Arthur Problemas e mais problemas. É somente isso que surge em nossas vidas. Se já não bastasse o maldito traficante de mulheres, ainda me surge esse tal de Medeiros. Esse sujeitinho tentará a todo custo descobrir os verdadeiros cabeças das organizações, mas essa pedra no meu sapato terei que eliminar o mais rápido possível, antes que comece a incomodar e me impedir de caminhar. Com essa escola de artes Eliza ficaria muito mais tempo com a mente ocupada e longe de puroblemas, e isso seria magnífico, porque agora eu preciso me preocupar somente emresolver a situação do babo, e também do maldito Victorio hoje ainda. Só assim poderíamos ter um pouco de paz, e esse tal policial, seria um problema que poderíamos resolver um pouco mais adiante. Terminei de ler o jornal e noto Polyana aparecer com uma valise em uma das mãos. A olho erguendo a sobrancelha e confuso falo: — O que está acontecendo por aqui? Vai viajar Polyana? — pergunto seriamente a olhando — Como pode ser sarcástico A
AndréEXAUTO! Essa era a única palavra que me definia naquele exato momento. Nunca fui um homem de viver aprisionado entre quatro paredes. Porém já completavam quase vinte dias que meu caminho se resumia ir ao banheiro, voltar para a cozinha, pedir comida, conversar com Dona e assistir séries ou filmes pela televisão. E para variar somente um pouco, hoje assistiria ao noticiário. Dona estava no banheiro e como sempre demoraria meio século para sair de lá. Então o que me restava seria assistir as novidades do nosso país. Ao ligar a televisão me deparo logo de cara com a informação de um veículo incendiado com vítimas fatais e os corpos estavam completamente carbonizados. Nem ao menos conseguiriam identifica-los. Somente através da arcada dentária que poderia ser realizada a identificação. Mas era óbvio que uma daquelas vítimas se tratava de Victorio Grecco. Esse tipo de ação é muito típica da máfia realizar. Arquitetam tudo de uma maneira que não deixam sequer vestígios. É... Arthur
AndréA minha última missão aqui em Palermo é acabar com Donato e esse negócio repugnante dele. Após conclui-la sairei definitivamente dessa cidade para nunca mais voltar. Estou pensando seriamente em ficar a frente de nossos negócios no Brasil e começar um novo império naquele lindo país. E se tudo correr como espero rapidamente estarei viajando para lá. Permaneci conversando com Dona durante todo o dia. Almoçamos juntos e acabamos de arquitetar todo o roteiro de nossa viagem. Faltam apenas cinco dias para irmos ao Brasil e pôr todo nosso plano em prática. De início nosso objetivo consiste em desmascarar Donato e arquitetar a sua prisão na hora do embarque, porém precisamos saber qual meio de transporte ele usará, pois através de muita pesquisa e fontes seguras descobrimos que as mulheres são exportadas através de navios, para assim evitar a inspeção que ocorre nos aeroportos.Dona não suporta o pai, mas me suplicou que não o matasse. Apenas quer vê-lo pagando por tudo o que cometeu
André Eu ainda não conseguia acreditar que aquilo estava acontecendo, e muito menos que essa visita de Donato tenha sido somente uma obra do acaso. Tem coisa por trás disso e vou descobrir agora mesmo. — O que faz aqui Donato? Alguém lhe convidou? — pergunto o encarando diretamente— André! Isso são modos de tratar o seu tio? — babo fala alterado — Ele não é o meu tio. Se tem alguém aqui nesta sala, que ainda mereça ser chamado assim, é o Francesco, por durante anos ter nos ajudado em absolutamente tudo. Agora esse sujeito? Ele não passa de um aproveitador, isso sim. Exijo que saia dessa casa Donato! Esse é um jantar em família e você não é bem vindo aqui. — falo tentando conter a minha fúria — Alcame-se André! Respeite o babo, ele não pode se aborrecer. — Adriel interfere — Tudo bem. Irei me controlar. Mas você trate de ficar bem longe de todos nós, e principalmente de mim, ou não respondo pelos meus atos. — falo firme olhando nos seus olhos e o cretino sorria como se nada do qu
