Eliza
Me chamo Eliza Grecco, hoje tenho exatamente vinte e cinco anos. Sou formada em jornalismo, mas tenho uma segunda profissão, que tem se tornado um escape para todas as minhas frustrações. A Dança Contemporânea! Mas hoje realizo outro tipo de dança que também não deixa de ser uma arte e muito em breve apresentarei à vocês.Meu sonho era me tornar uma dançarina mundialmente conhecida. E de uma certa forma acabei conseguindo, por assim dizer.(...)Porém, também amo o jornalismo, pois através dele pude conhecer diversas histórias, lugares, culturas e além é claro de pessoas maravilhosas. Uma delas é a Sophie, uma mulher exuberante, forte e de uma beleza inigualável. Ela foi minha chefe e hoje se tornou a minha melhor amiga. Foi através dela e por ela que o maledetto Hyago Venturini entrou na minha vida. E foi a partir desse dia que minha história começou a mudar completamente. E por incrível que pareça, mudou para muito pior.(...)Horas antes de chegar à Palermo...Dias atuais... São Paulo/BrasilTerminei de arrumar minhas malas e tinha um vôo marcado para às 16h. Olhei no relógio e faltava somente duas horas para o nosso embarque.Isso mesmo! Nosso! Eu teria maravilhosas companhias nessa viagem. Minha amiga Sophie e a linda Anna Vitória de apenas cinco aninhos. A nossa chaveirinho. Mas de maneira alguma poderiam ser descobertas. Minha vida sempre foi cercada por mistérios e consequentemente quem estivesse ao meu lado infelizmente também correriam grandes riscos.Enfim... agora vou apresentar as minhas razões de viver. Primeiro vem a minha linda chaveirinho, Anna Vitória. Ela é uma linda menina de cabelos cor de mel lisos em cima e com cachos nas pontas. Com um par de olhinhos que são semelhantes a duas pedras preciosas, de uma beleza e raridade tremendas, de tão expressivos e brilhantes que são. É uma criança muito inteligente, observadora, perspicaz, muito carinhosa, uma grande companheira de bagunças, que tem um dom fora de série para a moda e tem uma personalidade fortíssima. Resumindo, ela é uma verdadeira mocinha, que com tão pouca idade já nos deixava de cabelos em pé com suas respostas afiadíssimas.Agora vou descrever a minha grande amiga Sophie. E o que falar dela? Uma mulher extraordinária que apesar de todas as dificuldades que já passou nessa vida, era a pessoa mais humana que eu poderia conhecer nesse mundo. Com seu corpo escultural, cabelos acobreados sempre brilhosos e muito bem cuidados. Possui um par de olhos verdes e uma boca carnuda que deixa os homens completamente loucos. Ela sabe tudo sobre a minha vida e eu da dela. Nos conhecemos de uma maneira inusitada que em breve contarei, mas que foi capaz de fazer surgir uma amizade para a vida inteira. Eu fui muito abençoada por Deus ter posto pessoas tão especiais em minha vida, e pode ter certeza que Sophie era uma delas. Definiria ela em somente duas singelas palavras: Bella Dona. Porque ela é uma mulher exuberante, estonteante que exala beleza, vivacidade e suavidade por onde passa. Resumindo, Sophie é simplesmente maravilhosa.Minha amiga Sophie estaria me aguardando no aeroporto junto com Anna e assim tentaríamos reconstruir as nossas vidas, justamente no lugar onde simplesmente o caos se iniciou na minha vida. Eu sabia que nunca seria feliz e completa sem antes descobrir todos os mistérios que envolviam as famílias Grecco e D'Angelis. E somente voltando à Itália, especificamente a Palermo, eu conseguiria isso. E assim fecharia definitivamente esse ciclo da minha vida.Morei longos anos aqui no Brasil, após conseguir fugir daquela segunda prisão, que vive ao lado da suposta tia Rose. Viemos viver na cidade de São Paulo e aqui pude usufruir de momentos únicos esquecendo um pouco das minhas frustações da infância.Mas tudo isso só foi possível com a ajuda do Enzo, o meu inseparável amigo. Por isso, ele se tornou cada vez mais importante na minha vida e ganhou um lugar muito especial e inesquecível no meu coração.Me sentia muito confortável aqui, por ter várias colônias italianas eu conseguia me sentir completamente acolhida. Mesmo tendo a sensação de estar sendo vigiada constantemente.