Arthur D'AngelisFiquei por quase duas horas velejando por toda costa junto com Fran e como era maravilhoso estar novamente em contato com o mar. Depois de tantos anos afastado dessa preciosidade, já tinha esquecido como era bom aproveitar tudo o que a liberdade nos proporciona. Muitos imaginam que minha vida se resume a farras e tudo o de pior e mais futil que o dinheiro pode nos proporcionar, mas todos se surprenderam quando descobrirem quem é o verdadeiro Arthur D'Angelis. Continuo observando cada detalhe do lugar onde nasci e cresci, e sorrio ao lembrar de quantas recordações e momentos únicos tive por aqui. Entre risadas e lembranças a tristeza tentava se apossar a todo custo dos meus pensamentos. Ao chegar aqui sentia cada vez mais próxima a presença de Eliza. Precisava reve-la ou ter no mínimo notícias suas, nem que fosse a última coisa que fizesse nessa vida. Já era fim de tarde e Fran fez o retorno para voltarmos a costa. Paramos, o ajudei a ancorar o iate e ele me acompanho
André Saio da empresa e meu único pensamento era relaxar, e nada melhor do que visitar a Le'Fertite essa noite. Lá a minha linda puttana me ajudaria nisso. Marina sempre tinha um modo muito único de me acalmar e me dar satisfação total, e hoje depois de tantos contratempos é um ótimo dia pra isso. Desço e o motorista já estava me aguardando na frente da empresa. Entrei no carro e saimos em direção a casa. Tudo estava acontecendo como era de costume, até que no meio do caminho o motorista causa um acidente no trânsito, de uma hora pra outra sem motivo aparente. Vejo homens um tanto alterados e sou obrigado a descer para resolver o incidente. Criar escândalos ou chamar atenção sem necessidade jamais poderia acontecer no nosso meio, a nossa família vivia no anonimato, então quanto mais desapercebido fossemos melhor seria para todos nós e principalmente para os negócios. — O que está havendo por aqui senhores? — falo já fora do carro— O seu empregado está tentando insinuar que fomos o
Enquanto isso na sala da mansão D'Angelis— O que houve com ele? Continua tão amargo ou pior do que antes. — Francesco fala se referindo à André — Não liguem para isso. Logo esse se juntará a todos nós. Venham, vamos sentar próximo à piscina. — Marco disse já saindo da casa abraçado à Arthur— Como estás babo? Sua bênção. — Arthur disse beijando sua mão — Estou indo meu filho. Como Deus manda. Pensei que fosse morrer e não o veria novamente.— MARCO! Lá vem você falando outra vez esta palavra maldita. — Valentina disse num tom de reprovação — Não sei o porque não gosta dessa palavra. Ela está presente em nossas vidas desde o dia em que somos gerados. Dia após dia morremos um pouco. — Marco fala acendendo um charuto, mas Valentina o retira de suas mãos — Eu sei disso amore mio, mas não é necessário dize-la a todo momento. — Valentina diz com um sorriso singelo — Tu ainda tens muita estrada pra percorrer meu amigo. É certo de tu me enterrar primeiro. — Fran diz e ambos sorriem— Fi
Eliza Terminei de brincar com a Anna e fomos até minha suíte. Abri a porta e era simplesmente espetacular, uma das melhores que já estive nesses últimos anos. Tudo muito bem decorado, com móveis super luxuosos e todo requinte e sofisticação que o maldito do Hyago sempre ostentou. Olhei para a cama, e lá haviam um vestido de grife preto com decote profundo em "v", as costas nuas, um lascado na perna e um par de sapatos lindíssimos combinando, e ainda tinha um bilhete ao lado. "Aí está tudo o que uma estrela como você precisa para ter uma noite de estréia inesquecível."Anna como sempre tratou logo de usar a roupa e brincar de modelar. Ela amava usar minhas roupas, maquiagens, meus saltos e brincar que estava numa passarela e era uma modelo mundialmente conhecida. E do jeito que ela é espontânea e persistente tenho certeza que conseguirá tudo o que deseja. — Como estou tia Liza? — Anna rodopia e faz uma pose segurando as pontas do vestidos com as mãos — Está linda meu amor. Uma verd
