrar da forma que correspondeu ao seu beijo, ela o queria, mesmo sem admitir o seu corpo não mente.— Não vai compartilhar? — Insistiu.— Não é da sua conta!— Hum, tô vendo que já voltou ao normal.— Ah, vai te lasca caramba. — bufou rindo — Vamos ao que interessa. Quero lhe conta quanto antes, amanhã volto para empresa e quero você atento.— Você está me assustando cara! Diz logo e para de suspense.— Estou sendo roubado!— O quê? — Pablo falou ainda sem acreditar no que ouviu.— Foi o que ouviu.— Como sabe?— Helena me trouxe alguns papéis e
Helena— Está atrasada! — Ele disse ao entrar na sala. Seu mau humor era palpável. Pendurou sua bolsa, tirou o terno, tudo isso alheio ao olhar de cobiça que recebia. Helena sentiu muito sua falta.Ele falou de mais humor— Isso não vai mais acontecer. — Rebateu sem graça pela sua reação física. Seu corpo está formigando, quente e sede tô pelo dele.— Por que? — Por que o quê, senhor Sanches? — Por que chegou atrasada? — Inquiriu com o punho cerrado. Ele não gosta da forma que as coisas estão se desenrolando entre eles. Ambos estão se distanciando.— Vim de carona com um amigo, por isso o atraso. — Explicou. A resposta dela apenas o irritou mais.— Pode ir.— Depois quero conversar contigo. — Disse antes de se virar.— Sobre? — Perguntou. A resposta dele foi fria, esfriou totalmente seu coração. — Deixa pra lá, não é nada importante. — Saiu triste. Helena pôs sua bolsa na gaveta de sua mesa, mas antes pegou seu bloco de notas e sua caneta. Organizou seu espaço de trabalho, abriu o c
Alejandro— Fala, Marina! — Alejandro pediu com o punho cerrado.— Tem algum tempo que Helena vem se queixando da sensação de ser observada. Fiquei preocupada, por isso pedi para ela te contar, mas pelo visto ela não fez. — Terminou suspirando. Ele agradeceu a ela e levantou. Foi direto para o quarto da mulher que toma todos os seus pensamentos ao dormir e acordar. Lembrou de mais cedo quando ela disse que queria falar com ele, mas seu ciúmes foi tão idiota que a tratou super mal. Entrou sem bater, a encontrou deitada em forma fetal. Ele sabia que ela não estava dormindo e sim chorando em silêncio.— Helena! — Chamou. Ela ouviu sua voz e virou. Ela parecia assustada.— O quê faz aqui? — Perguntou enxugando as lágrimas.— O quê acredita que eu faria ao saber quase foi atropelada?— Não precisava se deslocar até aqui, não quero incomodar.— Justo! Sei que está assim por causa de mais cedo. Naquela hora que quis falar comigo, era para contar sobre o fato de sentir que está sendo vigiada?
Helena— Helena, por favor! — Pediu ofendido.— Eu disse que não, Alejandro, não insista. -— Respondeu decidida. Amanhã é o baile de aniversário do seu namorado, será a fantasia, ele está insistindo em pagar a dela, contudo, ela não se sente bem em aceitar isso. Ele está chateado, nunca precisou implorar para comprar algo para uma mulher, pelo menos agora. Se fosse de sua vontade, sempre a presentearia com algo.— Tudo bem, não insisto mais. — Não fez questão de esconder seu desapontamento. Helena foi até ele e sentou em seu colo.— Não fique chateado comigo, eu sou assim, então, me machuca que não goste do meu jeito.— Não é nada disso, se você deixasse eu lhe presentearia sempre.— Tudo bem, pode fazer isso, mas não exagere, você me conhece, sabe que para mim menos é mais.— E a fantasia?— Isso não seria um presente, comprar a minha fantasia não abro mão.— Tá bom, teimosa. — beijou os lábios dela — Pelo menos sabe qual é sua fantasia?— Ainda não, sairei hoje com Nina para escolher
— Porque ainda não está arrumado? — Pablo indagou a Alejandro quando entrou em seu quarto.— Por causa da fantasia que Helena escolheu. — Respondeu carrancudo.— Pediu para ela escolher?— Sim, para irmos combinando. — Não me deixe mais em suspense, qual foi a fantasia?— Guerreiro viking! — Mostrou. Pablo gargalhou gostoso, colocando a mão na barriga.— Não achei graça.— Porém eu achei.— se levantou da cama — Acho melhor adiantar o lado, pois se estão combinando, se sua roupa é assim, imagina a dela.Assim que Sanches se atentou, se arrumou em dois tempos. Se olhou no espelho admirando suas tatuagens falsas.— Não ficou tão ruim. — Disse. Ambos chegaram a festa e o aniversariante foi parado por um dos convidados.— Parabéns Sanches, excelente festa.— Ele respondeu com educação, mas sua mente está em sua namorada. Haviam muitos fotógrafos espalhados por todo o salão ao ar livre. Ele sabia que amanhã estaria em todos os jornais da cidade e talvez do mundo, no entanto, por não está li
— Bom dia, mãe! — Alejandro saudou entrando na sala de jantar, logo em seguida beijou a bochecha dela.— Bom dia, filho! Onde está Helena? Vim passar o dia com vocês.Ele sorriu em contentamento. Sua mãe realmente gosta de sua mulher, muito diferente do tratamento que dispensava a sua falecida esposa. Ele pensava em como a intuição de uma mãe nunca falha. Se ele tivesse escutado naquela época não passaria pelas provações que passou. Somos reféns de nossas escolhas! Pensou.— Ela saiu cedo, faculdade. — Terminou comendo as tortilhas de batata com um sorriso imenso. A comida lhe lembrou a sua amada, não tem como não abrir seu melhor sorriso.— Parece que a noite de vocês foi muito boa. — Dona Inês comentou com um sorriso malicioso.— Dona Inês, dona Inês, não pergunte se não quer ouvir a resposta. — Alejandro gargalhou ao ver a cara de espanto de sua mãe. — Me respeite garoto, sou a sua mãe! — Ralhou. Ele se levantou e beijou o tipo da cabeça de sua genitora.— A senhora tem todo o meu
— Filho, levanta daí e nos conta o que está acontecendo. Porque Hele a saiu daqui daquele jeito, e porque está tão chateada contigo? — Inês perguntou com o coração nas mãos. Como mãe, ela consegue sentir a dor de seu filho, e isso lhe entristece, pois está de mãos atadas.Os presentes se sentiam da mesma forma. Yolanda, Javier, Jorge e Pablo se juntaram para saber o resultado do exame, não poderiam imaginar que acabaria desse jeito.Pablo observava seu amigo astutamente, botando o semblante carregado de dor. Ele viu apenas uma vez esse olhar, quando Alejandro descobriu que sua falecida esposa matou seu filho no ventre. Por isso ele está em silêncio, dando o apoio que precisa, pois sabe que no momento certo ele os contará o que aconteceu.— O resultado do exame saiu? — Jorge Inquiriu nervoso.— Sim, ela não está doente. — Respondeu ainda de cabeça baixa.— Isso é bom, não é? — Yó disse fechando o sorriso ao ver as lágrimas brilhando nos olhos do seu patrão.— Quero saber porque minha am