(...)Aqui tive a oportunidade de aprender outro idioma, outros costumes e conhecer os meus maiores amores. Sophie e a preciosa Anna.O porquê do meu pai me enviar para tão distante me afastando completamente da minha mãe, e tirar toda a minha infância naquele maldito hospício na Itália? Não sei dizer e esse é justamente um dos motivos para o meu retorno à Palermo.Olhei pela última vez, digamos que penúltima vez, as paredes daquele lugar por onde passei os meus melhores e também piores momentos ao lado do Enzo. Até hoje não consigo compreender o porquê dele ter sido enviado para trabalhar num lugar tão longe como os Estados Unidos. Tinha quase certeza que o grande culpado disso era o maledetto Hyago.Enzo havia se tornado um grande empecilho para que Hyago concluísse os seus planos de destruir a minha vida. Mas eu tinha certeza que por trás do Hyago havia alguém maior, um grande maestro que regia toda essa orquestra, nos tornando suas marionetes.Enzo era fuzileiro naval, um dos melhores spiners que já vi em toda minha vida. Era muito ágil e preciso, além de ser lindo e ter me dado uma das maiores alegrias da minha vida. Com ele aprendi tudo o que sei sobre tiro e defesa pessoal.As artes marciais e as armas sempre foram umas das minhas maiores paixões. Enzo é um homem lindo, forte e com um par de olhos azuis que me deixavam louca. Além de ser muito bom na cama.Ele foi o primeiro em tudo na minha vida. Estava comigo quando tomei meu primeiro porre, quando tive pneumonia e quase morri. E também quando sofri aquela tentativa de assassinato. Só não morri ainda porque tenho certeza que minha hora não chegou.(...)E por algum motivo que ainda não descobri foi transferido urgentemente para os Estados Unidos. Isso já durava quase quatro anos. Tentei por diversas vezes me comunicar ou descobrir o seu paradeiro, mas parece que ele havia evaporado e os culpados fizeram o serviço muito bem feito. E essas fotos que agora olho com carinho foram as únicas lembranças que me restaram dele.Olho para as fotos e sinto meu rosto rapidamente corar. Com as pontas dos dedos seco uma lágrima que insiste em cair involuntariamente ao recordar de tudo o que vivemos juntos. Eu sempre ficava assim, parecendo um tomate quando me emocionava. Apesar de todos esses anos que não o vejo, continuava tendo um carinho e gratidão enormes por ele. Hoje com mais idade consigo compreender que vivemos uma paixão única e sem limites. Mas, nunca passou disso: PAIXÃO.Amor? Uma certa vez um poeta disse:Que o amor não se vê com os olhos, mas com o coração.Até hoje só experimentei esse sentimento uma única vez e assim pretendo continuar. No mundo e do modo que vivo esse sentimento não tem espaço algum na minha vida. Para mim os homens resumem-se a uma única palavra: asco.Enfim termino de fazer as malas e me arrumar. Coloco um terninho branco, minha peruca Chanel preta com os fios lisos, minhas jóias, óculos escuros, meu chapéu e por fim o meu celular. Saio do quarto com minhas bagagens, uma mala média e uma bolsa de mão. Ali estava tudo o que eu precisava para iniciar esse novo ciclo na minha vida. Dou mais uma olhada em todo o apartamento com uma certa nostalgia, mas antes que as lágrimas insistissem em rolar saio e fecho a porta de madeira branca.Desço o elevador e o táxi estava parado em frente aguardando a minha saída. O motorista desce e coloca minha bagagem no porta malas. Abre a porta traseira do carro e entro me acomodando próximo a janela. Desço o vidro e dou uma última olhada em tudo. No