HelenaHelena se aproximou do homem que não sai dos seus pensamentos desde a primeira vez que o viu. Sua face pegava fogo e seu centro estava úmido mesmo ela tomando banho a pouco tempo. Isso é normal? Se perguntava.— Não precisa ficar nervosa. — Ele insistiuPara Helena não foi tão fácil, e foi nesse intuito que ela escolheu contar a ele.— Alejandro, tenho que lhe contar algo…— Eu sei, serei cuidadoso. — Disse beijando os nós de cada dedo dela.— Como sabe? Está tão na cara a minha falta de jeito?— Mesmo não enxergando, sou um homem observador, Helena. Não é falta de jeito, e sim inocência. — a posicionou em sua frente — Dispa-se, quero sentir seu corpo.Ela não pensou muito, apenas obedeceu seu comando. Tirou as alças de sua camisola, e a mesma caiu se amontoando em seus pés. Ele a tocou na face e desceu suas carícias em cada pele exposta. Era como ler em braile. Pensou controlando sua ansiedade.— O que quer que eu faça?— Não sei, faça o que quiser comigo, Alê! — Proferiu sôfr
AlejandroPassou-se um mês desde o dia que Alejandro dormiu com Helena, não aconteceu mais nada, pois ela sempre foge dele. Ele não ficou magoado, compreendeu, afinal foi a primeira vez dela. O mesmo compreende que coisas boas muitas vezes não são dadas de bandeja.— Senhor Sanches, sua mãe ligou. — Jorge informou — Perguntou se gostaria de almoçar com ela.— Avisa que não poderei, estou atolado de trabalho. Dei folga a Helena e estou sozinho.— Sim, senhor! — Ia se retirando.— Diga a ela que amanhã estou livre, e levarei Helena comigo. — Disse sorrindo e dispensando o mordomo. Não demorou muito, assim que o homem saiu o telefone tocou. Ele programou o celular para chamar com uma música diferente para cada pessoa, e para música tudo indica ser Pablo.— Fala, seu pastel! — Falou rindo.— “Sua gentileza me emociona.” — riu — “Como estão as coisas?”— Muito melhores.— “Estou gostando de vê.” — deu uma pausa dramática — “Estou nas nuvens, almocei com duas beldades.”— Será que tu não mu
Helena— Falta muito para tirar ele da sedação, doutor? — Ela perguntou novamente. Já se passaram três dias desde o ocorrido.— Senhorita Helena, como lhe disse nesses três dias, a um inchaço no cérebro para que ele não sinta nenhum desconforto, ou até piorar o edema, precisei induzi-lo ao coma. Quando desinchar ele voltará ao normal.— Releve doutor Antônio, ela só está preocupada com meu filho. — Dona Inês pediu abraçando a jovem de lado.— Obrigada dona Inês! — Helena sussurrou sem graça.— Não estou chateado, minha querida, fique em paz. Hoje realizaremos novamente a ressonância, se cedeu sairá ainda hoje.— Doutor, antes de desmaiar ele falou de um jeito, era como se me enxergasse. — ela bateu na cabeça — Perdoe-me por não falar antes, estive tão preocupada esses dias que nem me atentei, perdão senhora, Inês.— Se estiver certa, ele acordará enxergando. Torçamos! — O médico saiu deixando as duas mulheres sozinhas. Elas ficaram em silêncio por um bom tempo, apenas observando Alej
Alejandro— Não me convidara para entrar, Helena? — Alejandro inquiriu sério. Ela estava parada feito uma estátua. Decidida a vê-lo no dia seguinte, não se preparou para encontrá-lo em sua porta tão lindo e carrancudo.— Fique a vontade, senhor Sanches! — Deu passagem a ele. Alejandro entrou ainda com o semblante sério, ele olhava tudo com um olhar clínico, inspecionando cada milímetro do ambiente.— Então, vai se demitir! — Ele não perguntou e sim afirmou. Ela constatou o quanto ele estava chateado e magoado.— Senhor…— Hum, agora é senhor, não é mais Alejandro ou Alê? — Questionou com intensidade. Alejandro lhe tratava com frieza, mas a alegria por vê-lo tão bem e enxergando apagava qualquer coisa.— Eu…— Responda-me! — Ordenou. Helena o encarou descontente.— Porra, se me deixar concluir. — Ela se calou pondo a mão na boca — Me perdoe eu…Alejandro segurou ambos os braços dela com um sorriso lindo.— Você nunca havia xingado, Helena? — Perguntou. Ela balançou a cabeça em positivo