AndréFRACASSO, era a única sensação que eu tinha. Me sentia um inútil por nem ao menos saber ao certo quem era a minha família na verdade. Tudo o que imaginava ser verdade não passava de mera ilusão. Por todos esses anos culpei a mamma por ser infiel e mentirosa, e todo esse tempo o único que sempre foi um falso era o babo. Nem ao menos sei se devo chama-lo dessa maneira. Na verdade eu não sabia de absolutamente mais nada naquele momento. Recordo de como zombava por Arthur ser um bastardo, e olha a minha situação agora... muito pior do que a dele. Pois ele tinha a sorte de ser filho de um grande homem como Francesco e de uma boa mulher como a mamma. E eu? Nem ao menos sabia quem era minha mãe e sobre o meu pai, descubro que não passa de um lixo humano. Quanta desgraça para um único homem! Estou pagando e sofrendo na pele por todo o mal que cometi a tantas pessoas. Foram tantas as vezes que as humilhei simplesmente pelo fato de ter dinheiro, status, beleza e por puro prazer. E ago
ArthurPermanecemos pensativos por um tempo, até que enfim começamos todos juntos a pensar numa solução para esse problema do maldito Donato. Tudo estava bastante arquitetado, até que de repente surge uma surpresa por parte de Eliza. Tentei relutar, ou melhor todos nós, porém inutilmente. Quando ela coloca algo em sua cabeça vai até o fim independentemente das consequências que suas atitudes iriam gerar.— O que vamos fazer babo? Esse homem não pode permanecer vivo ou se tornará uma ameaça para todos nós. — eu disse nervoso— Precisamos pensar com calma, meu filho, as coisas não são tão fáceis quanto parecem. — Francesco disse tentando acalmar os ânimos — Francesco tem razão em suas palavras. Donato não é qualquer pessoa. Primeiro era como se fosse um irmão para mim, depois é pai de Adriel e André. Querendo ou não, mata-lo não seria nada fácil para nenhum de nós. Ou será que estou enganado? — o babo dizia e todos nos entreolhamos sem saber o que dizer— Tenho uma opinião do que fazer
André FINALMENTE concluímos nossa reunião e Donato permaneceria na casa do babo apenas por essa noite. Conversei mais um pouco com Arthur e Adriel à respeito dos negócios da família, enquanto as mulheres se despediram umas das outras. Adriel iria se casar dentro de uma semana, porém tinha certeza que antes disso já estaríamos retornando. Ainda não concordava com a presença de Eliza nisso tudo e principalmente de querer levar a filha junto conosco, mas tentaria a todo custo convencê-la de que essa não era a melhor decisão a se tomar. Só espero que amanhã possamos conversar um pouco mais e que ela dessa vez vá até ao nosso encontro.Nos despedimos de todos e voltamos para o flat. Durante todo o caminho Donatella permaneceu em silêncio e até notei uma lágrima rolando do seu rosto. Aquilo me entristecia, pois tinha um carinho imenso por ela e agora ainda mais do que nunca. Somos irmãos e essa notícia foi a única parte boa disso tudo. Ao descobrir nosso parentesco, consegui perceber que
André Nossa! Ela estava linda. Perfeita como sempre.Continuo olhando para ele, mas de repente percebo que alguém a acompanhava.Espere! O que Arthur faz por aqui? Não estou compreendendo absolutamente nada. Estavam querendo brincar comigo só poderia ser isso. Ou qual explicação tinha para uma insanidade dessas?Tentei permanecer tranquilo enquanto percebo que estavam entrando no restaurante. Perguntam onde eu estava sentado e eles rapidamente vem em minha direção. Respiro fundo e tento manter a calma além de auto controle, porém não por muito tempo. Eles se aproximam e antes que pudessem dizer sequer uma palavra já digo tudo o que penso:— O que está acontecendo aqui? Não me recordo de tê-lo convidado para esse almoço Arthur. — dizia com as mãos cruzadas frente à boca — Acalme-se! Será que podemos nos sentar? — ele perguntou olhando para Eliza e eu me levanto puxando a cadeira para ela— E então, o que tem a me dizer?— André serei breve, porém objetivo com você. Eliza e eu nos con