AndréDentro de minutos chegamos à empresa. Parei o carro e entreguei as chaves ao manobrista, segurando a minha pasta com firmeza, entrei no prédio indo em direção aos elevadores. Solicitamos e logo chegamos ao escritório. Como sempre, somos recebidos com todos aqueles falsos sorrisos, que eu odiava. Cumprimentei com um simples 'Bom Dia' e Adriel fez o mesmo. Olhei para Carlotta que se aproxima com uma pasta repleta de documentos e nos acompanha até a sala. — Bom Dia, Carlotta! Donato já chegou? — perguntei enquanto andava em direção a poltrona atrás da mesa— Bom Dia, senhor! Ainda não. Apenas ligou comunicando que atrasaria um pouco, pois teve um imprevisto em sua casa. Mas disse, ou melhor, a sua secretária me infotmou que dentro de pouco tempo estaria aqui na empresa.— É só o que me faltava, ele marca uma reunião alegando extrema urgência e ainda tenho que aguarda-lo. Pois bem, o que tenho para despachar Carlotta? Vamos adiantar todo o serviço de uma só vez. — falo e ela me ent
AndréDuas semanas depoisHoje completam exatamente quinze dias desde que Donatella aceitou a minha proposta de ir para o Brasil se passando por uma outra pessoa. Sinceramente jamais imaginei que ela aceitaria, mas para minha surpresa, concordou imediatamente. Perguntei o que ela desejava em troca por todo esse sacrifício, mas ela simplesmente respondeu que nada, disse que só o fato de esta longe do Donato e poder me agradecer por tudo o que havia feito por ela, já seria um grande privilégio. Pensei que fosse necessário um pouco mais de tempo ou até mesmo mais afinco de minha parte para convencê-la, mas o seu rancor pelo Donato é tão imenso, que ela não parou para pensar sequer uma vez antes de aceitar. Ainda não revelei o meu verdadeiro nome e muito menos contei nada à respeito do real motivo desse pedido, mas precisarei ser verdadeiro com ela antes de embarcamos para o Brasil, pois não é justo enganar alguém que já sofreu tantos abusos como Donatella. Algum tempo atrás eu não me imp
André — Sente-se aqui! Precisamos ter uma conversa muito séria, e se depois de tudo o que lhe disser você decidir se afastar, além de desistir da nossa viagem, irei aceitar sua decisão sem pestanejar. — disse segurando sua mão e sentando no sofá ficando frente à frente a Donatella, que me olhava desconfiada — Nossa Franco, quanto mistério! Fiquei até nervosa agora. — ela disse franzino a sobrancelha e sorrindo discretamente — É melhor começarmos por aí. Franco, não é o meu verdadeiro nome. Eu omiti a verdade para você. — ao dizer tais palavras noto seu olhar mudar, ela soltou as minhas mãos e se afastou automaticamente — Não é o seu nome? Como assim? — perguntou nervosa e com os olhos banhados em lágrimas — Me chamo André D'Angelis. Sou filho mais velho do Marco D'Angelis, amigo de seu pai Donato. — a cada palavra dita a sua decepção era ainda mais evidente, imaginei que isso não me atingiria tanto, mas agora diante da sua reação, constato que eu estava completamente equivo
AndréDona e eu tivemos uma tarde maravilhosa juntos, com muitas risadas, carinhos e brincadeiras. Jamais poderia cogitar a ideia de ficar próximo a uma mulher sem tentar leva-la para a cama. Mas com Dona tudo tem sido muito diferente, algo único. Após aquele beijo ficamos apenas trocando carinhos e conversando por longas horas. E sem percebermos acabamos adormecendo no sofá. Despertei com o meu celular tocando desesperadamente e com uma baita dor na lombar. Olhei a tela do aparelho e haviam várias notificações. Levantei cuidadosamente deixando Donatella dormindo um pouco mais. Fui até o banheiro e enquanto fazia minhas higienes averiguei todas as mensagens. Muitas eram propagandas, convites, algumas de Donato e outras de Arthur.Às de Donato eram somente dizendo que estava em busca de pistas que o levassem a Donatella e tratei imediatamente de exclui-las. Arthur simplesmente dizia que um plano estava sendo executado hoje mesmo para destruir o Grecco. Liguei afim de obter mais detal