prédio, nas crianças brincando em volta da pracinha, no seu Joaquim dono da padaria que acena gentilmente ao perceber minha presença no táxi. Enfim, observo tudo e guardo todas aquelas lindas recordações dentro do meu coração, com a única certeza que brevemente estaria de volta. Mas, dessa vez estaria liberta de todas as correntes do passado e quem sabe chegaria, enfim, o dia de viver um único e verdadeiro amor. (...)Minhas recordações e pensamentos são interrompidos pelo meu celular que insistia em tocar. Olho e vejo que era o bastardo do Hyago. Como eu odiava aquele maledetto, stupido. Mas, eu precisava me controlar e principalmente mantê-lo tranquilo. Tê-lo como inimigo declarado nesse momento não seria nada bom para os meus planos. Por isso, respiro fundo e atendo a ligação imediatamente.— Hyago, como está? — falo com uma voz mansa aparentando tranquilidade, mas no fundo eu estava louca para despejar muitas coisas na cara daquele miserável— Ansioso pela sua chegada belíssima. — ele fala com aquela voz insuportável de sempre, demonstrando a sua superioridade, que mal sabia ele que em breve viria ao chão— Não se preocupe com isso, pois logo estarei em Palermo. — falo firme e ouço seu sarcasmo, que me causa um desconforto no estômago— Pensei que tivesse desistido e que fosse necessário intervir para que você cumprisse o nosso combinado.— Sou mulher de uma única palavra Hyago. O que prometo eu cumpro. Você sabe muito bem disso. Afinal, não teria outra alternativa, não é mesmo? — falo sarcástica— Sempre audaciosa. É isso que me encanta e me excita em você. Seu modo feroz e indomável de ser.— Estou chegando no aeroporto, preciso desligar para fazer o Chek-in. — falo e afasto um pouco o celular do ouvido, a voz desse maldito me causa náuseas— Tem dois dos meus homens de confiança que acompanharam você durante todo o vôo, são eles: Fillipe e Tutti. E ao desembarcar terá um carro a sua espera para traze-la diretamente para o seu novo local de trabalho. Não tente nada Eliza ou lhe garanto que irá se arrepender. — Hyago me adverte sem sequer me dar tempo para respostaEle termina de fazer a sua ameaça e desliga o telefone na mesma hora."Como eu te odeio desgraçado!" — penso guardando o celular dentro da bolsaMaledetto! Stupido!"Como pude cair numa armadilha dessas? Meus Deus me ajuda. Preciso avisar Sophie para que de maneira nenhuma se aproximem de mim. Não posso permitir que esse maldito faça nenhum mal à nenhuma das duas." — pensoAbro a minha bolsa e retiro um segundo aparelho celular, aflita. O taxista observava toda a minha ansiedade e nervosismo, porém nada perguntava. Com muita dificuldade consigo digitar o número do celular de Sophie, pois estava tremendo muito de tão nervosa e angustiada que me encontrava."Anda Sophie, atende, atende amiga..." — penso com os olhos arregalados observando tudo a minha volta.E enfim, depois de alguns segundos ouço uma voz que me tranquiliza momentaneamente.— Alô! — Sophie atende e parecia estar tranquila— Sophie... Graças à Deus você atendeu. Não diga meu nome, apenas ouça o que vou te dizer. Amiga... O maledetto do Hyago colocou seus capangas atrás de mim, de maneira nenhuma se aproxime ou deixe a Anna sozinha. Se algo acontecesse a vocês eu morreria. — falo e já estava pronta para deligar quando ouço aquela m*****a voz:— Não se preocupe Belíssima, posso lhe assegurar que elas estão em boas mãos.Diante do que ouço não tenho outra reação a não ser gritar desesperadamente:— NÃOOOOOOOOOO...Dias atuais... Palermo... Mansão dos GrecoCatarine Grecco (Mãe de Eliza)Já faziam muitos anos que não via a minha doce Eliza. Para ser precisa, desde o dia em que Rose foi encontrada morta dentro daquela casa. Tudo indicava que ela havia sido sequestrada pela máfia. Bem, foi isso que Victorio tentou me fazer acreditar. Afinal, não