Arthur D'AngelisPensei que nunca mais fosse encontrar a Bella, mas pelo visto, os ventos e os céus estão conspirando a meu favor. Ela é uma mulher lindíssima e depois da Eliza foi a única que conseguiu me encantar realmente. Chamei pelo seu nome e tenho certeza que ela ouviu, pois deu uma rápida olhada quando percebeu que alguém chamava por ela. Ela estava maravilhosa, mesmo através do vidro do carro pude perceber que estava a caminho de um grande evento. Estava com o tio Fran no carro e precisava deixá-lo em casa. Mas se eu fizesse isso perderia a Bella de vista e era algo que eu não permitiria acontecer novamente. Portanto tratei de dar meia volta no carro e segui o carro onde ela estava. Mantive uma certa distância para não ser percebido. Após quase cinquenta minutos seguindo o tal carro percebo que estavam chegando no local onde possivelmente seria a festa. Paro e vejo a Bella descendo, e dela se aproxima um homem alto, de cabelo grisalho vestindo um terno de alta costura muito
Eliza Grecco Sair daquele apartamento e ser obrigada a deixar Anna sozinha me causou uma angústia imensa. Temia pela segurança e pelo bem estar dela a todo momento. Mas de alguma forma eu tinha a convicção, de que se eu permanecesse cumprindo o combinado com aquele maldito do Hyago, a vida da Anna estaria resguardada. Então tudo o que eu precisava fazer era continuar agindo naturalmente e permanecendo submissa àquele homem, até eu conseguir desaparecer e me libertar definitivamente daquele miserável do Hyago.Me vesti e deixei Anna com Fillipe. Desci e Tutti estava me aguardando em frente ao carro. Me sentia uma verdadeira bonequinha de luxo com àquela roupa e como eu odiava tudo aquilo. Tudo o que eu desejava era desaparecer dali, mas ainda não era o momento certo, para tomar uma atitude intempestiva como essa. Precisava continuar calma e pensando friamente em qual atitude tomar. Pois dessa vez eu não tinha o Enzo comigo para me apoiar, e agora eu tinha a vida da Anna em minhas mãos
André D'AngelisTerminei de me arrumar, e quando voltei, Poliana já havia saído do meu quarto. Realmente eu não deveria descontar a minha ira em cima de uma pessoa, digamos inofensiva, e às vezes até inocente demais. Mas sempre que eu era contrariado ou afrontado o meu lado escuro sempre surgia e sentia a necessidade de joga-lo para cima de alguém. E infelizmente hoje a felizarda foi a probre moça. Pensei em concluir o ato e satisfaze-la por completo, mas quando percebi a intenção dela em tocar meu rosto e me beijar parei no mesmo instante. Beijos são sinais de fraqueza, de coração rendido e isso jamais aconteceria comigo. Ainda não nasceu uma mulher capaz de me domar e travar a minha mente dessa maneira tão intensa. E não acredito que um dia chegará a existir tal mulher.Hoje tinha uma reunião muito importante no Bunker junto com todos os membros da organização e ainda tem o tal convite da Rose Le'Fertite. O que haveria hoje de tão importante a ponto dela me enviar um convite? Deve s
Valentina D'AngelisSubi as escadas e fui para o quarto me juntar ao Marco. Ele havia se sentido mal e de maneira alguma poderia se aborrecer novamente. Fomos para o quarto e fui até a janela para fechar as cortinas, e pude ver o carro do André saindo da casa e passando pelos portões em altíssima velocidade. Meu Deus quando será o dia que o meu filho voltará a ser como era antes e parar de me tratar como se fosse uma inimiga? Quando?Estava triste, mas jamais poderia demonstrar isso ao Marco, pois eu tinha certeza que afetaria e muito a sua saúde. Nosso casamento aconteceu de uma maneira forçada, fomos obrigados pelas nossas famílias à formalizarmos nossa união, mesmo eles sabendo que ambos amávamos outras pessoas. De início eu tinha um grande repúdio pelo Marco, pois imaginava que ele era a favor de tudo o que estava acontecendo, mas pouco a pouco fomos nos conhecendo e só então pude descobrir que Marco era tão vítima quanto eu. O tempo passou e o carinho que sentia por ele foi torn