Alejandro— Que sorriso idiota é esse cara? — Pablo indagou zombeteiro. Ele já sabia quem estava nos pensamentos de seu amigo, apenas quer ter certeza.Por outro lado, Alejandro está pensando no quanto Helena o faz feliz, o tornou um homem muito melhor, ou pelo menos lhe deu o combustível para quer isso. A verdade é, que não sabe como será sua casa sem ela, já estava acostumado com sua presença, tanto dela, quanto da pequena gata. Sorriu ao lembrar da forma que correspondeu ao seu beijo, ela o queria, mesmo sem admitir o seu corpo não mente.— Não vai compartilhar? — Insistiu.— Não é da sua conta!— Hum, tô vendo que já voltou ao normal.— Ah, vai te lasca caramba. — bufou rindo — Vamos ao que interessa. Quero lhe conta quanto antes, amanhã volto para empresa e quero você atento.— Você está me assustando cara! Diz logo e para de suspense.— Estou sendo roubado!— O quê? — Pablo falou ainda sem acreditar no que ouviu.— Foi o que ouviu.— Como sabe?— Helena me trouxe alguns papéis e
Helena— Está atrasada! — Ele disse ao entrar na sala. Seu mau humor era palpável. Pendurou sua bolsa, tirou o terno, tudo isso alheio ao olhar de cobiça que recebia. Helena sentiu muito sua falta.Ele falou de mais humor— Isso não vai mais acontecer. — Rebateu sem graça pela sua reação física. Seu corpo está formigando, quente e sede tô pelo dele.— Por que? — Por que o quê, senhor Sanches? — Por que chegou atrasada? — Inquiriu com o punho cerrado. Ele não gosta da forma que as coisas estão se desenrolando entre eles. Ambos estão se distanciando.— Vim de carona com um amigo, por isso o atraso. — Explicou. A resposta dela apenas o irritou mais.— Pode ir.— Depois quero conversar contigo. — Disse antes de se virar.— Sobre? — Perguntou. A resposta dele foi fria, esfriou totalmente seu coração. — Deixa pra lá, não é nada importante. — Saiu triste. Helena pôs sua bolsa na gaveta de sua mesa, mas antes pegou seu bloco de notas e sua caneta. Organizou seu espaço de trabalho, abriu o c
Alejandro— Fala, Marina! — Alejandro pediu com o punho cerrado.— Tem algum tempo que Helena vem se queixando da sensação de ser observada. Fiquei preocupada, por isso pedi para ela te contar, mas pelo visto ela não fez. — Terminou suspirando. Ele agradeceu a ela e levantou. Foi direto para o quarto da mulher que toma todos os seus pensamentos ao dormir e acordar. Lembrou de mais cedo quando ela disse que queria falar com ele, mas seu ciúmes foi tão idiota que a tratou super mal. Entrou sem bater, a encontrou deitada em forma fetal. Ele sabia que ela não estava dormindo e sim chorando em silêncio.— Helena! — Chamou. Ela ouviu sua voz e virou. Ela parecia assustada.— O quê faz aqui? — Perguntou enxugando as lágrimas.— O quê acredita que eu faria ao saber quase foi atropelada?— Não precisava se deslocar até aqui, não quero incomodar.— Justo! Sei que está assim por causa de mais cedo. Naquela hora que quis falar comigo, era para contar sobre o fato de sentir que está sendo vigiada?
Helena— Helena, por favor! — Pediu ofendido.— Eu disse que não, Alejandro, não insista. -— Respondeu decidida. Amanhã é o baile de aniversário do seu namorado, será a fantasia, ele está insistindo em pagar a dela, contudo, ela não se sente bem em aceitar isso. Ele está chateado, nunca precisou implorar para comprar algo para uma mulher, pelo menos agora. Se fosse de sua vontade, sempre a presentearia com algo.— Tudo bem, não insisto mais. — Não fez questão de esconder seu desapontamento. Helena foi até ele e sentou em seu colo.— Não fique chateado comigo, eu sou assim, então, me machuca que não goste do meu jeito.— Não é nada disso, se você deixasse eu lhe presentearia sempre.— Tudo bem, pode fazer isso, mas não exagere, você me conhece, sabe que para mim menos é mais.— E a fantasia?— Isso não seria um presente, comprar a minha fantasia não abro mão.— Tá bom, teimosa. — beijou os lábios dela — Pelo menos sabe qual é sua fantasia?— Ainda não, sairei hoje com Nina para escolher