suportava mais todas as minhas perguntas e indagações, logo foi para o modo mais prático como era do seu costume. E insistia que os D'Angelis tinham algo haver com tudo isso, principalmente com o desaparecimento da Eliza. Mas, eu tinha certeza absoluta que o único culpado por todas as nossas desgraças seria o meu próprio marido.Desde que nos casamos consegui comprovar inúmeras vezes tudo o que ele seria capaz de fazer para alcançar seus objetivos. (...)Nosso casamento foi arranjado pelos nossos pais. Meu pai era um fazendeiro muito rico, dono dos melhores vinhedos de toda Toscana, mas foi perdendo tudo e ficando na mais completa mísera. O vício do jogo,
Catarine Quando dei por mim já havia amanhecido. Acordei Marco e ele despertou rapidamente. Ouvimos alguns passos se aproximando. Nos vestimos e ficamos escondidos atrás de alguns barris de vinho. Olhamos e vimos o meu pai passar em frente ao galpão caindo de bêbado como sempre, depois de mais uma noite inteira jogando. Eu já começava a sentir o meu corpo tremer, pois já sabia que iria levar uma nova surra. Marco segurou meu rosto e olhou dentro dos olhos dizendo:— Arruma algumas mudas de roupas e me aguarda aqui exatamente à 1h da madrugada. Virei te buscar para fugirmos juntos. Nunca mais esse homem tocará em você. Porque se isso acontecer novamente eu juro que o mato. Nem que seja a última coisa que eu faça nessa vida.— Tudo bem meu amor, mas para onde vamos?— O lugar não importa meu amor. O que realmente importa é ficarmos juntos. Eu não vou permitir que nos separem e muito menos que você continue sofrendo abusos desse maledetto. — nos abraçamos forte, nos beijamos e ele foi e
Eliza GreccoMedo... recordações... e a maldita crise de ansiedade tentavam invadir meus pensamentos à todo custo.Tudo voltou com força total. Sentia que tudo em minha volta escurecia. Novamente esse desgraçado tentava a todo custo destruir a minha vida mas, estava muito enganado ao pensar que me tinha em suas mãos. Após ouvir que aquele maledetto do Hyago havia capturado Sophie e Anna senti o desespero e a dor se apossarem do meu corpo me fazendo perder o chão. Mas eu precisava mais do que nunca me manter forte para mantê-las em segurança. Enxuguei as lágrimas que insistiam em rolar dos meus olhos deixando meu rosto completamente inchado. Olhei para aqueles homens que estavam me acompanhando e percebia que me analisavam como se eu fosse um pedaço de carne prestes a ser vendida. E de algum modo não estavam errados. Realmente era assim que mais uma vez eu me sentia. Um puro e valioso objeto.Eles estenderam a mão para me ajudar a levantar do chão, após eu desabar com o telefonema da
Eliza GreccoEsse nome Arthur D'Angelis, não me era estranho. Será o mesmo Arthur que conheci h mais de quinze anos atrás no orquidario? Bem, infelizmente serei obrigada a conviver com essa dúvida, pois ao que tudo indica eu não tenho como sana-la jamais. Meu caminho e o destino que me aguardam são bastante indecifráveis. Logo não terei tempo para investigar ou procurar por tal resposta. Meu único objetivo nesse momento é o bem estar da minha família, que consistia na Anna e na Sophie, e por elas sou capaz de tudo.Aqueles desgraçados me colocaram num jatinho e fomos direto para Palermo. Dentro de poucas horas, enfim retornarei ao lugar onde só conheci sofrimento e dor. Mas dessa vez a minha história seria muito diferente, pois já deixei de ser aquela menina ingênua e hoje me tornei uma mulher forte capaz de tudo por aqueles que amo.(...)Olhava em volta e como sempre Hyago era cercado de luxos. Gostava de ostentar seu poder a todo custo. O jatinho era impecável, tinha a cor branca p