ArthurNunca imaginei que conseguiria reencontrar a minha Eliza depois de longos anos de procura, e muito menos cogitar que viveríamos uma vida juntos. Passaram-se mais de quinze dias após aquela discussão terrível que tivemos por conta da minha crise de possessividade, mas por fim estávamos novamente bem. Foi duro admitir, mas me tornei um homem possessivo ao extremo, após reencontra-la. Não sei dizer se é pelo medo de perde-la, ou pelo simples fato de ter um rival tão impetuoso quanto André, que me fez ficar assim. Apesar de estarmos bem e felizes, às vezes pego Eliza pensativa pelos cômodos da casa. Por diversas vezes a notei com algumas lágrimas rolando em seu rosto. Não sabia explicar os motivos, mas também preferi não questiona-la, e simplesmente deixar que ela mesma viesse até a mim quando sentisse confortável para tal.Conseguimos resolver o problema do seu irmão Pyetro com a transfusão sanguínea, Eliza era compatível e fez todo o procedimento necessário para que ele recebesse
ArthurChegamos em casa e Anna correu eufórica direto para o seu mini ateliê. Isso mesmo. Havíamos montado um mini ateliê no quartinho dos fundos e era onde nossa princesinha passava a maior parte do tempo. Lá ela desenhava, costurava e também aprontava muito. Havia conversado com Eliza à respeito de contratar professores particulares até que fosse possível matricular Anna numa escola física, mas pelo andamento das situações não será necessário tomarmos essa decisão, até porque a partir de hoje mesmo ou mais tardar amanhã Victorio Grecco desapareceria do mapa.Eliza permaneceu na sala e eu fui imediatamente para o escritório resolver todas as pendências. Enzo e Rick me acompanharam, pois eles estariam a frente de tudo. Eu apenas apareceria para finalizar a missão. Diferentemente de todas as nossas cobranças, às quais eu sempre ficava nos bastidores sem participar ou ser notado, dessa vez eu iria participar assiduamente do início ou fim. Victorio Grecco fez muito mal a todos nós e por
ArthurEstava quase dormindo quando ouço um barulho vindo do corredor que dava acesso aos quartos. Levantei instantaneamente pegando imediatamente a arma que ficava guardada num fundo falso dentro na gaveta do criado mudo. Com a arma em punho vou em direção a porta e a abro imaginando que se tratava de algum inimigo ou até mesmo um animal perdido. Porém me deparo com a última pessoa que cogitaria está ali naquele horário e muito menos vestida daquela maneira. Fiquei tão surpreso que nem ao menos notei que estava somente de cueca e ainda por cima com uma arma nas mãos. Sem sequer pestanejar segurei Polyana pelo braço e a levei imediatamente para o seu quarto. Não poderia permitir que Eliza ou Anna a vissem nesses trajes. Entramos no quarto e ela estava com o semblante cabisbaixo, além de entristecido. Seu rosto corado por tamanha vergonha que estava sentindo. Fechei a porta e a sentei na cama. Puxei uma das poltronas que haviam por ali e sentei bem à sua frente. Fiquei aguardando ela
ArthurDeixei meus devaneios com relação a Polyana de lado e fui tratar de pôr em prática todos os meus planos. O dia já havia clareado faz tempo e nem sequer consegui fechar os olhos. Mas isso pouco importava, nesse momento tudo o que eu precisava era resolver definitivamente todos os nossos problemas o mais rápido possível, e era exatamente isso que iria fazer.Fui até o banheiro e tomei um banho demorado. Sai logo em sequência enrolado somente na toalha indo em direção ao closet. Peguei uma roupa simples e sem muitas frescuras. Quanto mais desapercebido estivesse hoje melhor seria. Terminei de me vestir e saio do quarto indo em direção ao escritório. Ao descer as escadas noto Rick se aproximando, gesticulo com a cabeça e ele me segue imediatamente até o escritório fechando a porta.— Acordado a essa hora Arthur? Ainda são apenas oito horas da manhã. — ele fala me observando — Esta até tarde para tudo o que temos para solucionar hoje. Tudo certo para a visita da mãe da Eliza no hos