Catarine Grecco / Mansão GreccoDurante todos esses anos que passei a fazer parte da família Grecco sempre suspeitei que havia algo por trás de toda essa rivalidade entre essas famílias. E hoje eu poderia descobrir o verdadeiro motivo pelo qual esse ódio se arrasta por todos esses anos, trazendo sofrimento e a angústia de tantos inocentes.— Pois bem, então se acalme e sente aqui nessa poltrona bem a minha frente. Agora você descobrirá o verdadeiro motivo da guerra entre D'Angelis e Grecco. — Victória disse respirando fundo— Estou pronta para ouvir. — disse recostando meu corpo na poltrona e analisando cada uma de suas palavras minuciosamente.— Essa é uma richa que surgiu desde os bisavós do meu marido. A família Grecco sempre foi a pioneira no comércio e mais conhecida por toda Sicília. Tinham muitas terras, mas meu sogro desejava uma em especial, a que pertencia aos D'Angelis. Pois, segundo ele, era uma terra muito fértil e a única terra que poderia ter uma bela plantação de pinol
"O segredo de uma pessoa pode ser comprometedor; mas, em família torna-se um ato de insanidade. " ▪︎▪︎▪︎▪︎▪︎▪︎▪︎▪︎▪︎▪︎▪︎ElizaNão sei porque aquele homem me deixou tão entusiasmada dessa forma. Logo eu que só me senti encantada pelo Enzo. Mas com esse sujeito não posso dizer que seja um encantamento que esteja sentindo, mas sim, uma gigantesca curiosidade em desvendar seus segredos e mistérios que com certeza o cercam. Sua atitude viril e forte me chamaram muita atenção.Baixei meus óculos escuros e fiquei observando todo seu comportamento naquele momento, podendo perceber de imediato que ele era muito hábil em resolver problemas. Pois, rapidamente deu instruções para os seguranças e lhes entregou um cartão. Possivelmente ali teria tudo o que eu necessitava para aquietar a minha curiosidade por esse homem. Pois, essa era a única palavra que definia esse meu desejo desenfreado por ele. Tudo não passava de uma mera curiosidade.O motorista e os seguranças estavam voltando um pouco ner
Estive distante por tanto tempo, e esses longos anos que fiquei longe da mama e do babo só fizeram aumentar a minha saudade. Se eles soubessem tudo o que vive e quantas recordações carrego em meu peito entenderiam o que digo. Noites, farras e mulheres não conseguiram preencher o vazio que trago em minh'alma desde o dia que conheci Eliza, exatamente há dezessete anos atrás. Sei que era um pré adolescente e não entendia nada sobre a vida e principalmente de amores, mas carrego no meu peito esse sentimento por ela até hoje, e tenho certeza que o mesmo acontece com ela.Hoje tenho quase trinta anos de idade e ainda me recordo claramente do seu rosto doce e sua voz meiga quando conversamos pela única vez no orquidario. Já tive muitas mulheres, nossa, uma mais linda e atraente do que a outra. Mas nenhuma chegava aos pés da minha linda Eliza. Há não ser por hoje, quando conheci a Bella dentro do avião. Nossa! Ela é uma mulher simplesmente deslumbrante e faz jus ao seu nome. Mas percebi que
André D'AngelisDepois que a imbecil da Josephine saiu da minha sala seminua parecendo uma vadia esterica, não tive o desprazer de vê-la novamente. Não consigo compreender essa loucura e obsessão que ela tem por mim, até porque sempre deixei bem claro que jamais teríamos algo. Já tive muitas mulheres, mas a Josephine eu nunca consegui sequer toca-la ou ao menos conversar por algum tempo. Ela me irritava com seu jeito submissa e melodramática de ser, e com isso eu não suportava nem cinco minutos ao seu lado, imagine uma vida inteira. Isso seria o mesmo que a morte para um homem como eu. Olhei pra cima da mesa, peguei aquela foto e fiquei observando a imagem. Aqui dizia bem claro que se tratava da Eliza Grecco e ela está a esquerda vestida de preto. Portanto com toda certeza estavam se referindo sobre essa mulher loira. Dentro de uma hora precisarei solicitar uma reunião no bankur para organizar essa missão e tudo dar certo. Aproveitei que estava no escritório e assinei alguns documen